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Tens mil e um sintomas mas não tens nenhum diagnóstico? Não és o(a) único(a)!Tens andado de médico em médico, feito este e aquele exame, passado por inúmeras suspeitas mas nenhuma concreta?
Cada vez mais recebo pacientes com este histórico. Muitas vezes passam anos nesta busca, gastando o seu tempo e dinheiro nos exames, especialidades, medicamentos, por vezes até cirurgias... E por fim, exaustos dessa infrutífera busca, chegam até mim... Infelizmente, assim é... e é cultural... mas não deveria ser. Deveria ser ao contrário: primeiro a busca pela abordagem natural, energética e emocional, pois é aí que tudo começa... Quando a doença está no físico, está, digamos, no último patamar. E acresce que ninguém procura ajuda nos primeiros sintomas...passam tempos e tempos até que, eventualmente, lá vão. Pensa comigo: Primeiro a abordagem natural, não invasiva e holística. Com terapêuticas naturais e adopção de novos hábitos de vida saudáveis. Depois, se necessário, então aí, outras abordagens mais invasivas. Não fará mais sentido assim? Mas como sabemos, não é assim que a maioria da população age no que respeita à sua saúde, infelizmente. Precisamos reeducar. Redefinir conceitos de saúde. Mas por enquanto, continuo a receber pacientes com estes quadros. E cada vez mais. Já fizeram 2 anos de fisioterapia e não resultou, ouço. Já fizeram todos os exames possíveis e imaginários, sem chegarem a diagnóstico conclusivo. Já passaram por 3...4...5 especialidades médicas, cada um com sua visão, abordagem, suspeita... Já despistaram todas as suspeitas iniciais e ainda assim, medicam, sem saber ao certo para o quê. Importante então reflectir e questionar: Porque os médicos hoje em dia não encontram resposta e diagnóstico para um bom número de casos clínicos? Eu acredito que é porque não consideram o estilo de vida, as emoções, a alimentação. Não consideram que somos um todo e a queixa ou sintoma, embora possa estar localizado, pertence a um todo. Muitas vezes recebi casos de dor física cuja origem era emocional, casos de ansiedade por maus hábitos diários, casos de problemas gástricos por má escolha dos alimentos e ausência de rotinas e horários alimentares... Casos de vários problemas relacionados mas que a Medicina Convencional não relacionou. O nosso estilo de vida influencia e muito a nossa saúde. Abençoados avanços da medicina e na ciência que tanto nos permitiram conhecer, desenvolver, resolver. No entanto, nem tudo é como está nos livros. E cada vez mais existe falta de diagnóstico claro para muitas pessoas que padecem de várias desordens e sintomas. A medicina convencional não considera por exemplo, a alimentação. Como assim?? Seria de esperar que considerasse, que contemplasse. Certo? Só que não. Ao longo de todo o vasto e intenso curso de Medicina existe uma única cadeira que fala de alimentação. Como pode a medicina não considerar a alimentação? Da mesma forma, é fundamental considerar o sono, o trabalho versus descanso, os vários hábitos de vida, as relações interpessoais, a gestão emocional. Uma medicina de tamanhos avanços e simultaneamente, tamanhos retrocessos. Pois não considera o fundamental e o que faz de nós, seres humanos. Compreendo porém, que será praticamente impossível que os médicos possam ter em consideração todos estes factores, nas suas consultas. Sabia que os médicos têm em média 10 a 15 minutos para ver um paciente? Como pode médico algum, olhar ao todo, nesse espaço de tempo? Por isso é tão importante a Medicina Complementar, como por exemplo a Medicina Tradicional Chinesa, que contempla o todo, seja na sua anamnese e investigação/análise, seja nos tratamentos. Ainda sonho com o mundo em que ambas as Medicina dão as mãos, em prol do paciente, da saúde, do bem-estar, do Ser Humano. Já imaginaste um mundo assim? -- Ana Sofia Rodrigues© Todos os direitos reservados©
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Nos dias de hoje, as doenças do estilo de vida são, infelizmente, cada vez mais comuns. Elas não afectam apenas a nossa saúde física, mas também têm um impacto significativo no nosso bem-estar emocional. Sendo o oposto também válido, ou seja: as nossas emoções podem influenciar negativamente a nossa saúde física e desenvolver estas e outras doenças. Doenças como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e hipertensão são exemplos de doenças de estilo de vida, sendo frequentemente resultantes de hábitos diários, que muitas vezes são influenciadas por escolhas alimentares inadequadas e emoções não reconhecidas e/ou não digeridas. Naturalmente cabe aqui salientar, o impacto da actual sociedade na nossa saúde, quer física, mental ou emocional. O ritmo avassalador das nossas vidas, a dificuldade na gestão de stress...as constantes pressões e preocupações, a falta de descanso, laser, prazer... o excesso de trabalho e horas extra, as dificuldades financeiras para alguns e as dores de cabeça de tantos. Quanto à alimentação, basta olhar ao nosso redor quando entramos em qualquer supermercado ou café para constatar que a maioria da oferta são alimentos processados, embalados, calóricos, ou seja, nada saudáveis. Ainda assim, acredito que é possível fazer escolhas saudáveis. Cada um no seu contexto, pode melhorar as suas escolhas, a sua alimentação, a sua gestão emocional. Recuperar a sua saúde. Claro que, muitas vezes, é necessário a apoio, ajuda, orientação, terapia. O presente artigo tem como objectivo levantar o véu sobre as doenças de estilo de vida, promover a tomada de consciência sobre a temática, incentivando a melhorar os hábitos e escolhas diárias, bem como dar ideias de alternativas e terapêuticas que podem ajudar eficazmente. Como transformar a saúde com abordagens naturais e comportamentais?O Que são Doenças do Estilo de Vida? São doenças do estilo de vida são condições de saúde que se desenvolvem principalmente devido a fatores comportamentais e ambientais. Entre as mais comuns estão:
Porque surgem? As doenças do estilo de vida são frequentemente desencadeadas por escolhas diárias. Aqui estão alguns factores principais:
De referir e salientar… À luz da Medicina Chinesa, as causas incluem ainda conceitos específicos contemplados no estudo milenar desta medicina sobre o corpo humano, as emoções, a saúde. A título de exemplo, frequentemente a Hipertensão está associada a uma desordem da energia Yang do Fígado, que gera a subida de Calor e Fogo à cabeça originando enxaquecas e hipertensão. Também a raiva, irritabilidade ou frustração reprimidas, levam frequentemente a esta mesma condição. O Diabetes tipo 2, para além da visão fundamental da alimentação e exercício físico, à luz da Medicina Chinesa, muitas vezes está a associado ao declínio da energia Yin do Fígado ou do Rim, provocando vários sintomas de calor como é habitual nestes quadros clínicos. Nestes casos, para além da adopção de novos hábitos de vida saudáveis, é necessário equilibrar o Yin e o Yang do corpo, regular os órgãos e as suas funções, acalmar a mente e sobretudo, ajudar na regulação fundamental das emoções reprimidas que condicionam a nossa saúde. No que diz respeito à alimentação, a visão única da dietoterapia chinesa, fornece o estudo exclusivo sobre a energia do alimento e respetivo impacto no padrão concreto da pessoa e da doença em causa, Como melhorar? Para combater estas doenças, é necessário ir além da visão e abordagem da Medicina Convencional. Uma abordagem integrada, combinando com a medicina natural com novas hábitos e mudança de consciência, fará toda a diferença. Para tal e no meu método, integro a Medicina Tradicional Chinesa, com o desenvolvimento pessoal e a inteligência emocional. 1. Medicina Natural e Medicina Chinesa A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) oferece uma perspectiva holística para a saúde. A MTC enfoca o equilíbrio entre o corpo e a mente, e pode ajudar na prevenção e tratamento das doenças do estilo de vida por meio de:
2. Desenvolvimento Pessoal e Inteligência Emocional Desenvolver habilidades emocionais e comportamentais pode ser a crucial para uma vida saudável:
Conclusão As doenças do estilo de vida são amplamente influenciadas pelas nossas escolhas diárias e pelo nosso estado emocional. Incorporar práticas e terapêuticas como a Medicina Tradicional Chinesa, desenvolvimento pessoal e inteligência emocional pode transformar a saúde de uma maneira profunda e sustentável. Ao focar na alimentação equilibrada e adequada ao padrão específico da pessoa, aprender a gerir eficazmente o stress e implementar novos hábitos saudáveis, pode-se reduzir o risco destas doenças surgirem ou agravarem, promovendo ainda um bem-estar duradouro. Agende uma consulta: online ou presencial. Ana Sofia Rodrigues© Todos os direitos reservados® Neste artigo vou dar exemplo de um caso clínico, tão comum na minha realidade e acompanhamento clínico. Convido à sua atenta leitura e das várias reflexões que coloco em seguida. Paciente e queixas: Mulher adulta com ansiedade, insónia, dores de estômago, inchaço abdominal e refluxo, prisão de ventre, excesso de peso, retenção de líquidos, alterações menstruais com tpm acentuada e dores fortes abdominais (sobretudo no dia antes do período), enxaquecas fortes e frequentes (piores durante a menstruação), alergias sazonais, lombalgias ao final do dia e que agravam ao acordar... Parece muita coisa? Mas infelizmente, é um caso relativamente comum. Mais queixa, menos queixa, o mais frequente em clínica, é receber pessoas que um vasto número de diferentes queixas e sintomas.
Talvez te possas identificar com algumas desordens dadas no exemplo. Talvez até possas não valorizar algumas queixas, mas elas estarem lá. E não há nada de normal ou saudável, acomodar-se a um sintoma, a uma desordem, a um desiquilíbrio, a um mal-estar, a uma dor - ou pior, a um conjunto delas. Então, vale a pena reflectir: Quantos médicos e quantas especialidades serão necessárias para tratar todos estes sintomas e esta pessoa? E medicamentos?Vamos a palpites...? Aposto em Médicos de Medicina Geral e especialidades como Ortopedista, fisioterapia, gastroenterologista, psicólogo, eventualmente psiquiatra, ginecologista, dermatologista... De medicação arrisco em ansiolíticos, indutor do sono, antialérgico, anti-inflamatório, analgésico, pílula, protector gástrico... Por aí... Certo? Ou... Será que uma abordagem diferente, que integre diversas áreas e sobretudo, contemple os vários aspectos que integram o ser humano, poderá abarcar todas estas queixas? Ajudar e orientar a pessoa? Será que, adoptando novos hábitos de vida, alterando a alimentação, aprendendo a gerir o stress e a regular as emoções, poderá amenizar todas as queixas sem especialidades e medicação? Será que exercitar o corpo irá ajudar em algumas destas queixas? Será que, permitindo aceder às nossas emoções mais dolorosas, podemos impedir doenças de se manifestarem? E será que terapêuticas como a acupuntura, fitoterapia, dietética ou ventosaterapia, podem equilibrar este corpo humano? Não tenho dúvidas que sim. Naturalmente cada caso é um caso e não me sobreponho jamais a médico especialista algum. No entanto, é certo que hoje a panóplia de desordens físicas e emocionais nos indivíduos está cada vez maior, para uma resposta cada vez menos clara, eficaz e assertiva da parte da Medicina Convencional. Porque por mais que a Medicina e a Ciência evoluam - e abençoados sejam tais avanços! - parecem sempre esquecer o todo que nos envolve e influencia, enquanto seres humanos a viver numa sociedade totalmente desiquilibrada. Por exemplo... uma alimentação incorrecta, processada, nada nutritiva e desequilibrada, o excesso de preocupação e de responsabilidades, a falta de descanso e de prazer, os elevados níveis de stress e as desordens emocionais frequentes, o excesso de trabalho, a falta de recursos internos e a fraca ou inexistente gestão emocional versus o excesso de medicação na tentativa de adormecer os problemas que irão continuar... Tudo isto está bem presente na maioria das vidas das pessoas e afecta naturalmente a sua saúde, física, mental e emocional. Não forneço nenhum programa de 3 ou 10 passos, nem tenho a pílula mágica, mas não tenho dúvidas algumas o quanto a minha abordagem pode ajudar a pessoa, não só a aliviar todos os seus sintomas, como sobretudo e também, a compreender a origem dos mesmos, a adoptar novos hábitos e comportamentos que irão colaborar para uma melhor qualidade de vida. Exemplificando com as terapêuticas e regressando ao caso clínico:
Importante salientar: Ambas as Medicinas são extraordinárias, necessárias e complementares. Cada uma tem o seu papel. Cabe também à própria pessoa escolher, conscientemente, que tipo de vida e saúde pretende ter e desenvolver - se quer se manter na plateia do filme da sua vida ou se escolhe ser o protagonista da sua própria saúde e história real. Ana Sofia Rodrigues© Todos os direitos reservados® A Medicina Natural e o Cancro: as terapias complementares no apoio à doença e tratamento oncológico6/2/2024 O cancro tem, cada vez mais, uma elevada incidência na nossa população. Nos últimos anos, revelou-se um aumento significativo nas doenças oncológicas, seja pelos atrasos no diagnóstico, seja pelo agravamento do stress e estilos de vida do cidadão comum.
Felizmente a Medicina Convencional tem avanços e respostas para uma boa parte dos casos, sabendo porém que os mesmo podem não ser suficientes e acima de tudo, em muitos casos, mesmo tratando a doença (efeito/manifestação), não procura nem trata a origem (causa/raiz). A quimioterapia e radioterapia são os tratamentos mais comuns frequentes nestes casos. Sabemos, no entanto, dos efeitos secundários destes tratamentos que tanto afectam o quotidiano da pessoa. A quimioterapia por exemplo, que visa matar as células cancerígenas, tem frequentemente efeitos que muito debilitam a pessoa ao longo dos tratamentos. Os sintomas secundários mais comuns, ao nível físico, são os enjoos, náuseas, perda de apetite, dores diversas físicas, cansaço e falta de energia. Naturalmente que, no aspecto mental e emocional, as doenças oncológicas e todo o processo ao longo dos tratamentos, muito afectam o humor, gerando tantas vezes ansiedade, insónia, depressão, entre outros. A Medicina Complementar e Terapias Não Convencionais são um ponto chave, fundamental na minha opinião e experiência, como apoio neste caminho de tratamento e recuperação das doenças oncológicas. Vejamos alguns exemplos das terapêuticas que podem ajudar:
As doenças, incluindo as oncológicas, são muitas vezes alertas para o estilo de vida da pessoa. Embora exista os factores causas da genética e hereditariedade, ao contrário do que se possa pensar, estes factores constituem uma incidência pequena, entre 10 a 30% dos casos de cancro. A maioria, é derivado à alimentação, às emoções reprimidas, a um estilo de vida não saudável que muitos adoptaram para sobreviver nesta sociedade. Torna-se por isso absolutamente fundamental, olhar para as doenças como um “todo”, compreendendo as mensagens e convites que cada uma nos traz. O cancro, está há muito a ser estudado como uma doença associada a emoções e necessidades humanas reprimidas. O desenvolvimento pessoal e autoconhecimento são por isso outras peças chave para esta fase, que nos permitem ganhar consciência do que estava “adormecido”, olhar para dentro, reconhecer e melhor gerir as nossas emoções e necessidades, avaliar a nossa saúde em geral e as nossas escolhas de vidas, reaprender comportamentos diários se necessário. Marque a sua consulta. Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© O Equinócio de Primavera representa de certa forma, o equilíbrio.
É um dos dias mais equilibrados do ano, em que dia e noite têm a mesma duração, trazendo assim também o equilíbrio das energias Yin e Yang. Não deixa de ser curioso que um dos dias mais equilibrados do ano, possa corresponder ao início de uma das épocas mais desequilibradas para o Ser Humano. Do Inverno, vem a energia Yin que aí encontrou o seu auge e agora inicia-se o movimento para a energia Yang, que atingirá o seu auge no verão. Iniciamos assim o movimento “de dentro (Yin), para fora (Yang)”. Como sempre digo, a natureza ensina-nos, tanto. Observando a natureza, o que nos mostra ela na Primavera? As flores desabrocham, os animais saem da toca e terminam a hibernação. E quer acreditem quer não, também assim é com o Ser Humano pois somos parte integrante da natureza. Por esta altura, já muitos aceitam e compreendem que de facto, o ambiente externo pode influenciar o ambiente interno. Inúmeros factores externos podem influenciar a nossa energia interna, a nossa saúde, as nossas emoções. Desta forma, conforme aquilo que possamos ter “guardado” dentro, agora é a época que esse “algo” vai querer saltar cá para fora. E não é por acaso que a Primavera corresponde a uma época típica de crises de Ansiedade e Depressão. Este movimento “de dentro para fora” pode ser muito desafiante para alguns. Os ânimos exaltam-se e as emoções também “desabrocham”. Emocionalmente, esta estação está associada à irritabilidade, raiva e frustração, emoções estas associadas ao órgão Fígado, do Elemento Madeira. É certo que vivemos tempos que constantemente nos desafiam com notícias que podem facilmente gerar estas emoções – mas não nos iludamos, se as sentimos, é porque estão dentro de nós e como tal, “são nossas”. Aproveitemos para olhar para dentro e questionar o que realmente nos irrita, onde e em quê nos sentimos frustrados, nas nossas vidas, no nosso mundo interno, no nosso micro. Pois o que acontece no micro, acontece no macro, bem como o que acontece no macro, acontece no micro. Possamos por exemplo reflectir, sobre qual tem vindo a ser a nossa “guerra interna”. No entanto, estas emoções – tal como as outras – podem ser correctamente reconhecidas, “digeridas”, expressadas e libertadas. O Fígado e a Primavera são também época de expressar a nossa Criatividade! Olhemos para a natureza: é momento de nascer e renascer, criar e recriar! Experimentemos canalizar estas emoções para algo que queiramos manifestar. Fisicamente o Fígado está associado aos tendões, aos olhos, à digestão, à menstruação nas mulheres. Tipicamente com movimento ascendente, quando a sua energia se exalta e o seu calor sobe, podemos facilmente visualizar um rosto bem vermelho numa expressão facial de tensão e raiva, quando alguém se irrita. Por este movimento ascendente sobretudo para quem já tem essa predisposição (física ou emocional) é também comum o surgimento ou agravamento de dores de cabeça, enxaquecas, tonturas. Alimentos de cor verde-escura são excelentes para ajudar o Fígado a desintoxicar, sendo a Primavera uma das melhores épocas para fazer um Detox. No entanto, não esqueçamos: não basta fazer um Detox alimentar se continuarmos a alimentar as nossas mentes e corações com o que nos intoxica. Feliz Equinócio de Primavera. Ana Sofia Rodrigues® ©Todos os direitos reservados forno com castanhas, abóbora e batata doce.
Sendo de natureza Yang, a castanha promove o aquecimento interno do nosso organismo, ideal para o tempo frio que já chegou. Promove também a circulação de sangue, fortalece o sistema digestivo e beneficia os órgãos Baço, Estômago e Rim. Dica: Para quem sofre com a dilatação abdominal e flatulência pela ingestão deste alimento, fica a dica: Chá de Erva-doce ou Funcho. Se forem cozidas, já é do conhecimento geral que são cozidas com a erva-doce. E porquê? Não é para ficarem mais doces, pois já é um alimento doce - é exatamente para ajudar a fermentação e digestão da castanha. Assim, mesmo se optarem pelas assadas ou em acompanhamento com pratos principais, podem sempre beber o chá à refeição ou imediatamente após. E lembrem-se: o chá bebe-se morno e não quente. Ana Sofia Rodrigues® Sabia que uma alimentação rica em alimentos quentes e gordurosos podem originar e/ou agravar a sinusite e rinite? E sabia que tais sintomas e patologias podem ser tratadas com Acupuntura? Uma queixa muito frequente entre a população e muito frequente em clínica. Assim como a Rinite, a Sinusite surge na maioria das vezes como um problema crónico e com o qual muitas pessoas se habituaram a viver sem procurar outras soluções terapêuticas. Um dos medicamentos mais usados na Medicina Convencional para este tipo de sintoma e doença são os anti-histamínicos, os quais aliviam os sintomas, mas não tratam a patologia. Além disso, muitos anti-histamínicos provocam efeitos secundários como a sonolência, o que afecta depois o quotidiano da pessoa. Na Medicina Tradicional Chinesa procuramos sempre diferenciar a sintomatologia, caracterizando as várias diferentes e possíveis manifestações da mesma. Por exemplo, se as secreções são transparentes, brancas ou amarelas pois isso indica-nos o grau de frio ou calor presente na pessoa e respectivos sintomas. Embora as excrecções na Sinusite tendam a ser mais espessas e amarelas e na Rinite mais líquidas e brancas, o quadro geral com os restantes sinais e sintomas dar-nos-á uma perspectiva mais clara do padrão de desarmonia e de temperatura envolvidos. Além disso, é muito frequente ambas as patologias surgirem juntas como queixa pela mesma pessoa. Da mesma forma, procuramos compreender qual o (ou os) órgãos mais afectados para adaptar a direccção do tratamento correctamente. Na milenar compreensão e estudo desta Medicina é analisada as relações entre os órgãos e suas funções. No caso da Sinusite, podemos de imediato associar ao órgão Pulmão e sistema respiratório. No entanto, não quer dizer que este seja o único órgão e sistema afectado. A título de exemplo, é comum encontrar o Baço-Pâncreas e os Rins também debilitados, já que estes órgãos desempenham também importantes funções no metabolismo e circulação dos líquidos no nosso corpo. Dependendo dos restantes sinais e sintomas do paciente, ainda outros órgãos podem ser identificados como causas ou agravantes para a queixa em causa. Também a alimentação é fundamental de ser avaliada. Nas consultas de Medicina Chinesa fazemos a revisão alimentar e sugerimos as respectivas recomendações de alteração na dieta, sobretudo quando se confirma a suspeita de que determinados alimentos que a pessoa ingere regularmente, estão a agravar a sintomatologia, como sendo lacticínios e derivados, alimentos picantes quentes, entre outros. De referir que a Dietética é um dos métodos terapêuticos utilizados na Medicina Chinesa, pelo que a alimentação constitui factor determinante não só para a nossa saúde em geral, mas também como tratamento de diversas patologias. Existem inclusive muitos alimentos bons, saudáveis e nutritivos, mas que pelas suas características de temperatura, sabor ou acção, possam não ser aconselhados em determinado momento e a determinada pessoa consoante o seu quadro clínico. A Acupuntura tem demonstrado excelentes resultados neste tipo de quadros e sintomatologia. Além de aliviar os sintomas, beneficia os órgãos e as suas funções vitais, melhora o quadro geral de circulação dos líquidos, contribui para melhoria do sistema respiratório e imunitário, entre outros benefícios e efeitos. Mediante o caso, pode ainda ser utilizado outro método terapêutico como sendo a fitoterapia, através do aconselhamento de plantas medicinais sob a forma de chá, comprimidos, sprays ou suplemento. Marque a sua consulta. Ana Sofia Rodrigues® © Todos os direitos reservados No Dia da Mulher escrevo sobre a saúde feminina.
O grande público da Medicina Tradicional Chinesa (e de outros métodos e abordagens naturais), é sem dúvida o público feminino. São muitas as patologias e sintomas que podem afectar a saúde, a vida e o quotidiano da mulher, sobretudo nesta sociedade actual, onde o stress, as responsabilidades e tarefas diárias do trabalho e da família se acumulam, gerando tensão emocional e física. São muitas as lacunas nos hábitos e estilo de vida saudável de muitas mulheres, como sendo o excesso de trabalho e responsabilidades, a falta de descanso, a ausência de uma alimentação equilibrada e nutritiva, uma correcta estão emocional. Na linguagem da Medicina Chinesa pode dizer-se que a Mulher representa o Yin e o Homem o Yang. O Yin, no que diz respeito ao corpo humano, relaciona-se com os líquidos e com o sangue, a parte interior e órgãos internos, com a parte inferior do nosso corpo. O Yin representa também aquele lado tão bem conhecido das mulheres: o emocional. Com a evolução dos tempos, a Mulher adquiriu imensas competências que por um lado lhe permitiram desenvolver autonomia e poder pessoal, por outro lado, o seu aspecto Yin tem vindo a ser negligenciado. O aspecto Yang tomou forma e terreno. De referir que todos temos um aspecto Yin e outro Yang, sejamos homens ou mulheres. No equilíbrio entre os dois (Yin e Yang) é onde reside a saúde e o bem-estar. Naturalmente que a Mulher é – ou deveria ser – mais Yin do que o Homem. Tendencialmente a Mulher sofre mais problemas e desordens associadas a questões de sangue e o Homem a questões de Qi – energia. Os órgãos mais afectados na mulher tendem a ser o Fígado (com papel determinante na gestão emocional e na menstruação), o Coração (com determinantes funções mentais e emocionais -Shen - e na produção e circulação do sangue), o Baço (associado à alimentação e digestão, mas também com papel importante na produção de sangue e da energia vital e ainda com funções fundamentais intelectuais), os Rins (essência). De salientar que os órgãos à luz da Medicina Chinesa, não correspondem apenas à visão dos mesmos na Medicina Convencional – cada órgão tem funções energéticas, mentais, emocionais e fisiológicas. É, portanto, fundamental a atenção e cuidado a ter para com todos os órgãos do nosso corpo, nos seus vários aspectos, para viver com saúde - quer ao nível mental, como emocional ou física. O útero da mulher tem também um papel fundamental, não só na regulação e funções relativas à menstruação e de reprodução, mas também a um nível mental e emocional, representando a relação que existe num eixo entre os órgãos Coração e Rim. O útero tem também uma espécie de “armazém de memórias emocionais”, sobretudo memórias relacionadas com actos sexuais. Entre as várias desordens e patologias, posso aqui citar algumas das mais comuns como as enxaquecas, os problemas menstruais e outros sintomas consequentes destes (dismenorreia, amenorreia, TPM, tensão mamária, entre outros), corrimento vaginal (leucorreia), as infecções urinárias, a candidíase e outros problemas do sistema genito-urinário, problemas do sistema nervoso como a depressão e a ansiedade, a endometriose, os ovários poliquísticos, questões de infertilidade, a menopausa, entre outras patologias que não sendo apenas do foro feminino, tendem a ter maior incidência nas mulheres (como por exemplo a fibromialgia). A Medicina Tradicional Chinesa, na sua visão holística, compreendendo as diversas relações entre os sistemas e órgãos, bem como a relação entre a alimentação ou mesmo as emoções e o corpo físico, é munida de conhecimento e de técnicas milenares, naturais e não invasivas, para ajudar a prevenir e tratar estas e outras Patologias na Mulher. Ana Sofia Rodrigues® ©Todos os direitos reservados A capacidade intelectual, de pensamento e lucidez, de capacidade de concentração e estudo, bem como boa parte da capacidade de memória está, à luz da Medicina Tradicional Chinesa, associada ao Baço. Este órgão tem funções determinantes no nosso organismo, quer ao nível fisiológico, como mental e emocional. O seu principal papel no processo digestivo, permite-nos assimilar e transformar os alimentos, transportando-os para onde são necessários no nosso corpo, quer ao nível de energia vital, quer ao nível de funções dos outros órgãos. Esta função de transformação e transporte dos alimentos e bebidas que ingerimos, tem inclusive um impacto importante na produção de sangue e também nas capacidades mentais e intelectuais anteriormente referidas.
Nos actuais dias que vivemos, a preocupação constante faz parte do dia-a-dia da maioria das pessoas. Esse estado de pensamento gera stress para o organismo e debilita o Baço e o Pâncreas, impedindo os mesmos de realizarem correctamente as suas funções. Assim, podemos verificar que tanto o aspecto mental como físico é afectado e tanto os pensamentos como os alimentos influenciam nestes órgãos e na saúde em geral. Alguns sintomas e queixas frequentes são o esquecimento das tarefas habituais ou de nomes, a dificuldade de concentração e incapacidade de estudar por exemplo. Confusão mental, tonturas, sonolência após as refeições, dificuldades digestivas como dilatação abdominal ou mesmo problemas intestinais, são frequentemente sintomas que acompanham estes quadros clínicos. Além da alimentação correcta e saudável, maioritariamente focada em reforçar os órgãos mencionados, é importante encontrar momentos de descanso físico e mental. Permitir-se não se preocupar tanto com aquilo que não pode controlar, é fundamental. Permitir-se ter actividades e momentos de distração e prazer, é fundamental. Descansar e dormir o tempo necessário, é fundamental. Costumo dizer que, de certa forma, da mesma forma que necessitamos de realizar a digestão alimentar, possamos compreender que necessitamos também de realizar a “digestão mental e emocional”. O nosso aspecto físico não se separa do mental ou emocional. Tudo se interliga e se influencia mutuamente. O reforço da energia do Baço é determinante para recuperar as capacidades de memória e concentração. Tal pode ser feito através de Complementos, Fitoterapia, Aacupuntura, Moxabustão e muito também ao nível da Alimentação. É naturalmente importante discernir qual o padrão energético clínico da pessoa para adequar as respectivas sugestões alimentares. No entanto, posso aqui adiantar que alimentos como abóbora, cenoura, castanhas, aveia e tâmaras são bons para o Baço e Pâncreas. Devem ainda evitar açucares, lacticínios, farinhas brancas e alimentos crus ou congelados. Naturalmente que outros órgãos além do Baço e Pâncreas podem estar envolvidos nesta sintomatologia, como o Coração e os Rins. Existem também vários suplementos naturais no mercado que ajudam a reforçar as capacidades cognitivas e a melhorar a circulação periférica cerebral, como sendo o Ginko Biloba. Ana Sofia Rodrigues ® © Todos os direitos reservados As causas associadas aos problemas de pele podem ser diversas, entre as quais se destaca a Alimentação imprópria. Saiba aqui quais os alimentos que agravam esta condição. O acne caracteriza-se pelo aparecimento de lesões cutâneas, frequentemente borbulhas, brancas ou vermelhas e com excesso de gordura – as chamadas “borbulhas de cabeça branca” – com pus. É provavelmente a doença de pele mais comum e embora seja mais frequente na adolescência, não invalida que muitas pessoas não venham a sofrer desta condição na idade adulta. Na adolescência está muito associado às alterações hormonais. No entanto, na idade adulta, está muitas vezes associado ao uso de determinados medicamentos como os corticoides, a problemas emocionais e alimentares. Neste artigo, iremos dar atenção em especial ao factor alimentar.
Encontra de seguida, uma lista dos alimentos que agravam esta condição patológica:
Um padrão comum encontrado em clínica nos casos de acne com causas alimentares, reúne não só os alimentos já indicados, mas também o álcool, e excesso de alimentos quentes (como picantes quentes por exemplo). A combinação dos alimentos que geram calor (picantes quentes) com os que geram mucosidades (doces, laticínios) frequentemente origina a condição das borbulhas vermelhas (associadas à existência de calor) e com cabeça branca (pelo excesso de gordura e mucosidades). A Medicina Tradicional Chinesa, munida desta compreensão e estudo profundo sobre os alimentos, com conceitos muito próprios como sendo a Temperatura (em forma de impacto no organismo), trata e previne inúmeras doenças e patologias, como sendo o Acne. A Alimentação é, como vimos, um factor importante e sempre revisto nos casos clínicos com queixas semelhantes. A Acupuntura tem também resultados muto bons no que diz respeito à eliminação do excesso de calor tóxico e eliminação de mucosidades, além de regular a energia e funções dos órgãos mais afectados e do organismo em geral. Existem ainda Plantas Medicinais em forma de chá que podem ajudar muito neste condição, como sendo a Calêndula, Bardana ou Camomila. A Camomila e a Calêndula podem inclusivamente ser utilizadas de forma tópica, com compressas embebidas na infusão do chá e aplicadas na zona afectada. A escolha mais adequada da planta, depende do padrão clínico de cada pessoa. De um ponto de vista simbólico, é importante compreender que a pele é o nosso contacto com o exterior e também é, de certa forma, o reflexo do que se passa no nosso interior. Compreender os sinais do nosso corpo é um aspecto determinante para alcançarmos uma vida mais saudável e equilibrada. Caso sofra de acne e consuma os alimentos anteriormente referidos, faça a experiência e elimine-os durante, no mínimo 1 mês e avalie a sua pele. De referir ainda que os alimentos indicados neste artigo não só são prejudiciais para problemas de pele, como também originam outras patologias e afectam outors órgãos e sistemas como sendo o sistema respiratório e/ou gastro-intestinal. Ana Sofia Rodrigues® © Todos os direitos reservados A Hipertensão Arterial caracteriza-se por elevada pressão do sangue no sistema circulatório. Afecta quase 30% da população, sendo de maior incidência nas mulheres. Para a Medicina Ocidental, a maioria das causas são idiopáticas, cerca de 90% respectivamente – ou seja, a sua causa é desconhecida. Outras causas conhecidas estão associadas à hereditariedade, a doenças renais, doenças hormonais, a uma alimentação incorrecta e deficiente em nutrientes, à obesidade e a outras doenças como o diabetes.
Entre os vários sintomas destacam-se as tonturas e vertigens, zumbidos, dores de cabeça e visão turva. Também o sono pode ser afectado por esta condição. Ao nível de tratamento recomendam os medicamentos vasodilatadores e diuréticos – que aumentam a produção de urina – e ao nível alimentar recomenda-se a redução de consumo de sal. Actualmente, uma grande parte da nossa população encontra-se afectada por esta condição e é medicada para o efeito. Na abordagem convencional, uma vez que as causas são desconhecidas em boa parte, a maioria destes casos são medicados para o resto da vida. Para a Medicina Tradicional Chinesa, a Hipertensão está associada a desordens e distúrbios emocionais, a dieta imprópria, a stress e excesso de trabalho e esforço prolongado. Pode igualmente estar associada a problemas endócrinos e a factores genéticos. No entanto, é importante ressalvar que na maior parte dos casos, esta patologia é possível de ser controlada e tratada através de métodos naturais. Como em uma boa parte das doenças, a Alimentação e as Emoções são factores determinantes para melhorar esta condição. Ainda que existam factores genéticos e hereditários, é sempre possível melhorar alterando estilos de vida e procurando soluções naturais, que levam consequentemente a diferentes e melhores resultados. Ao nível da Alimentação, é necessária a avaliação e despiste da habitual dieta do indivíduo, a fim de averiguar se o consumo dos alimentos regulares que ingere, potenciam e agravam a subida da Tensão Arterial. Nos dias que correm, o sistema nervoso encontra-se fortemente afectado. Vivemos momentos muito desafiantes e inconstantes, pelo que a maioria das pessoas vive sob grande tensão, quer seja esta física, mental ou emocional. Explica-se na Medicina Chinesa, que a energia do órgão Fígado é responsável pela boa gestão emocional. Este órgão, tem também como sabemos, influência e importante papel no processo digestivo. Ao nível emocional, cabe ainda referir que emoções como raiva, irritabilidade ou frustração estão directamente associadas ao Fígado. Uma das típicas descrições em clínica com subidas de tensão arterial referidas pelos pacientes, é o calor na cara, acompanhado de pressão na cabeça e zumbidos nos ouvidos. Estes sintomas são clássicos e associados aquilo que consideramos num diagnóstico de padrões clínicos e energéticos na Medicina Chinesa, de “subida de Yang do Fígado” – a energia do Fígado “exalta-se” e sobe, elevando o calor ao alto, originando pressão na cabeça e nos ouvidos. A “exaltação” da energia do Fígado é, infelizmente, cada vez mais comum nos actuais dias que correm. Outros sintomas comuns associados a esta condição envolvendo o Fígado podem incluir insónias e pesadelos, inquietação, impaciência e irritabilidade fácil, visão turva, para além dos já referidos anteriormente como dores de cabeça, tonturas e zumbidos. Outras condições podem estar associadas à energia e funções dos Rins, bem como a desarmonias entre o Yin e o Yang – nestes casos, é comum a pessoa ter também outras queixas e sintomas como dor nos joelhos ou tornozelos, lombalgias, membros frios e insónias. A avaliação inicial em consulta clínica, permite analisar o quadro de cada caso em particular, de forma a traçar o melhor plano terapêutico, o qual pode incluir Acupuntura, revisão da Alimentação e Dietética, Fitoterapia, entre outras técnicas e abordagens. Importante ressalvar a eficácia nos resultados do controlo da Hipertensão com a Acupuntura. A frequência e número das sessões dependem da antiguidade e gravidade da condição do paciente. Também alguns simples chás podem ajudar a controlar uma crise de tensão alta, como o chá de Flores de Oliveira (hipotensor) ou de Passiflora (sedativo e hipotensor). Marque a sua consulta. Ana Sofia Rodrigues® © Todos os direitos reservados Para os mais curiosos sobre estes temas, é sabido que à luz da Medicina Tradicional Chinesa, cada estação do ano tem uma associação a um órgão e uma emoção. O inverno está assim associado aos Rins e ao medo.
Esta estação, que se caracteriza pelo clima frio, traz consigo uma energia de recolhimento e introspecção, de interiorização e conservação. O inverno é a estação mais Yin de todas. O Yin, neste contexto, simboliza o nosso lado mais emocional, passivo e interior. Não é por isso de estranhar que tenhamos menos energia e mais vontade de recolher, descansar e dormir mais. Se o Ser Humano pudesse e conseguisse acompanhar as leis universais dos ciclos da natureza, certamente faria como acontece com os restantes animais: estes hibernam, recolhem, armazenam. Mas, como somos seres humanos que vivemos em sociedade, precisamos continuar o nosso ritmo de vida. No entanto, é preciso respeitar o nosso corpo, a nossa energia, as nossas emoções. Parar, pode ser muito desafiante para algumas pessoas. Diminuir o ritmo, aceitar um estado de espírito mais ameno, menos activo e menos alegre, pode ser extremamente desafiante e é também, muitas vezes, confundido com estados depressivos. É importante compreender: não temos de estar sempre bem. Nem sempre temos a mesma energia e as mesmas emoções. E está tudo bem, em não estar sempre tudo igual ou não estar sempre tudo bem. Muitas vezes o que constitui o problema é precisamente a não aceitação de um estado natural, como este: de convite à pausa, ao recolhimento, à introspecção. Olhar para dentro, pode ser desafiante, mas é sem dúvida a melhor forma de crescer, superar, evoluir, transformar. Aproveitemos o convite da estação. Sobre as emoções do momento, o medo é a emoção associada aos Rins e à estação do Inverno. Face ao contexto actual que vivemos, falar de medo nesta altura… até dá… medo! Mas sim, é verdade. E tal como todas as outras emoções são necessárias e fundamentais, também o medo assim o é. O problema está no seu excesso ou na escassez, como em praticamente tudo na vida, na verdade. O medo em excesso, a nível psicológico, gera fobias e paranoias, impede a capacidade de clareza de pensamento; a nível físico, o excesso de medo gera estagnação da circulação do nosso organismo – energética e sanguínea –, causa diversas dores originadas pelo bloqueio da circulação e pelo estado permanente de tensão física e pode mesmo levar à exaustão pois o medo esgota-nos a energia vital. Por outro lado, também a ausência do medo é tão preocupante como o excesso dele. O medo está associado à sobrevivência e ao reconhecimento de estados de perigo, sendo por isso fundamental. No contexto actual é determinante conseguir manter lucidez e um pensamento crítico, de forma a filtrar as informações e desinformações que nos chegam diariamente. Encontrar um equilíbrio entre a informação do cenário actual e o permitir-se “desligar” e viver a sua vida, com coerência e sem medos exagerados, pois a própria vida em si, é um risco que vale a pena ser vivido. Recordando também que o medo é a base de muitos estados de ansiedade, pelo que também estes quadros patológicos podem sofrer agravamentos. Ainda sobre o medo e o simbolismo energético desta estação, talvez possa aceitar o convite da introspecção e reflectir sobre os seus próprios medos e receios, pois estes são muitas vezes fortes condicionantes para vivermos a nossa vida em pleno. Faça uma lista dos seus medos com essa reflexão. De seguida, procure reflectir sobre pequenas acções e actividades, que possa realizar para ajudar a ultrapassar esses medos. Aproveite o momento Yin do ano para reflectir e descansar, tanto quanto possa. Pois de seguida virá novamente a energia activa do Yang, com a chegada da Primavera que nos pede (re)nascimento e movimento. O Yin, também simboliza neste contexto, o aspecto mais interior do nosso corpo humano e organismo, como sendo os ossos, o sangue, os órgãos vitais internos. Assim, ao nível físico vários são os sintomas comuns desta época, que podem surgir ou agravar, tais como as lombalgias, ciáticas, artrites (e outras dores físicas, musculares ou ósseas), debilidade nos joelhos e problemas circulatórios – já que o frio contrai os tecidos e estagna a circulação. Problemas renais e urinários também podem ocorrer devido à relação com as funções dos Rins. Alguns conselhos importantes: manter a zona lombar e dos Rins aquecidas e evitar andar descalço em casa (o primeiro ponto do meridiano dos Rins situa-se na planta do pé, pelo que é muito importante não deixar entrar frio por esta zona). Alimentar-se com alimentos saudáveis, quentes e nutritivos, beber chás (com a escolha das plantas mais adequadas ao seu caso), não esquecendo de beber também água (algo muito frequente: algumas pessoas deixam de beber com o frio). Descansar e dormir mais, sem culpas. Ana Sofia Rodrigues® ©Todos os direitos reservados Uma das muitas maravilhas da Medicina Tradicional Chinesa, é que frequentemente permite aliviar diversos sintomas em simultâneo. A visão holística de que é munida, bem como as diferentes técnicas e abordagens terapêuticas que lhe são inerentes, permitem melhorar vários sintomas e queixas simultaneamente. É muito frequente os pacientes reunirem um conjunto de queixas e sintomas. Raramente têm apenas uma única queixa. Algumas pessoas podem até referir uma só queixa na consulta inicial quando me procuram, por ser a que mais incomoda e para a qual procuram ajuda. No entanto, no interrogatório inicial e anamnese, sempre detecto outros problemas, ainda que o próprio paciente possa considerar serem “o seu normal”. Raros são os casos que não tenham mais algum desequilíbrio ou desordem quer ao nível físico, mental ou emocional. É importante referir que muitas vezes as pessoas consideram “normal” aquilo a que estão habituadas, não querendo isso significar, que seja saudável e não constitua uma desordem a algum nível.
Exemplo de sintomas e queixas comuns na mesma pessoa são as dores de coluna, insónias, ansiedade e problemas digestivos. Naturalmente que neste tipo de casos - que reúnem várias desordens em simultâneo - deverá ser avaliada a prioridade, sendo a selecção da terapêutica também adequada, respectivamente. Um exemplo de actuação clínica, com os métodos e sabedoria da Medicina Chinesa, é a associação da Acupuntura a outras técnicas como por exemplo a aplicação de Ventosas para as dores de coluna, a Fitoterapia para as insónias e ansiedade e alterações alimentares para os problemas digestivos. A própria sessão isolada de Acupuntura poderá ter efeitos rápidos e eficazes em diferentes sintomas na mesma pessoa. Tenhamos como exemplo, algo muito comum, uma pessoa com problemas digestivos e intestinais, derivados ao seu sistema nervoso. Uma pessoa ansiosa, nervosa e agitada, que constantemente vive em estados de sobressalto, com batimentos cardíacos elevados e preocupação constante. Os problemas digestivos e intestinais manifestam-se maioritariamente quando existe algo que agrava a condição da sua ansiedade e distúrbios do sistema nervoso. Actuando como prioridade no sistema nervoso e ansiedade, é muito comum que a pessoa melhor consequentemente os problemas digestivos e intestinais. Também é muito comum um paciente com dores crónicas de coluna - ou mesmo com outro tipo de dores - ter alterações no sono. Muitas vezes os meus clientes referem que as suas dores são impedimento de dormirem repousada e continuamente, acordando várias vezes durante a noite para mudar de posição devido às dores. Da mesma forma, tratando os problemas e dores de coluna - com acupuntura e ventosas por exemplo - o sono consequentemente melhora pois a pessoa deixa de acordar com dores. A compreensão da relação que existe entre os vários sintomas, como a doença surge e como se desenvolve, a relação inseparável do corpo e a mente, a influência das emoções no nosso organismo, são apenas alguns exemplos do estudo que contempla a abordagem terapêutica nos casos clínicos, através do olhar e sabedoria desta Medicina milenar. Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Somos um povo que tem na sua cultura a ingestão frequente de chá, sobretudo com a chegada do tempo frio. Mas será que optamos pelo melhor chá? Descubra neste artigo. Sou uma fã de plantas! Quem me conhece bem, sabe como a minha farmácia caseira é sobretudo composta por uma enorme colecção de chás.
No decorrer do meu estudo na Medicina Chinesa, que estuda maioritariamente a fitoterapia chinesa, pude também conhecer algumas das maravilhosas plantas ocidentais que temos ao nosso dispor. Fiquei surpreendida como um simples chá pode aliviar e tratar inúmeros sintomas e patologias comuns do nosso dia-a-dia. Aprofundei assim o estudo sobre as propriedades de algumas dessas plantas, muitas delas tão comuns e presentes na cozinha de uma boa parte das pessoas. No entanto, muitas vezes as pessoas bebem chá, simplesmente por beber. Ou pelo gosto e sabor, ou apenas pelo prazer de aquecer o corpo, com um chá quente num dia frio de inverno. A escolha do chá correcto para cada caso em particular, pode fazer maravilhas. Vejo as plantas como medicina. Portanto, para mim, não será qualquer chá o indicado para qualquer pessoa. Quando bebemos sempre o mesmo chá, estamos a dar ao organismo sempre as mesmas propriedades, podendo estas serem, ou não, benéficas para a pessoa. Além da minha própria experiência em utilizar os chás na manutenção da minha saúde, frequentemente sugiro os mesmos aos meus clientes. Muitas vezes requer um conjunto de plantas e não somente uma, tudo depende dos sintomas e do objectivo e resultado pretendido. Em város casos de queixa de insónias que recebo em clínica, pude por exemplo constatar, que a combinação de Alfazema e Tília, ajudam a melhorar e muito, a qualidade do sono. E porquê? Se existem tantas plantas e outros chás calmantes? Porque a Alfazema ajuda a relaxar as tensões do corpo e a Tília ajuda na indução do sono, tornando-se assim uma combinação perfeita, para ajudar no sono, com benefícios para o corpo e para a mente, simultaneamente. Ambas as plantas têm ainda outras acções e propriedades, tendo sido escolhidas nestes casos de insónias, por estas características que anteriormente referi. Recentemente, uma outra paciente procurou-me por se encontrar extremamente cansada, sem energia, com falta de concentração. Também tinha anemia. Esta cliente, com uma conduta alimentar e de estilo de vida bastante saudável, já bebia com frequência vários chás. No entanto e por desconhecimento, a sua escolha não era ideal e embora não a prejudicasse, também não a beneficiava. Depois de despistar vários sintomas e eventuais doenças que pudessem estar presentes, de forma a ter a certeza que a minha sugestão poderia ser a mais indicada para esta paciente, recomendei o Alecrim. O Alecrim em chá pode ser uma ajuda considerável neste tipo de casos, pois sendo um tónico de energia e de sangue, beneficia na recuperação dos sintomas deste quadro geral. Dois dias depois da nossa consulta, a cliente enviou-me mensagem de agradecimento e com um certo espanto, pois de facto, notava muito mais energia desde que bebia o chá. De referir, no entanto, que nem para todos a solução pode ser a mesma. Quem me acompanha, mesmo aqui pelo Blog, já constatou o quanto defendo que “cada caso é um caso”. Apesar de ser apenas um simples chá, para determinadas pessoas pode constituir um agravamento de outros sintomas ou mesmo, originar novos sintomas e desordens, as quais nunca são associadas à planta, por desconhecimento de todas as suas características. Ilustro novamente com um exemplo de caso clínico, com a mesma planta, o Alecrim. Com queixas similares à anterior, acrescendo tonturas e síndrome vertiginoso, igualmente sugeri o chá de Alecrim a uma outra cliente. Faço questão de frisar a dosagem indicada para cada pessoa e apenas sugiro, prescrevo, o que quer for, quando acompanho com frequência a pessoa, de forma a puder avaliar evolução. No entanto, muitas vezes a vida impede-nos de mantermos a regularidade nas sessões e assim aconteceu. Esta cliente esteve meses sem puder comparecer nas consultas, devido ao seu exigente trabalho. Meses mais tarde, quando novamente me procurou, estava radiante pelos benefícios do Alecrim. Contou-me que todos os dias, durante esses meses, bebia 1 litro (ou mais) do referido chá, em boa parte logo pela manhã cedo quando ia treinar e que notava como a sua energia aumentava, como estava mais activa e produtiva, quer mental quer fisicamente. Ao ouvir este relato, imediatamente surgiram questões que me preocuparam e necessitei de despistar. Questionei sobre eventual sede, boca seca, calor e obstipação, tendo a cliente todos esses novos sintomas e ficando muito espantada de eu questionar sobre os mesmos, sem ela nada ter referido. Tal é muito bem explicado no estudo das plantas à luz da Medicina Chinesa, a qual estuda as mesmas, não só pelas suas propriedades e acções, mas muito também através de conceitos como tropismo, sabor e temperatura. Por temperatura não nos referimos à temperatura do chá em si, mas sim no impacto de calor ou frio que tal planta (ou alimento) pode ter no nosso organismo ao ser consumido. Sendo o Alecrim uma planta de temperatura morna, se consumida em excesso, sobretudo em pessoas que possam já ter tendência para o que consideramos “quadro clínico de calor interno”, poderá originar efeitos como os anteriormente referidos. No meu Workshop das Plantas Terapêuticas e Medicinais, falo muito deste conceito de temperatura, bem como no da Alimentação Energética, uma vez que este estudo não é do conhecimento geral e pode fazer a total diferença na prescrição ou sugestão de correcções alimentares e de plantas. O correcto e profundo estudo sobre as plantas bem como a junção correcta com outras plantas, fará toda a diferença. Por exemplo, o chá de Alcaçuz tem propriedades antitússicas, mas por ser tão doce não deve ser consumido por diabéticos. E dependendo do tipo de tosse, assim será selecionada a(s) planta(s) a juntar ao Alcaçuz, como por exemplo a Alteia para uma tosse seca, já que a Alteia irá humedecer. Como iniciei o artigo, sou uma fã e apaixonada por plantas. Algo tão simples e de fácil acesso no mercado, como um chá, pode fazer toda a diferença na nossa saúde. De referir ainda, que não recomendo os chás nas típicas e comuns “saquetas”, mas sim a planta seca. Recomendo ainda que bebam o chá morno e nunca quente. E também não recomendo a substituição total da água pelos chás. Os chás contêm plantas com propriedades medicinais e sim, contêm água. No entanto, a ingestão simples de água é essencial e fundamental para o nosso organismo. Ana Sofia Rodrigues® ©Todos os direitos reservados "Já experimentei tudo.... Nada funciona.! “Já fui a vários médicos e experimentei diferentes medicações e não melhorei.” Escuto com frequência esta e outras frases semelhantes, referidas pelos pacientes que recorrem à Medicina Tradicional Chinesa. Muitas vezes, nem um diagnóstico foi encontrado, mesmo após realização de diversos exames e consultas em Especialidades. E é normal que assim seja. Pois nem sempre os vários sintomas constituem doença diagnosticada e detectada pelos meios de exames e diagnóstico habituais. Considero ainda assim, sempre importante que tais exames sejam realizados.
Felizmente, a procura por soluções naturais tem vindo a crescer. É no entanto, importante salientar que, substituir a medicação por suplementos, ou manter todas as rotinas iguais e acrescentar complementos na busca da resolução, nem sempre é a opção mais correcta, consciente, saudável e eficaz. Os suplementos e complementos são isso mesmo, suplementares e complementares. Não substituem os alimentos e os importantes hábitos de vida saudáveis. Sabemos que a medicação dita química da Medicina Convencional, nem sempre trata a raiz do problema, mas sim alivia ou trata sintomas, acrescendo o facto de muitas vezes originar efeitos secundários e prejudiciais ao nosso organismo. Existem soluções naturais que tantas vezes são tão mais benéficas e não invasivas, pelo que todos necessitamos de conhecer e experimentar. No entanto, nem sempre essas opções naturais podem ser a solução efectiva. Apesar de naturais e não invasivas, obviamente que são soluções mais saudáveis para os casos em geral. Mas é preciso despistar. Cada caso, é um caso. E nem sempre a solução passa por tomar algo. Por exemplo, se uma pessoa tem dores de cabeça sempre que fica largos períodos sem comer, ou se tem cansaço físico e mental, com dificuldade de concentração e tonturas porque dorme em média apenas 5h por noite, não haverá suplementos que resolvam efectivamente o problema, pois na sua causa, na raiz, está os maus hábitos de vida. Prescrever um tónico de energia para quem sofre de fadiga mas não descansa o suficiente e não se alimenta correctamente, não é para mim, solução. Tal como não será solução prescrever algo para as dores de estômago e problemas digestivos, se a causa destes for a incorrecta escolha dos alimentos diários que a pessoa ingere. Podemos ajudar, mas nunca iremos resolver, na verdade, este tipo de casos. Na minha opinião e prática clínica, é fundamental e necessária a educação sobre o nosso organismo e necessidades básicas e fisiológicas deste nosso ser vivo e humano. Deveria esta informação ser do senso comum e geral, mas efectivamente não é. O mundo em que vivemos trocou as prioridades a uma boa parte das pessoas. Ao invés de dormirem bem, alimentarem-se correctamente, terem um equilíbrio entre o trabalho e o descanso, momentos de prazer e lazer, a prioridade é, de forma geral, o trabalho. É certo que "é o trabalho que paga as contas" como tão frequentemente me respondem. Mas a que preço? Será que faz sentido “pagar as contas” mas viver doente? Será que faz sentido “pagar as contas” mas viver dependente de medicamentos? Será que faz sentido juntar dinheiro para o gastar a tratar da doença? Sou apologista e defensora da Prevenção. De prevenir e promover a saúde e o bem-estar. E na verdade, muitas pessoas não se auto-respeitam e vivem com tanto medo de falhar e perder os seus empregos, que chegam mesmo a ignorar as suas necessidades fisiológicas básicas. Muitas pessoas acabam por admitir que de facto a sua auto-gestao é ineficaz e são esquecidas e desvalorizadas as suas próprias necessidades, constantemente. Já tive casos de pessoas que não precisaram da minha intervenção com técnicas clínicas terapêuticas para tratar os seus sintomas, precisaram apenas de melhorar os seus hábitos de vida. E para tal, primeiro que tudo, é necessário ganhar consciência: consciência do nosso estilo de vida, do nosso corpo, do nosso estado geral de saúde, dos nossos sintomas e emoções, na nossa gestão de prioridades. Recordo-me de uma cliente jovem, na casa dos 20 e poucos anos, que me procurou com queixas de insónias, náuseas e tonturas. No diagnóstico inicial faço sempre um longo interrogatório, como que um check up à pessoa, o que inclui saber um pouco mais sobre o seu estilo de vida e hábitos diários. Concluí rapidamente que esta mulher, esquecia-se de comer com o stress no trabalho. Eram muitos os dias em que almoçava às 15h ou nem mesmo almoçava. As náuseas e tonturas surgiam sempre ao final da manhã e início da tarde, melhorando após realizar alguma refeição. Realizei um tratamento de Acupuntura no primeiro dia e expliquei a importância da Alimentação como fonte de energia e combustível para realizarmos todas as nossas funções vitais. Falámos muito sobre a Alimentação e dei várias sugestões quer ao nível de alimentos a preferir quer ao nível das rotinas, horários, etc. Na segunda consulta a cliente regressou radiante. Super feliz e agradecida pelo tratamento, pois dormia bastante melhor e não tinha voltado a sentir náuseas ou tonturas. Sorri e perguntei se tinha alterado alguma coisa no seu dia a dia. Respondeu que tinha passado a não falhar nenhuma refeição e além de almoçar, tinha passado também a fazer intervalos de snacks. Sorri novamente e expliquei que o meu tratamento não tinha sido direccionado às queixas digestivas ou tonturas, mas sim e apenas à insónia. Os seus sintomas tinham desaparecido porque tinha alterado os seus hábitos. Curioso é observar que, tal como esta cliente, a maioria das pessoas vive tão desconectada do seu próprio corpo que não têm sequer consciência de que podem, por exemplo, estar a esquecer-se de alimentar o organismo para que ele realize correctamente as suas funções. Uma outra cliente procurou-me com queixas de dor lombar e também insónias. No interrogatório inicial pude constatar que o seu ritual diário e nocturno inclua ver TV no sofá, onde adormecia sempre e despertava mais tarde - quando só aí se mudava para a sua cama. Ao ir para a cama despertava e dificilmente pegava no sono outra vez. Consequentemente também se queixava de cansaço pela ausência de um sono reparador. A terapêutica clínica foi realizada e teve influência com melhorias consideráveis logo na primeira sessão. No entanto, apenas quando a cliente deixou de adormecer no sofá, os sintomas desapareceram por completo. As más posturas de quem adormece no sofá podem facilmente levar a dores musculares e problemas de coluna, bem como a interrupção do sono inicial é crucial para um sono total, contínuo e reparador. Novamente, esta cliente também não tinha consciência de que as suas queixas eram derivadas a hábitos diários e regulares. Daí a importância de um diagnóstico diferenciado e educativo. Costumo dizer que não trabalho sozinha. Faço a minha parte, no entanto e regra geral, os pacientes são responsáveis por outra parte. Além da responsabilidade do tratamento a realizar para ajudar a melhorar o quadro clínico, sou também responsável pela educação, por trazer à consciência da pessoa o que ela não consegue ver. Sou totalmente a favor da reeducação de hábitos saudáveis, do retorno à consciência e do simbolismo e interpretação dos nossos sintomas, pois como sempre digo "o nosso corpo fala". Da mesma forma, muitos clientes sofrem de problemas físicos por questões traumáticas emocionais. E novamente, a maioria não tem consciência disso. E mais: muitas vezes é o conjunto destas situações - questões emocionais com hábitos de vida não saudáveis. Sendo que, de facto, a alimentação e as emoções são, sem sombra de dúvida, a grande causa da maioria das doenças. Recordo-me de um caso de uma senhora na casa dos 50 anos, com diagnóstico de asma desde muito jovem. Quando me procurou, o seu estado estava fortemente agravado e além da asma, sofria diariamente de tosse com muita expectoração e congestão nasal. Na recolha do histórico clínico e pessoal, apurei os dois aspectos fundamentais para tal agravamento: o consumo excessivo e diário de leite e seus derivados, bem como o falecimento de um familiar seu directo, que nunca digeriu, aceitou ou processou. Curiosamente, os lutos e tristezas estão associadas ao Sistema Respiratório e aos Pulmões, à luz da Medicina Chinesa, pelo que foi rapidamente identificada essa causa e respectiva associação. Embora tenha naturalmente sido realizado um tratamento inicial, o mesmo foi mais direcionado ao quadro emocional. Novamente expliquei a influência da alimentação - neste caso, dos lacticínios e do impacto negativo destes no Sistema Respiratório. Convidei a cliente a fazer a experiência de durante 2 semanas não beber leite nem tocar em lacticínios para avaliarmos a evolução e diferenças. Na consulta seguinte, a cliente praticamente não tinha tosse e o uso da bomba de asma tinha passado de diário a ocasional. Foram realizados vários tratamentos em clínica de forma regular, maioritariamente focados no aspecto emocional e os resultados foram incrivelmente satisfatórios e positivos. Sensivelmente um ano mais tarde, esta cliente contactou-me a dar a notícia de que tinha tido alta do seu diagnóstico de asma pelo respectivo Pneumologista. Por último ilustro com mais um exemplo: Queixa de cansaço, tonturas e enxaquecas. Desde a primeira consulta que o meu feedback foi claro: poderia ajudar a melhorar os sintomas, mas os mesmos iam sempre regressar se não alterasse alguns hábitos como o de dormir mais e melhor. Neste caso, há largos anos que esta pessoa dorme apenas uma média de 5h a 6h, com uma vida diária de muito stress laboral. Após consultar outras especialidades como Neurologia, o feedback foi o mesmo: excesso de trabalho, stress, falta de descanso. Quando assim é, eu até posso prescrever alguma Fitoterapia como adjuvante ao tratamento clínico, deixando, no entanto bem claro que a solução do problema não está em nenhum medicamento ou suplemento. É importante compreender que, mesmo com suplementos naturais, se a causa do problema não for corrigida ou no mínimo, melhorada, o suplemento vai ajudar, é certo, dando mais energia, aliviando dores, tonturas, mas a pessoa continua a gastar a sua energia (que já é mínima), sem a repor devidamente pelos meios naturais, fisiológicos e orgânicos. Sim, o nosso corpo fala. Sim, os medicamentos e suplementos ajudam. Sim, deve procurar ajuda e realizar tratamentos. No entanto, e sobretudo, ganhar consciência do seu estado geral de saúde bem como do seu estilo de vida, é absolutamente determinante para a sua saúde e bem-estar. Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© |
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