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Sabem aquela bela frase que não me canso de repetir "cada caso, é um caso"? Hoje trago-vos dois, completamente distintos, sobretudo no seu resultado. Ontem, terminei o acompanhamento com uma cliente, por não estarmos a alcançar os resultados que gostaríamos.
A verdade é que não, nem todas as pessoas respondem da mesma forma à minha abordagem, claro. E não, nem todas as pessoas têm resultados incríveis com a Acupuntura. E não, não é só a Acupuntura que faz ou não efeito - existem inúmeros factores que influenciam os sintomas das pessoas e como tal, inúmeros factores melhoram ou agravam determinada sintomatologia. A cliente de ontem não teve os resultados esperados. Realizámos 5 tratamentos e a melhoria foi muito residual. De referir que o estilo de vida actual desta cliente é de elevado stress e responsabilidade, má alimentação, falta de estabilidade estrutural com inúmeras mudanças de casa. Optámos assim por terminar o acompanhamento, com total consciência daquilo que já aprendi há muito tempo: eu não vou conseguir ajudar a 100%, 100% dos meus pacientes. E está tudo bem. De referir ainda que, os resultados que não foram alcançados, diziam respeito aos sintomas físicos. Ao nível de consciência, um importante trabalho aconteceu durante as sessões e hoje, esta cliente tem uma consciência sobre o seu corpo, o seu estilo de vida e a sua saúde, que não tinha. A própria cliente reconheceu este feito. Para compensar... Hoje, vi pela segunda vez uma cliente antiga, que regressou apenas o mês passado às consultas, após ausência de vários anos. Com um vasto historial preocupante, esta cliente tem elevado excesso de peso, inúmeras queixas, sintomas, patologias, do foro nervoso, gástrico, intestinal, hormonal e respiratório. É já com diagnósticos de doenças crónicas. Apenas com uma consulta e tratamento, teve melhorias significativas em 80% das suas queixas. E isto é um caminho, porque um longo trabalho ainda existe por fazer, face ao agravamento da saúde desta pessoa que, infelizmente, levou muitos anos sem se cuidar e sem pedir ajuda. No entanto, está, finalmente empenhada e tem procurado implementar as minhas sugestões na sua rotina diária, nomeadamente sobre a alimentação. Além disso, só com um tratamento viu melhoras nas queixas digestivas, intestinais, no seu metabolismo e no seu sono. É por estas e por outras, que eu simplesmente adoro o que faço e considero-me uma abençoada por ser munida deste conhecimento e experiência, por puder ajudar os outros desta forma. Sempre com a consciência de que ninguém consegue resultados a 100% para 100% das pessoas. É só impossível. Se vos disserem isso, bom, poderá tratar-se de um vendedor e não de um terapeuta 😎 Ana Sofia Rodrigues Todos os direitos reservados©
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Provavelmente já ouvimos isto por aí algumas vezes...Talvez até penses assim...
Eu remendo tanto, mas tanto a terapia. Eu para além de ser Terapeuta e facilitar terapia, já fiz Terapia várias vezes ao longo da minha vida. A primeira vez, tinha pouco mais do que 20 anos. Tinha perdido o meu pai recentemente e encontrava-me no início da minha então carreira profissional na Banca. Cheguei à terapia e só reclamava da profissão, dos clientes, dos colegas, do chefe, da pressão, da instituição... Pouco tempo depois, algumas sessões depois, provavelmente alguns meses depois, certo dia chego à consulta com um ar intrigada e olho assim meio de lado a minha Psicóloga e pergunto-lhe: - "Doutora...isto tudo não tem nada a ver com o Banco, pois não?" Ela sorriu e disse: - "Boa, estamos prontas para trabalhar!" Frequentemente culpamos tudo e todos pelo nosso estado. Se vivermos no inconsciente, comandados pelas feridas e traumas internos, com imensa probabilidade assim vivemos a vida: a projectar em tudo e todos as nossas vivências, infelicidades, dores - de corpo e de alma. Muito defendo e incentivo o "aguçar" da nossa consciência, de trazer à luz o que está no fundo, na sombra. De descobrir o porquê do que nos acontece, o porquê das nossas dores - internas ou externas-, o porquê do nosso estado de alma, o porquê da saúde ou da doença. Só assim, fará sentido "lá" conseguirmos chegar. "Lá", onde? Onde quer que queiras chegar: À saúde e ao corpo físico cheio de vitalidade, à alegria genuína de estar vivo e viver, às relações saudáveis , à paz de espírito. O que for para ti, esse "lá". Embora tudo o que nos acontece não seja inteiramente da nossa responsabilidade, haverá sempre uma parte, que é. Podemos até não ter responsabilidade no acontecimento ou no que gerou o "trauma", mas no mínimo, será que não temos a responsabilidade de escolher o caminho de nos curarmos sobre esse acontecimento e trauma? Olharmos para o que aconteceu, não fora, mas dentro de nós e o que isso nos quer dizer? No outro dia, numa daquelas conversas de “café” e desabafos da vida, depois de eu perguntar a uma amiga que desabafava sobre o seu difícil divórcio recente, se já tinha feito ou pensado em fazer terapia, ela exclamou: “Como assim? Eu? Fazer terapia? Então ele é que me magoou, traiu-me…ele é que está completamente descompensado e fez tudo o que te acabei de contar e muito mais… e perguntas-me a mim pela terapia? Achas que eu é que tenho de fazer terapia?!” Respondi: “Bom, “ter” não “tens” de nada. Mas podes escolher fazer terapia. Se queres ser feliz e livre dessa mágoa. Se queres processar as emoções e deixar ir essa dor. Se queres, um dia, ressignificar o que aconteceu agora.” Não faz terapia quem é descompensado, ou mau, ou maluco ou quem está doente. Até pode ser tudo isto, mas na verdade, não é por isso que escolhe fazer terapia, até porque muitos nem sequer reconhecem o seu estado e tal necessidade. Faz terapia quem escolhe que quer ser feliz e viver em paz, mesmo com todos as mágoas e desilusões e outros tantos acontecimentos da vida. Faz terapia quem quer aprender a superar e a libertar-se da dor, a reeguer-se das cinzas, a conhecer-se melhor, a fortalecer-se, a perdoar. A descobrir a alegria depois de muita tristeza. A descobrir quem é, o que gosta, para onde quer ir. Faz terapia quem quer melhorar a sua saúde mental e também física porque ambas estão intrinsicamente ligadas. Faz terapia quem quer melhorar as suas relações e afinar o rumo e a direcção da sua vida. Faz terapia quem quer aprender a Ser e a Viver mais e melhor. Ana Sofia Rodrigues | Todos os direitos reservados© Sim, a nossa sociedade é uma sociedade profundamente doente. O ritmo actual é avassalador, esgotando facilmente toda a nossa energia. A maioria das opções alimentares acessíveis, não são saudáveis. O consumismo afastou-nos da nossa essência. O foco nas aparência, levou à desconexão com o nosso interior. Estamos afastados das nossas próprias emoções e necessidades. O conceito de saúde, na verdade, não existe, apenas o da doença. Camuflam-se os sintomas, sem olhar às causas. Ninguém nos ensinou a escutar o nosso próprio sentir, a honrar o nosso corpo, a estabelecermos limites, a parar, a nutrir o coração e a alma, a sermos a nossa prioridade... Mas será que nada podemos fazer? Assim é e assim para sempre terá de ser? Coisas que sempre ouvi ao longo da vida e sempre me tiraram do sério "pois, mas é assim!", "o que podemos fazer? Sempre foi assim.", "não podemos fazer nada"..."...é assim que funciona. Nunca vai mudar..." Será? Eu não acredito nisso. Há sempre alguma coisa a fazer. Em nós. Não no outro. Escolhas. Diárias. Conscientes. Numa sociedade profundamente doente que anseia por mais pessoas saudáveis. Não é porque sempre assim foi, que sempre será igual. E tudo começa em ti. Nas tuas escolhas diárias. Autorresponsabilidade. Autocompaixão. Autocuidado. Reconectar com o corpo, com o coração, com as tuas emoções. Talvez consigas cozinhar no fim de semana para teres alimentação saudável na semana. Talvez consigas cumprir os teus horários no trabalho, e as horas extras e não pagas que tens "dado" à empresa, que agora a ti regressam em formato de descanso. Talvez consigas negociar com a família, 2h a 3h por semana para o teu exercício físico. Talvez consigas parar uns minutos, ao longo do teu dia, apenas para te observares, te sentires. Talvez consigas dormir mais 1h a 2h do que as 5h ou 6h que são a norma dos últimos anos. Talvez consigas começar a dizer que não, todas as vezes que o sim esteja quase a sair contrariado. Talvez consigas prescindir de algo, em prol da terapia. Talvez consigas trocar os medicamentos químicos que te adormecem, por terapias naturais que te despertam. Talvez consigas descobrir que a saúde é tão mais do que a ausência da doença. E que a tua doença, é a linguagem do corpo a chamar a tua atenção para o que realmente importa, para as tuas necessidades e emoções reprimidas. Talvez consigas ir a cantar de manhã para o trabalho e dançares com os teus filhos antes do jantar. Talvez consigas respirar mais conscientemente. Talvez consigas agradecer, diariamente. Talvez consigas incluir no teu dia-a-dia, ou na tua semana, um passeio na natureza, respirar ar puro, pôr os teus pés na terra. Quem sabe tomar um banho de mar ou uma caminhada naquele jardim que afinal até está ali próximo de casa. Talvez consigas trocar o telemóvel por um livro. O noticiário por uma música. Um podcast por um abraço. A Netflix por uma conversa. Talvez. O teu talvez eu não sei qual é, qual será. E sei bem que ninguém sozinho muda uma sociedade ou o mundo. Podes não mudar a sociedade. Mas podes certamente melhorar e mudar a tua vida, a tua saúde. E se todos o fizermos, a sociedade melhora, o mundo melhora. Concordas? -- Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Sim, há vários antidepressivos naturais.
Claro que para uma depressão prolongada ou de nível superior, é necessário outras abordagens, o devido acompanhamento e tratamento profissional! No entanto, para estados depressivos momentâneos e/ou ligeiros, estes são bons antidepressivos :
Pronto, aqui ficam as dicas. E não incluí aqui, mas é claro que as "minhas" agulhinhas estão na lista de antidepressivos naturais! A Acupuntura é TOP para equilibrar emoções e sistema nervoso!... Mas... não acreditem em mim, experimentem!! Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© "Meu querido stress,
Foi bom enquanto durou. Mas chegou a hora. Agradeço-te por tudo o que me ensinaste. Demorei, mas contigo aprendi a dar valor ao que realmente importa. Contigo aprendi a escutar o meu corpo, ainda que para tal, talvez fosse escusado gritares tanto. Mas eu percebo. Eu andava surda! Agradeço por todas as noites mal dormidas, por todas as enxaquecas, por todas as vezes que reagi e explodi. Agradeço pela falta de concentração e por tantas quebras de memória. Agradeço todas as dores físicas que me trouxeste e todas as idas ao médico. Agradeço por cada comprimido que tomei na tentativa, de em vão, te silenciar. Agradeço por todas as sandes que comi em 5 minutos, da suposta hora de um almoço que deveria ter... e até hoje não sei bem porque não tive. E agradeço-te também por todo o jejum que fiz, não por escolha consciente, mas por culpa da falta de memória. Obrigada meu querido! Mas já chega. Vamos ter de terminar. E não, não é por ti, não és tu! É por mim. Sou eu! Eu é que já não quero mais, já não te amo mais, já não preciso mais de ti. Eu é que me permito de agora em diante, desligar-me de ti. Permito-me, por momentos, nem sequer pensar em ti. E como sei que estas separações são difíceis e que nós, seres humanos, somos bichos de hábitos, sei que iremos voltar a cruzar-nos. E se bem que te conheço, irás perseguir-me por algum tempo. Irás tentar novamente. E quando tal acontecer, talvez eu permita, por apenas alguns momentos que te aproximes novamente. Mas apenas e somente por momentos. Até porque em pequenas doses podes até ser estimulante e não tóxico. Mas não te vou permitir ficares. Não te vou permitir controlares-me. Não vou permitir que sejas o substituto do meu real alimento. Foi bom enquanto durou. Aprendi tanto. Mas tudo tem um fim. Agora reclamo a minha saúde, o meu equilíbrio, a minha lucidez...e a minha paz interior. Preciso dela. Muito mais do que de ti. E para que não me odeies, prefiro que saibas por mim e não pelos outros. Portanto, queria ainda dizer-te... Que vou voltar para o meu ex...! Sim. Vou. Lembras-te dele? Esse mesmo, o Tempo. Aquele que vive junto da saúde, na esquina da alegria paralela à rua do amor. Sim, é verdade. Esse mesmo! Nem sei como me aceita de volta pois nunca compreendeu como o troquei, por ti. Mas aceita-me e eu vou voltar. E sim, também é verdade. Ele não tem um grande cargo, nem uma casa na praia. Não veste roupas caras, tem o mesmo carro há tantos anos...e tu acreditas que nem sequer um Iphone ele tem??...Parece mentira não é? Mas é verdade... Sabes...ele é tão alegre e tão leve. E tem saúde. E alegria. E imagina só que até cozinha bem. E acima de tudo, faz-me sorrir. Perdoa-me. Mas tenho de ir. Espero que um dia, me compreendas." Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Acabei de fazer a minha lista de bênçãos e gratidão de 2021.
E tenho tanto, mas tanto para agradecer. Conheci pessoas incríveis, maravilhosas, inspiradoras. Criei novos laços e reuni com novas famílias. Entraram na minha vida, novas pessoas que sei que nela continuarão, com uma relação de tamanha profundidade e conexão. Alimentei e mantive as antigas e verdadeiras amizades, independentemente de toda e qualquer diferença. Trago tantas pessoas maravilhosas no meu coração – vocês sabem quem são. Abracei novos projectos. E abracei ainda, muito mais, pessoas. Viajei cá dentro e tive umas férias absolutamente fantásticas, de alegria, de conexão, de cura, de amor e gratidão. Com a grande mãe, Natureza. Conheci novos lugares, tão especiais e simultaneamente tão familiares. Dormi num tubo, em casas de pedra e em casas de madeira. Perdi-me em florestas, deslumbrei gigantescas praias selvagens, mergulhei em tantos rios, andei de baloiço, chorei de gratidão em serras, montanhas e vales… e perdi a conta a tantos pôr-do-sol que contemplei. Respeitei-me. Mantive a minha integridade e coerência. Ousei dizer as minhas verdades. Assumi as respectivas consequências e responsabilidades. Disse "não’s" que há muito adiava dizer e disse "sim’s" que há muito evitava dizer. Mantive-me lúcida e centrada, na maior parte do tempo. Abri-me ainda mais à vida, às oportunidades, às pessoas, ao amor, a Deus. Li muitos livros. Dancei muito, cantei e celebrei tantas vezes. Tantas novas músicas que descobri! Aprofundei, ainda mais, o meu próprio mergulho interior. Conheci, aceitei e abracei, ainda mais, as minhas sombras. Conheci novos mestres, sem túnicas vestidas e sem serem gurus, mas que tanto me ensinaram. Aprendi novas e tão importantes lições nesta escola da vida. Apaziguei o meu coração relativamente às minhas dores e traumas do passado. Enfrentei as minhas feridas e olhei de frente para as minhas crenças. Cuidei de mim, pedi ajuda quando precisei. Repensei a forma como comunico. Analisei as minhas responsabilidades. Geri melhor as minhas prioridades. Dei entrevistas e gravei podcasts. Dei workshops e palestras. Criei um novo curso. Escrevi tantos artigos e reflexões. Ajudei tantas, tantas pessoas em clínica. Estudei novos temas. Remodelei uma parte do meu lar. Explorei as minhas capacidades e com elas dei asas à criatividade. E criei tantas coisas. Renovei e forrei puffs e cadeiras, montei móveis e estantes, pintei carrinhos, fiz painéis de cortinas, aprendi macramé, fiz quadros de exposição para bijuteria. Escrevi orações e recebi outras. Remodelei o meu altar. Doei imensas coisas, incluindo roupas e dinheiro, a várias causas, várias vezes, a várias pessoas, várias situações. Repensei todo o meu olhar em relação ao dinheiro e ao doar. Brinquei e activei ainda mais o meu lado louco, tonto, parvo e cómico. Dei valentes gargalhadas pelo caminho. Permiti que o sarcasmo e o humor falassem, permiti-me ter graça, mesmo no meio de tanta desgraça. Abracei a montanha-russa das emoções e com ela fui saboreando as descidas, subidas e loopings da vida. Consegui felizmente, por vários momentos, observar os pensamentos sem neles me perder, separar-me das emoções sem por elas me deixar levar, identificar as necessidades subjacentes e seguir conectada com o caminho da alma. Amei. Confiei. Perdoei. Tudo isto num ano tão desafiante, atípico e cruel, como este. E sim, também chorei muito, revoltei-me inúmeras vezes, senti raiva, frustração, injustiça, tristeza, desilusão, impotência... Mas isso agora não interessa nada, pois esta lista é de bênçãos e gratidão. E sou grata. Muito. Independentemente de tudo o que vivemos, podemos escolher como nos queremos sentir, como queremos viver e o que daqui queremos levar no coração. Porque deixar de viver, estando viva, não é para mim opção. Haja o que houver. Ana Sofia Rodrigues® (Fotografia num dos tantos maravilhosos momentos de gratidão e bênçãos que tive, durante as minhas férias este ano, cá dentro) - "Espelho meu, Espelho meu! O que não consigo eu ainda ver sobre mim... neste reflexo meu?"
Espelho - "Bom... Algumas coisas..." - "Mas... Espelho! Vejo o meu reflexo todos os dias. Faço reflexões sobre o que vejo e sinto. Analiso-me a mim e aos outros, constantemente..." Espelho - "Sabes... Apesar de eu ser um espelho, eu não revelo tudo. Há muitos outros espelhos por aí. E porque analisas os outros? Não estás a falar de reflexo? Do que é teu?" - "Como assim?" Espelho - "Se é um reflexo, é teu. Então porquê analisar o outro? Repara... Todos temos um campo (aspectos do nosso Ser) desconhecido para nós, mas que inconscientemente revelamos aos outros. Além disso, mesmo que assim não fosse, tens sempre a oportunidade de avaliar o que o outro mostra sobre ti." - "O que outro mostra sobre mim!?? O outro mostra-se, como ele é. Não me mostra a mim. Não percebo." Espelho - "Mostra sim, sobre ti - mas apenas se o quiseres ver." - "Eu quero ver sim. Mas não sei como se faz isso..." Espelho - "Tens a certeza que queres ver? Pois não estamos a falar das coisas bonitas, dos teus dons, qualidades, propósito... Estamos a falar da tua sombra, dos teus medos, dos teus bloqueios, das tuas feridas..." - "Bom... Então... Se calhar..." Espelho - "Pois... A maioria das pessoas foge disso. É duro. Não é bonito. Preferem se aprontar todas, mostrarem-se sempre bonitas e certinhas... e assim verem sempre o seu reflexo luminoso... Apenas se esquecem de que nem tudo o que brilha é verdadeiramente luz. E que a escuridão existe, por mais que a tentemos esconder. No entanto, recordo-te que só há sombra porque há luz. E enquanto não trouxerem à consciência a sua sombra, não poderão emanar mais luz. Ou seja, se não reconheceres os teus medos, crenças, bloqueios, feridas, não poderás superá-los, transmutá-los, iluminá-los... " - "Ok.. Então... Quero... Se isso significa ultrapassar esses medos e bloqueios, quero ver sim!" Espelho - "Ok. Então não te preocupes. Tudo o que precisas saber sobre ti nesse campo, e que ainda não sabes, te será mostrado e revelado por outro alguém. Só precisas de, em vez de criticares, acusares, culpares o outro pela situação, emoções, problemas que causou, te perguntares: "O que esta pessoa me mostra e revela, sobre mim mesma, que eu ainda não consegui ver?"... Se fizeres um bom trabalho de casa, descobrirás a resposta. Depois, só precisas ganhar coragem para admitir o que acabaste de descobrir, superar, transmutar e iluminar essa sombra para que mais luz em ti brilhe e a possas partilhar com o mundo." Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Nem sempre sorrimos. Às vezes, o que (ou quem) nos faz sorrir, um dia pode nos fazer chorar. E até o que (ou quem) tanto nos fez chorar, possa um dia nos fazer sorrir. Assim é a vida. Assim é o Ser Humano. E tudo isto faz parte. Querer evitar a tristeza e as lágrimas, pode significar evitar também a alegria, a felicidade, a contemplação, o amor. Querer ignorar as várias etapas da vida, é deixar a vida passar por nós... A maioria das pessoas quer chegar ao cume da montanha sem passar pelo processo da longa e desafiante escalada até lá. Como já dizia o outro: "a felicidade não está na meta, está no caminho." Então, porque queremos a todo o custo evitar o que é difícil, o esforço, o que dói...? Já viram algum atleta chegar à meta e ser campeão (seja lá do que for), sem qualquer suor, esforço, lágrimas e/ou dedicação? Queremos evitar a todo o custo sentir dor. Mas não há crescimento sem dor. Muitos vivem em modo "anestesiado". Outros querem estar sempre e somente a vibrar em alegria, amor e gratidão. Estar tudo sempre bem, tudo na boa! Seria perfeito. Embora todos saibamos a condição humana para atingir a perfeição... E isso quer dizer que então temos de estar sempre a sofrer? Claro que não. Até porque a dor é inevitável, mas o sofrimento é uma escolha. Acontece que... O tamanho esforço que fazemos tantas vezes para evitar a dor, é precisamente o que traz o sofrimento... E o que frequentemente adoece o nosso corpo... Sejamos felizes, sim! E também corajosos! Em momentos de mudança de consciência (tão necessária!!), que convidam ao mergulho interior, à introspecção, à morte e ao renascimento, é importante recordar que tudo faz parte: Luz & Sombra. E como nos ensinou Carl Jung: "Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando ao limite do absurdo, para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz mas sim por tornar consciente a escuridão." Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Nem sempre os mestres vestem túnicas ou são gurus. Nem sempre as grandes lições vêm daqueles que são os professores. Nem sempre aprendemos com aqueles que consideramos sábios. E nem sempre as grandes lições são aprendidas nas escolas, nos cursos e nas mil e uma formações que vamos fazendo por esta vida fora - é precisamente, "vida fora", que as grandes lições aparecem. No dia-a-dia. Muita aprendizagem podemos obter com as pessoas mais inesperadas. Com os acontecimentos mais improváveis. "Pela vida fora..."
Estar atento, trazer à consciência o simbolismo da experiência, o que ela reflecte e espelha em nós, é muito mais importante do que a experiência em si. A experiência até pode ser dura, mas a lição pode ser mágica. Não, não temos de aprender só através da dor. Mas infelizmente assim é na maioria das vezes. O confronto com o que nos magoa, dói, irrita e corrói, traz em si a tremenda oportunidade de reconhecer o porquê de tais emoções e reacções. Podemos escolher apontar o dedo a algo ou alguém, ou assumirmos a nossa responsabilidade no acontecimento, reconhecendo, aceitando, transformando. Crescendo. Todos temos um corpo de dor. Todos temos feridas emocionais. E sem consciência e trabalho interno, não faremos mais do que projectar no outro as nossas feridas. Desresponsabilizando-nos da nossa quota parte. O que podemos questionar: "Porque atraí esta situação/pessoa?" "O que me espelha esta pessoa?" "O que posso aprender com ela?" "Como posso fazer diferente para a próxima?" "O que realmente sinto perante isto? Quais são as emoções predominantes?" Recordando, que o que sentimos é sempre nosso. Vivemos dias de uma intensidade incrível. E quem um dia escolheu aprender com a vida, crescer, olhar para dentro, tem agora uma espécie de culminar com lições e experiências intensas, num estilo de curso prático intensivo. Para quem já se trabalha internamente, poderá estar a sentir uma avalanche de emoções, consciências, insigths, integrações. Tudo isto em fusão com alguns sintomas físicos, pois o nosso corpo físico e emocional não se separam e influenciam-se mutuamente. E quanto a esta parte não me canso de dizer "o corpo fala". O nosso corpo envia-nos mensagens constantes. Só temos de aprender a escutar e interpretar. Aqui reside uma das grandes bênçãos que encontro no meu trabalho: a união do conhecimento e sabedoria da Medicina Tradicional Chinesa com o maravilhoso mundo do Desenvolvimento Pessoal e Humano, que nos permite ajudar o outro a compreender melhor o simbolismo dos seus sinais e sintomas físico - na grande maioria das vezes, de origem emocional. Acresce a chegada do Outono e da energia Yin, que nos convidam ainda mais a ir, para dentro. Introspecção. Reflexão. Recolhimento. Corajosos os que ousam enfrentar, sentir e abraçar este momento, que nos traz oportunidades de ouro para a nossa evolução! Saibam que, embora o processo seja individual, não estão sozinhos e muitos são os que se encontram no mesmo caminhos. <3 Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© É este o convite do Outono.
Saindo da energia Yang (calor, sol, alto, céu, exterior, actividade, masculino), damos início à energia Yin (frio, lua, baixo, terra, dentro, passividade, emotividade, feminino). O convite é ir para dentro, recolher, reflectir, sentir. E é por estas e por outras que muitas pessoas sofrem de depressão e ansiedade nesta época. Olhar para dentro, ver e sentir, pode ser muito duro. E se tudo isto é muito simbólico em qualquer momento, nos tempos actuais, ainda mais. E há sempre quem escolhe não ver, nem reflectir, muito menos sentir. São escolhas. E não há escolhas boas ou más, mas todas acarretam consequências. Acredito que o momento actual nos convida (bom... talvez seja mais "nos empurra à força" mas pronto... ), para mergulhos interiores e reflexões fundamentais, cruciais, determinantes. O que se passa no macro, reflecte-se no micro e vice versa. Portanto, para quem tem culpado e responsabilizado o outro, o tempo, o bicho, a pandemia (ou seja lá mais o que possa ser...) e tudo mais que acontece fora de nós pelos nossos próprios problemas ou desordens emocionais, lamento informar que o que acontece dentro de nós, não só é responsabilidade nossa, como também influencia todo o nosso exterior. As emoções andam ao rubro, num carrossel e montanha russa daquelas com descidas de tirar o ar e subidas de deixar o estômago lá em baixo. E apesar de serem muitas e diferentes emoções, a que tende a predominar e está mais associada a estes meses que se seguem, é a Tristeza. Será porque olhar para dentro dói? Talvez... Para muitos, é bem mais fácil estar focado no exterior, no que está fora. Culpar o outro. Ou ser reactivo. Ou agressivo. Ou activo. Ou até alegre e expansivo. Bem mais fácil do que parar e olhar para dentro... Olhar para dentro? Isso dói. Dá uma trabalheira. Além de que também pode ser chato... Mas sabem aquela antiga "Se é chato, coça. Se coça, faz ferida. Se faz ferida, vai ao médico. Se vai ao médico, sai caro. Se sai caro, é chato. Se é chato, coça"...? Bom... Podemos sempre poupar uns trocos e não ir ao médico, (até porque provavelmente não vamos ter médico...). E portanto não coça, não faz ferida. Deixa andar. Ignora a dor. (... Até quando?... Sabem o que acontece ao nosso corpo físico quando ignora, reprime, bloqueia as emoções...? ) Uma outra curiosidade sobre este momento Yin e o Outono, é que esta estação está associada ao Pulmão e ao sistema respiratório (... imagine-se!!! Com tanto órgão e sistemas no nosso corpo, tinha mesmo de ser a parte respiratória... Sério??... Yep. Sério.) Então, quais as sugestões? Reforço do sistema imunitário, boas escolhas nos alimentos (evitar/reduzir as saladas e alimentos crus, optar por cozinhados como cozidos, estufados, guisados, salteados. Alimentos de cor branca são de eleição para o Outono e o Pulmão, como o nabo, a pêra, cebola, alho). Encontrar o seu centro. Trabalhar para o equilíbrio interno. Compreender que o fluxo interno deve abrandar, o que não significa que o externo também abrande. Observar a natureza. Que tanto nos ensina. Recordar que as árvores ao deixarem cair as suas folhas secas, ficam despidas, simbolizando assim a sensibilidade, vulnerabilidade e também o fim de um ciclo (para dar início a outro). Acolher. Nutrir e alimentar (o corpo e a alma!). Deixar ir que já não faz falta, não nos serve. Para dar lugar ao novo. E claro, lamento ser repetitiva e voltar ao mesmo mas...olhar para dentro. Feliz novo ciclo. Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© |
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Dezembro 2024
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