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Somos um povo que tem na sua cultura a ingestão frequente de chá, sobretudo com a chegada do tempo frio. Mas será que optamos pelo melhor chá? Descubra neste artigo. Sou uma fã de plantas! Quem me conhece bem, sabe como a minha farmácia caseira é sobretudo composta por uma enorme colecção de chás.
No decorrer do meu estudo na Medicina Chinesa, que estuda maioritariamente a fitoterapia chinesa, pude também conhecer algumas das maravilhosas plantas ocidentais que temos ao nosso dispor. Fiquei surpreendida como um simples chá pode aliviar e tratar inúmeros sintomas e patologias comuns do nosso dia-a-dia. Aprofundei assim o estudo sobre as propriedades de algumas dessas plantas, muitas delas tão comuns e presentes na cozinha de uma boa parte das pessoas. No entanto, muitas vezes as pessoas bebem chá, simplesmente por beber. Ou pelo gosto e sabor, ou apenas pelo prazer de aquecer o corpo, com um chá quente num dia frio de inverno. A escolha do chá correcto para cada caso em particular, pode fazer maravilhas. Vejo as plantas como medicina. Portanto, para mim, não será qualquer chá o indicado para qualquer pessoa. Quando bebemos sempre o mesmo chá, estamos a dar ao organismo sempre as mesmas propriedades, podendo estas serem, ou não, benéficas para a pessoa. Além da minha própria experiência em utilizar os chás na manutenção da minha saúde, frequentemente sugiro os mesmos aos meus clientes. Muitas vezes requer um conjunto de plantas e não somente uma, tudo depende dos sintomas e do objectivo e resultado pretendido. Em város casos de queixa de insónias que recebo em clínica, pude por exemplo constatar, que a combinação de Alfazema e Tília, ajudam a melhorar e muito, a qualidade do sono. E porquê? Se existem tantas plantas e outros chás calmantes? Porque a Alfazema ajuda a relaxar as tensões do corpo e a Tília ajuda na indução do sono, tornando-se assim uma combinação perfeita, para ajudar no sono, com benefícios para o corpo e para a mente, simultaneamente. Ambas as plantas têm ainda outras acções e propriedades, tendo sido escolhidas nestes casos de insónias, por estas características que anteriormente referi. Recentemente, uma outra paciente procurou-me por se encontrar extremamente cansada, sem energia, com falta de concentração. Também tinha anemia. Esta cliente, com uma conduta alimentar e de estilo de vida bastante saudável, já bebia com frequência vários chás. No entanto e por desconhecimento, a sua escolha não era ideal e embora não a prejudicasse, também não a beneficiava. Depois de despistar vários sintomas e eventuais doenças que pudessem estar presentes, de forma a ter a certeza que a minha sugestão poderia ser a mais indicada para esta paciente, recomendei o Alecrim. O Alecrim em chá pode ser uma ajuda considerável neste tipo de casos, pois sendo um tónico de energia e de sangue, beneficia na recuperação dos sintomas deste quadro geral. Dois dias depois da nossa consulta, a cliente enviou-me mensagem de agradecimento e com um certo espanto, pois de facto, notava muito mais energia desde que bebia o chá. De referir, no entanto, que nem para todos a solução pode ser a mesma. Quem me acompanha, mesmo aqui pelo Blog, já constatou o quanto defendo que “cada caso é um caso”. Apesar de ser apenas um simples chá, para determinadas pessoas pode constituir um agravamento de outros sintomas ou mesmo, originar novos sintomas e desordens, as quais nunca são associadas à planta, por desconhecimento de todas as suas características. Ilustro novamente com um exemplo de caso clínico, com a mesma planta, o Alecrim. Com queixas similares à anterior, acrescendo tonturas e síndrome vertiginoso, igualmente sugeri o chá de Alecrim a uma outra cliente. Faço questão de frisar a dosagem indicada para cada pessoa e apenas sugiro, prescrevo, o que quer for, quando acompanho com frequência a pessoa, de forma a puder avaliar evolução. No entanto, muitas vezes a vida impede-nos de mantermos a regularidade nas sessões e assim aconteceu. Esta cliente esteve meses sem puder comparecer nas consultas, devido ao seu exigente trabalho. Meses mais tarde, quando novamente me procurou, estava radiante pelos benefícios do Alecrim. Contou-me que todos os dias, durante esses meses, bebia 1 litro (ou mais) do referido chá, em boa parte logo pela manhã cedo quando ia treinar e que notava como a sua energia aumentava, como estava mais activa e produtiva, quer mental quer fisicamente. Ao ouvir este relato, imediatamente surgiram questões que me preocuparam e necessitei de despistar. Questionei sobre eventual sede, boca seca, calor e obstipação, tendo a cliente todos esses novos sintomas e ficando muito espantada de eu questionar sobre os mesmos, sem ela nada ter referido. Tal é muito bem explicado no estudo das plantas à luz da Medicina Chinesa, a qual estuda as mesmas, não só pelas suas propriedades e acções, mas muito também através de conceitos como tropismo, sabor e temperatura. Por temperatura não nos referimos à temperatura do chá em si, mas sim no impacto de calor ou frio que tal planta (ou alimento) pode ter no nosso organismo ao ser consumido. Sendo o Alecrim uma planta de temperatura morna, se consumida em excesso, sobretudo em pessoas que possam já ter tendência para o que consideramos “quadro clínico de calor interno”, poderá originar efeitos como os anteriormente referidos. No meu Workshop das Plantas Terapêuticas e Medicinais, falo muito deste conceito de temperatura, bem como no da Alimentação Energética, uma vez que este estudo não é do conhecimento geral e pode fazer a total diferença na prescrição ou sugestão de correcções alimentares e de plantas. O correcto e profundo estudo sobre as plantas bem como a junção correcta com outras plantas, fará toda a diferença. Por exemplo, o chá de Alcaçuz tem propriedades antitússicas, mas por ser tão doce não deve ser consumido por diabéticos. E dependendo do tipo de tosse, assim será selecionada a(s) planta(s) a juntar ao Alcaçuz, como por exemplo a Alteia para uma tosse seca, já que a Alteia irá humedecer. Como iniciei o artigo, sou uma fã e apaixonada por plantas. Algo tão simples e de fácil acesso no mercado, como um chá, pode fazer toda a diferença na nossa saúde. De referir ainda, que não recomendo os chás nas típicas e comuns “saquetas”, mas sim a planta seca. Recomendo ainda que bebam o chá morno e nunca quente. E também não recomendo a substituição total da água pelos chás. Os chás contêm plantas com propriedades medicinais e sim, contêm água. No entanto, a ingestão simples de água é essencial e fundamental para o nosso organismo. Ana Sofia Rodrigues® ©Todos os direitos reservados
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Março 2022
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