google-site-verification=zgtz6WcsBzShXupCx1sl47aU39ROe2jYweqdpvMY8Vo
Depressão ou Infelicidade? Depressão ou Solidão? Depressão ou incompreensão? Depressão ou resistência à mudança? Deparo-me constantemente com pessoas medicadas com antidepressivos sem nunca lhes ter sido perguntado sequer porque estavam tristes. Muitas delas até me dizem que nunca estiveram propriamente tristes, mas sim sem forças. É de facto um dos sintomas ou sinais inerentes ao diagnóstico de depressão: a falta de vontade e apatia, perda de interesse em realizar certas tarefas (que no passado eram prazerosas). Mas é necessário muito mais do que isto para se estabelecer um diagnóstico de depressão e acima de tudo, ser prescrito medicação nesse sentido. Nos actuais dias que vivemos facilmente um adulto pode chegar a um momento cansado, esgotado, sem forças, sem vontade – ninguém pára, não se respira, não se contempla, mal se convive, tanto se trabalha e esquecemo-nos de nós próprios...todo o santo dia! Vivemos dias tão conturbados que os próprios médicos, com o tempo de consulta contado, mal olham para o paciente e procuram a causa de determinadas queixas. Isso leva-nos a um facilitismo e banalidade tal, tanto na própria queixa como no respectivo diagnóstico de ansiedades, depressões e outras patologias do foro nervoso, mental ou emocional. Esta é também uma questão cultural em que nos habituamos a “resolver” tudo com um comprimido. Acontece que, na maioria das vezes, o comprimido nada resolve…apenas “anestesia” e “esconde” a origem dos sintomas que se manifestam… Na minha opinião terapêutica, mais importante que tudo é questionar o porquê de tal estado de espírito! É observar, sentir, ouvir quem nos procura. Não me canso de dizer que somos um todo – corpo-mente-espírito – e o corpo físico reage à forma como vivemos, como reagimos, como interagimos, como “digerimos” coisas, acontecimentos e emoções. Muitas vezes a pessoa simplesmente nunca chorou uma situação dolorosa vivida no passado como por exemplo nunca tenha feito um luto de algum ente querido perdido. Ou talvez se encontre a desempenhar o mais terrível e ingrato dos trabalhos diários para sobreviver. Talvez não durma bem porque teima em jantar muito tarde e nunca ninguém lhe explicou que a digestão vai interferir na qualidade do sono. Talvez se tenha esquecido do que gosta de fazer em função de desempenhar papéis necessários nesta sociedade. Mil respostas me ocorrem, juntamente com mil opções de ultrapassar esse estado – tudo isto antes de um diagnóstico de desordens mentais e/ou psicológicas ou mesmo de prescrição de medicação! Não estou contra nenhum sistema nem contra os médicos ou a medicação, compreendendo que em algum momento tudo isto pode ser necessário. No entanto, a prescrição e toma de anti-depressivos e ansiolítcos no nosso país tomou proporções avassaladoras – hoje em dia, muitos jovens e crianças já estão também medicados. Portugal está no topo da lista dos países de maior consumo destes medicamentos e de diagnósticos de ansiedade e depressão. É importante reflectir… As pessoas necessitam de ser mais ouvidas, sentidas, compreendidas e orientadas. Não necessitam propriamente de mais diagnósticos e medicamentos para camuflar sentimentos e adormecer emoções – até porque estas não desaparecem e ficam como que gravadas no nosso corpo físico, mental e emocional. ©Ana Sofia Rodrigues
0 Comments
Leave a Reply. |
Saúde e Desenvolvimento Pessoal ®
Medicina Tradicional Chinesa Medicina Natural & Holística Autoconhecimento e Desenvolvimento Humano ©Todos os direitos reservados Arquivos
Julho 2024
Ana Sofia Rodrigues ® Saúde e Desenvolvimento Pessoal © Todos os direitos reservados Categorias
Tudo
|