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Para os mais curiosos sobre estes temas, é sabido que à luz da Medicina Tradicional Chinesa, cada estação do ano tem uma associação a um órgão e uma emoção. O inverno está assim associado aos Rins e ao medo.
Esta estação, que se caracteriza pelo clima frio, traz consigo uma energia de recolhimento e introspecção, de interiorização e conservação. O inverno é a estação mais Yin de todas. O Yin, neste contexto, simboliza o nosso lado mais emocional, passivo e interior. Não é por isso de estranhar que tenhamos menos energia e mais vontade de recolher, descansar e dormir mais. Se o Ser Humano pudesse e conseguisse acompanhar as leis universais dos ciclos da natureza, certamente faria como acontece com os restantes animais: estes hibernam, recolhem, armazenam. Mas, como somos seres humanos que vivemos em sociedade, precisamos continuar o nosso ritmo de vida. No entanto, é preciso respeitar o nosso corpo, a nossa energia, as nossas emoções. Parar, pode ser muito desafiante para algumas pessoas. Diminuir o ritmo, aceitar um estado de espírito mais ameno, menos activo e menos alegre, pode ser extremamente desafiante e é também, muitas vezes, confundido com estados depressivos. É importante compreender: não temos de estar sempre bem. Nem sempre temos a mesma energia e as mesmas emoções. E está tudo bem, em não estar sempre tudo igual ou não estar sempre tudo bem. Muitas vezes o que constitui o problema é precisamente a não aceitação de um estado natural, como este: de convite à pausa, ao recolhimento, à introspecção. Olhar para dentro, pode ser desafiante, mas é sem dúvida a melhor forma de crescer, superar, evoluir, transformar. Aproveitemos o convite da estação. Sobre as emoções do momento, o medo é a emoção associada aos Rins e à estação do Inverno. Face ao contexto actual que vivemos, falar de medo nesta altura… até dá… medo! Mas sim, é verdade. E tal como todas as outras emoções são necessárias e fundamentais, também o medo assim o é. O problema está no seu excesso ou na escassez, como em praticamente tudo na vida, na verdade. O medo em excesso, a nível psicológico, gera fobias e paranoias, impede a capacidade de clareza de pensamento; a nível físico, o excesso de medo gera estagnação da circulação do nosso organismo – energética e sanguínea –, causa diversas dores originadas pelo bloqueio da circulação e pelo estado permanente de tensão física e pode mesmo levar à exaustão pois o medo esgota-nos a energia vital. Por outro lado, também a ausência do medo é tão preocupante como o excesso dele. O medo está associado à sobrevivência e ao reconhecimento de estados de perigo, sendo por isso fundamental. No contexto actual é determinante conseguir manter lucidez e um pensamento crítico, de forma a filtrar as informações e desinformações que nos chegam diariamente. Encontrar um equilíbrio entre a informação do cenário actual e o permitir-se “desligar” e viver a sua vida, com coerência e sem medos exagerados, pois a própria vida em si, é um risco que vale a pena ser vivido. Recordando também que o medo é a base de muitos estados de ansiedade, pelo que também estes quadros patológicos podem sofrer agravamentos. Ainda sobre o medo e o simbolismo energético desta estação, talvez possa aceitar o convite da introspecção e reflectir sobre os seus próprios medos e receios, pois estes são muitas vezes fortes condicionantes para vivermos a nossa vida em pleno. Faça uma lista dos seus medos com essa reflexão. De seguida, procure reflectir sobre pequenas acções e actividades, que possa realizar para ajudar a ultrapassar esses medos. Aproveite o momento Yin do ano para reflectir e descansar, tanto quanto possa. Pois de seguida virá novamente a energia activa do Yang, com a chegada da Primavera que nos pede (re)nascimento e movimento. O Yin, também simboliza neste contexto, o aspecto mais interior do nosso corpo humano e organismo, como sendo os ossos, o sangue, os órgãos vitais internos. Assim, ao nível físico vários são os sintomas comuns desta época, que podem surgir ou agravar, tais como as lombalgias, ciáticas, artrites (e outras dores físicas, musculares ou ósseas), debilidade nos joelhos e problemas circulatórios – já que o frio contrai os tecidos e estagna a circulação. Problemas renais e urinários também podem ocorrer devido à relação com as funções dos Rins. Alguns conselhos importantes: manter a zona lombar e dos Rins aquecidas e evitar andar descalço em casa (o primeiro ponto do meridiano dos Rins situa-se na planta do pé, pelo que é muito importante não deixar entrar frio por esta zona). Alimentar-se com alimentos saudáveis, quentes e nutritivos, beber chás (com a escolha das plantas mais adequadas ao seu caso), não esquecendo de beber também água (algo muito frequente: algumas pessoas deixam de beber com o frio). Descansar e dormir mais, sem culpas. Ana Sofia Rodrigues® ©Todos os direitos reservados
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Julho 2024
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