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"Já experimentei tudo.... Nada funciona.! “Já fui a vários médicos e experimentei diferentes medicações e não melhorei.” Escuto com frequência esta e outras frases semelhantes, referidas pelos pacientes que recorrem à Medicina Tradicional Chinesa. Muitas vezes, nem um diagnóstico foi encontrado, mesmo após realização de diversos exames e consultas em Especialidades. E é normal que assim seja. Pois nem sempre os vários sintomas constituem doença diagnosticada e detectada pelos meios de exames e diagnóstico habituais. Considero ainda assim, sempre importante que tais exames sejam realizados.
Felizmente, a procura por soluções naturais tem vindo a crescer. É no entanto, importante salientar que, substituir a medicação por suplementos, ou manter todas as rotinas iguais e acrescentar complementos na busca da resolução, nem sempre é a opção mais correcta, consciente, saudável e eficaz. Os suplementos e complementos são isso mesmo, suplementares e complementares. Não substituem os alimentos e os importantes hábitos de vida saudáveis. Sabemos que a medicação dita química da Medicina Convencional, nem sempre trata a raiz do problema, mas sim alivia ou trata sintomas, acrescendo o facto de muitas vezes originar efeitos secundários e prejudiciais ao nosso organismo. Existem soluções naturais que tantas vezes são tão mais benéficas e não invasivas, pelo que todos necessitamos de conhecer e experimentar. No entanto, nem sempre essas opções naturais podem ser a solução efectiva. Apesar de naturais e não invasivas, obviamente que são soluções mais saudáveis para os casos em geral. Mas é preciso despistar. Cada caso, é um caso. E nem sempre a solução passa por tomar algo. Por exemplo, se uma pessoa tem dores de cabeça sempre que fica largos períodos sem comer, ou se tem cansaço físico e mental, com dificuldade de concentração e tonturas porque dorme em média apenas 5h por noite, não haverá suplementos que resolvam efectivamente o problema, pois na sua causa, na raiz, está os maus hábitos de vida. Prescrever um tónico de energia para quem sofre de fadiga mas não descansa o suficiente e não se alimenta correctamente, não é para mim, solução. Tal como não será solução prescrever algo para as dores de estômago e problemas digestivos, se a causa destes for a incorrecta escolha dos alimentos diários que a pessoa ingere. Podemos ajudar, mas nunca iremos resolver, na verdade, este tipo de casos. Na minha opinião e prática clínica, é fundamental e necessária a educação sobre o nosso organismo e necessidades básicas e fisiológicas deste nosso ser vivo e humano. Deveria esta informação ser do senso comum e geral, mas efectivamente não é. O mundo em que vivemos trocou as prioridades a uma boa parte das pessoas. Ao invés de dormirem bem, alimentarem-se correctamente, terem um equilíbrio entre o trabalho e o descanso, momentos de prazer e lazer, a prioridade é, de forma geral, o trabalho. É certo que "é o trabalho que paga as contas" como tão frequentemente me respondem. Mas a que preço? Será que faz sentido “pagar as contas” mas viver doente? Será que faz sentido “pagar as contas” mas viver dependente de medicamentos? Será que faz sentido juntar dinheiro para o gastar a tratar da doença? Sou apologista e defensora da Prevenção. De prevenir e promover a saúde e o bem-estar. E na verdade, muitas pessoas não se auto-respeitam e vivem com tanto medo de falhar e perder os seus empregos, que chegam mesmo a ignorar as suas necessidades fisiológicas básicas. Muitas pessoas acabam por admitir que de facto a sua auto-gestao é ineficaz e são esquecidas e desvalorizadas as suas próprias necessidades, constantemente. Já tive casos de pessoas que não precisaram da minha intervenção com técnicas clínicas terapêuticas para tratar os seus sintomas, precisaram apenas de melhorar os seus hábitos de vida. E para tal, primeiro que tudo, é necessário ganhar consciência: consciência do nosso estilo de vida, do nosso corpo, do nosso estado geral de saúde, dos nossos sintomas e emoções, na nossa gestão de prioridades. Recordo-me de uma cliente jovem, na casa dos 20 e poucos anos, que me procurou com queixas de insónias, náuseas e tonturas. No diagnóstico inicial faço sempre um longo interrogatório, como que um check up à pessoa, o que inclui saber um pouco mais sobre o seu estilo de vida e hábitos diários. Concluí rapidamente que esta mulher, esquecia-se de comer com o stress no trabalho. Eram muitos os dias em que almoçava às 15h ou nem mesmo almoçava. As náuseas e tonturas surgiam sempre ao final da manhã e início da tarde, melhorando após realizar alguma refeição. Realizei um tratamento de Acupuntura no primeiro dia e expliquei a importância da Alimentação como fonte de energia e combustível para realizarmos todas as nossas funções vitais. Falámos muito sobre a Alimentação e dei várias sugestões quer ao nível de alimentos a preferir quer ao nível das rotinas, horários, etc. Na segunda consulta a cliente regressou radiante. Super feliz e agradecida pelo tratamento, pois dormia bastante melhor e não tinha voltado a sentir náuseas ou tonturas. Sorri e perguntei se tinha alterado alguma coisa no seu dia a dia. Respondeu que tinha passado a não falhar nenhuma refeição e além de almoçar, tinha passado também a fazer intervalos de snacks. Sorri novamente e expliquei que o meu tratamento não tinha sido direccionado às queixas digestivas ou tonturas, mas sim e apenas à insónia. Os seus sintomas tinham desaparecido porque tinha alterado os seus hábitos. Curioso é observar que, tal como esta cliente, a maioria das pessoas vive tão desconectada do seu próprio corpo que não têm sequer consciência de que podem, por exemplo, estar a esquecer-se de alimentar o organismo para que ele realize correctamente as suas funções. Uma outra cliente procurou-me com queixas de dor lombar e também insónias. No interrogatório inicial pude constatar que o seu ritual diário e nocturno inclua ver TV no sofá, onde adormecia sempre e despertava mais tarde - quando só aí se mudava para a sua cama. Ao ir para a cama despertava e dificilmente pegava no sono outra vez. Consequentemente também se queixava de cansaço pela ausência de um sono reparador. A terapêutica clínica foi realizada e teve influência com melhorias consideráveis logo na primeira sessão. No entanto, apenas quando a cliente deixou de adormecer no sofá, os sintomas desapareceram por completo. As más posturas de quem adormece no sofá podem facilmente levar a dores musculares e problemas de coluna, bem como a interrupção do sono inicial é crucial para um sono total, contínuo e reparador. Novamente, esta cliente também não tinha consciência de que as suas queixas eram derivadas a hábitos diários e regulares. Daí a importância de um diagnóstico diferenciado e educativo. Costumo dizer que não trabalho sozinha. Faço a minha parte, no entanto e regra geral, os pacientes são responsáveis por outra parte. Além da responsabilidade do tratamento a realizar para ajudar a melhorar o quadro clínico, sou também responsável pela educação, por trazer à consciência da pessoa o que ela não consegue ver. Sou totalmente a favor da reeducação de hábitos saudáveis, do retorno à consciência e do simbolismo e interpretação dos nossos sintomas, pois como sempre digo "o nosso corpo fala". Da mesma forma, muitos clientes sofrem de problemas físicos por questões traumáticas emocionais. E novamente, a maioria não tem consciência disso. E mais: muitas vezes é o conjunto destas situações - questões emocionais com hábitos de vida não saudáveis. Sendo que, de facto, a alimentação e as emoções são, sem sombra de dúvida, a grande causa da maioria das doenças. Recordo-me de um caso de uma senhora na casa dos 50 anos, com diagnóstico de asma desde muito jovem. Quando me procurou, o seu estado estava fortemente agravado e além da asma, sofria diariamente de tosse com muita expectoração e congestão nasal. Na recolha do histórico clínico e pessoal, apurei os dois aspectos fundamentais para tal agravamento: o consumo excessivo e diário de leite e seus derivados, bem como o falecimento de um familiar seu directo, que nunca digeriu, aceitou ou processou. Curiosamente, os lutos e tristezas estão associadas ao Sistema Respiratório e aos Pulmões, à luz da Medicina Chinesa, pelo que foi rapidamente identificada essa causa e respectiva associação. Embora tenha naturalmente sido realizado um tratamento inicial, o mesmo foi mais direcionado ao quadro emocional. Novamente expliquei a influência da alimentação - neste caso, dos lacticínios e do impacto negativo destes no Sistema Respiratório. Convidei a cliente a fazer a experiência de durante 2 semanas não beber leite nem tocar em lacticínios para avaliarmos a evolução e diferenças. Na consulta seguinte, a cliente praticamente não tinha tosse e o uso da bomba de asma tinha passado de diário a ocasional. Foram realizados vários tratamentos em clínica de forma regular, maioritariamente focados no aspecto emocional e os resultados foram incrivelmente satisfatórios e positivos. Sensivelmente um ano mais tarde, esta cliente contactou-me a dar a notícia de que tinha tido alta do seu diagnóstico de asma pelo respectivo Pneumologista. Por último ilustro com mais um exemplo: Queixa de cansaço, tonturas e enxaquecas. Desde a primeira consulta que o meu feedback foi claro: poderia ajudar a melhorar os sintomas, mas os mesmos iam sempre regressar se não alterasse alguns hábitos como o de dormir mais e melhor. Neste caso, há largos anos que esta pessoa dorme apenas uma média de 5h a 6h, com uma vida diária de muito stress laboral. Após consultar outras especialidades como Neurologia, o feedback foi o mesmo: excesso de trabalho, stress, falta de descanso. Quando assim é, eu até posso prescrever alguma Fitoterapia como adjuvante ao tratamento clínico, deixando, no entanto bem claro que a solução do problema não está em nenhum medicamento ou suplemento. É importante compreender que, mesmo com suplementos naturais, se a causa do problema não for corrigida ou no mínimo, melhorada, o suplemento vai ajudar, é certo, dando mais energia, aliviando dores, tonturas, mas a pessoa continua a gastar a sua energia (que já é mínima), sem a repor devidamente pelos meios naturais, fisiológicos e orgânicos. Sim, o nosso corpo fala. Sim, os medicamentos e suplementos ajudam. Sim, deve procurar ajuda e realizar tratamentos. No entanto, e sobretudo, ganhar consciência do seu estado geral de saúde bem como do seu estilo de vida, é absolutamente determinante para a sua saúde e bem-estar. Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados©
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