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Quem me conhece sabe que sou uma apaixonada pelo Ser Humano, pelo Desenvolvimento Pessoal e pelo mundo das emoções.
Em 2014 fiz um estudo e investigação sobre a Ansiedade e Depressão no nosso País, cujos resultados me alarmaram. Já sabia, porém, que tais patologias eram bastante frequentes na nossa sociedade, e por esse mesmo motivo foram alvo do meu estudo. No entanto, os números que encontrei, não deixaram de me surpreender. Com base na “Saúde Mental em Números” (um documento oficial da DGS publicado em 2014), a Ansiedade e Depressão eram já nesse ano classificadas como as perturbações psiquiátricas mais comuns na nossa sociedade, sendo os distúrbios mentais, os responsáveis por mais de 12% da carga global das doenças em todo o mundo. Ainda nesse mesmo documento, as perturbações depressivas surgem classificadas como a 3ª causa global da doença (a 1ª nos países desenvolvidos) e estimando-se ainda que em 2030 passaria a ser a 1ª, a nível mundial. No que se refere a Portugal, o aumento do consumo de medicação para este tipo de patologias, entre 2000 a 2012, corresponde a cerca de +240% nos anti-depressores e +171% nos anti-psicóticos. Em 2018, outra fonte da mesma DGS (O retrato da Saúde, DGS de Abril de 2018), refere que o número de portugueses (entre os inscritos nos centros de saúde) com depressões, passou dos 6,85% para os 9,8% e a percentagem de perturbações de ansiedade, praticamente duplicou (dos 3,51% para os 6,51%). Ainda em 2018, a OMS reconhece e inclui o Burnout, na nova classificação internacional de doenças (em vigor a partir de 1 de janeiro de 2022) - "Burnout" surge na secção consagrada aos "problemas associados" ao emprego e desemprego, sendo descrito como "*uma síndrome resultante de 'stress' crónico no trabalho que não foi gerido com êxito*". No final do ano passado (2019), uma publicação no jornal expresso (com base nos números oficiais da DGS inerente ao habitual estudo da saúde mental dos portugueses), indica que estes, consumiram mais de 10 milhões de embalagens de ansiolíticos, num só ano. Os números publicados pela DGS, colocam ainda o nosso país em quinto lugar, entre os 29 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) que mais consome antidepressivos, apresentando o número de 8,8 milhões para estes (antidepressivos) e 10,5 milhões de embalagens de ansiolíticos. Considero fundamental a observação e consciência desta realidade (e subida) alarmante dos números, quer ao nível do diagnóstico, quer da respectiva medicação. Tal só demonstra que a nossa sociedade já se encontrava fortemente afectada no que refere à saúde mental e emocional dos portugueses, antes mesmo deste extraordinário cenário pandémico que agora vivemos. Poderá vir a ser agora um tema de maior destaque, pois será assim inevitável dado todo o actual contexto, bem como a análise dos respectivos números. O próprio bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, referiu numa entrevista ao Jornal Público do dia 8 de Agosto: "A saúde mental vai ser a grande pandemia deste século". Eu diria que “não vai ser”, já é! e tem sido, já lá vão muitos anos. E infelizmente, não tem sido dada a devida atenção a este crucial tema. É necessário existir muito mais terapia, mais apoio, mais educação, mais prevenção, do que diagnósticos e medicação. E é também necessária a tomada de consciência e responsabilidade de cada um. Se o nosso sistema de saúde tem várias lacunas? Claro que tem. Mas se simplesmente continuarmos a depositar a responsabilidade das nossas vidas, saúde e bem-estar, nas mãos de outros, pouco ou nada irá mudar e melhorar. É urgente cada um compreender quais são os seus limites. É urgente cada um saber respeitar-se, nutrir-se, amar-se. É urgente saber reconhecer o estado do seu corpo, físico e emocional. É urgente dar atenção aos sinais e sintomas, antes da doença se instalar. Não me canso de dizer: o nosso corpo fala. E muitos são os que ignoram. Procuram ajuda, quando os seus próprios limites já foram, há muito, ultrapassados. E nada disto se ensina na escola, bem sei. Ontem mesmo, em clínica, durante uma sessão de acompanhamento terapêutico, a minha cliente perguntou-me: “Mas porque não nos ensinam isto na escola? Seria tudo tão mais fácil e simples agora.” Não soube responder, confesso, não deixando de concordar totalmente. Tanto que nos ensinam na escola, nos obrigam a decorar, a saber… e o essencial, fica de fora, esquecido… E sobre estes alarmantes números referentes à ansiedade e depressão no nosso país e no mundo, acresce agora todo este cenário de pandemia do medo que se instalou com a pandemia covid19. Que com todas as consequências das medidas tomadas e impostas, quer ao nível socio-económico, quer psico-emocional, muitas são as pessoas que se encontram, ainda mais, “aprisionadas” (…e não em refiro ao confinamento nos seus lares). É preciso sair do medo e do pânico. Preferindo a consciência, responsabilidade e esperança. Apostar mais em prevenir do que remediar. Apostar mais na saúde e bem-estar. Apostar mais na educação. Respeitar mais as vidas humanas. Ana Sofia Rodrigues® ©Todos os direitos reservados
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