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Vários aspectos diferenciam a Medicina Alopática da Medicina Chinesa.
Um deles é o facto da Medicina Tradicional Chinesa procurar encontrar a causa do problema, ou seja, não nos limitamos a observar o sintoma, a doença, mas também e sobretudo, procuramos compreender o que está a causar tal manifestação. Este é um aspecto fundamental e um motivo pelos quais, tantas vezes temos sucesso em casos que já percorreram várias abordagens da Medicina Alopática, sem resposta ou melhoria. Outro aspecto determinante, é o facto de olharmos o corpo como um todo e não como fragmentos, ou seja, uma determinada área do corpo pode estar a ser afectada por um problema existente em uma outra área do corpo, ou por estímulos frequentes prejudiciais, tal como sendo a alimentação, questões posturais e tantos outros aspectos do estilo de vida diário da pessoa. Para melhor compreensão, um dos exemplos que posso aqui ilustrar são as epicondilites. A Epicondilite é uma inflamação do cotovelo, também conhecida como Cotovelo de Tenista. Dos vários casos que já tratei, todos já tinham passado por outras especialidades da Medicina Alopática, como a Ortopedia ou Fisioterapia, entre outros. No meu diagnóstico inicial, não só ouço o relato das pessoas sobre as suas queixas, como coloco várias questões para compreender melhor o sintoma e a respectiva causa, ou causas. Quando encontro problemas no cotovelo – ou membro superior – imediatamente penso no todo, neste caso, estrutura física, do corpo humano. Assim, sempre questiono os clientes com Epicondilite ou com qualquer outro problema no membro superior, pela sua cervical. E todos eles se espantam com a minha perguntam e muitos referem mesmo: “mas eu já fui ao Ortopedista e Fisiatra e ninguém me perguntou pela cervical.” Não quero com isto dizer que o problema está na cervical – embora, também possa estar – mas quero com isto despistar o local de inserção dos nervos e músculos que passam pelo braço, cotovelo, membro superior. O paciente que se queixa de um cotovelo a um Ortopedista, este médico vai apenas ver, olhar e tratar o seu cotovelo. E por isso mesmo, muitas vezes não resolve o problema, pois não vai à raiz, onde se iniciam, onde nascem, os músculos afectados. Nestes casos, trato a área local sim, mas também o antes (inserção dos músculos, nervos que irritam músculo e que nascem da cervical) e o depois (pontos distais correspondentes aos meridianos e trajectos afectados, que correspondem por sua vez, aos músculos e nervos afectados). Outro exemplo pode ser dado com dores de estômago e problemas digestivos. Mais uma vez, já recebi vários casos que já haviam passado por especialidades como Gastroenterologia e Medicina Geral. Além da prescrição da habitual medicação protectora do Estômago, pouco mais foi feito. Ninguém questionou a rotina alimentar da pessoa, algo determinante e fundamental de despistar com queixas digestivas. Por outro lado, compreendendo o todo do Ser Humano, devemos também despistar se se trata de questões nervosas que frequentemente afectam o Estômago e/ou mesmo e até problemas de coluna – este último mais raro, no entanto, já encontrei casos cujos sintomas na área abdominal e com sintomas digestivos, tinham como causa vértebras desalinhadas da coluna (pois até mesmo no nosso tronco e abdómen, temos músculos que se correspondem com a nossa coluna e vértebras dorsais). Um outro exemplo são as insónias, uma queixa muita comum na nossa sociedade. O paciente que recorra à Medicina Alopática com problemas de sono, será certamente medicado com ansiolíticos ou indutores do sono, sem ser feito um devido interrogatório para despiste da causa da insónia. Uma pessoa com insónia pode ter inúmeras e diferentes causas. O excesso de trabalho e preocupação, alterações do próprio sistema nervoso, hábitos não saudáveis antes de dormir, jantar tardiamente e ir deitar-se no pico do processo digestivo, são apenas alguns exemplos das possíveis causas. Na Medicina Chinesa, além de fazermos este despiste, analisamos e avaliamos o tipo e qualidade de sono, isto é, se adormece facilmente e acorda durante a noite, se tem dificuldades em adormecer, se sonha muito, se sua durante a noite, entre outros aspectos. Tudo isto nos ajuda a compreender melhor, qual o padrão clínico da pessoa em particular, de forma a escolher o melhor tratamento adequado para o seu caso em questão. Da mesma forma, dores de cabeça e enxaquecas, são vulgarmente tratadas por medicação analgésica, sem ir à raiz do problema. Toda a enxaqueca tem um, ou vários estímulos, que desencadeiam a dor. A título de exemplo, já tratei enxaquecas, cujas causas eram nervosas, outras alimentares, outras hormonais, entre outras. Muitas vezes, o tratamento pode não ser imediato, no sentido de se encontrar as causas e os estímulos presentes na vida da pessoa. No entanto, os resultados são sempre visíveis e acumulativos. Em suma, podemos ter 5 pessoas com a mesma queixa e sintomas e essas mesmas 5 pessoas terem diferentes causas como base para a sua queixa. É necessário avaliar como, quando e porquê se manifesta no nosso corpo, determinados sintomas e doenças. Só assim poderemos alcançar bons resultados com a nossa intervenção médica e terapêutica. Salve ainda ressalvar, que a Medicina Chinesa actua de diferentes formas: se por um lado é muito eficaz no tratamento de inúmeras patologias, sintomas e doenças, por outro, actua muito bem como prevenção e manutenção. Ou seja, mesmo sem queixas em particular, qualquer pessoa pode beneficiar da Medicina Chinesa, pois estas abordagens irão sempre contribuir para melhorar e promover a saúde e bem-estar da pessoa no geral. A Acupuntura, técnica mais conhecida e utilizada na Medicina Chinesa, pode melhorar a circulação sanguínea e linfática, ajudar a melhorar a qualidade de sono, regular o sistema nervoso, melhorar as funções dos nossos vários órgãos, e por aí fora. Neste caso, é necessário que a Acupuntura seja mesmo realizada por um profissional de Medicina Tradicional Chinesa com a devida formação completa, pois este tem os conhecimentos base e fundamentais para a prática da Acupuntura no seu todo e não apenas para o tratamento da dor (como acontece em algumas outras práticas e vertentes). No que toca ao tratamento, é assim fundamental compreender o porquê dos sintomas, tentando descobrir a causa e raiz do problema, pois desta forma o resultado será evidentemente melhor e mais duradouro. Se apenas for tratado o sintoma, este pode reincidir rapidamente. Numa boa parte dos casos, a própria medicação apenas “camufla”, adormece os sintomas, pouco, ou nada trata efectivamente. Como já referi num outro artigo “cada caso, é um caso” e naturalmente nada é assim tão linear e deve sempre ser observado e tratado o caso individual, atendendo ao seu contexto específico, bem como o histórico da doença e dos sintomas. No que diz respeito à observação, estudo e diagnósticos, a Medicina Alopática tem o seu foco no Como, a Medicina Chinesa no Porquê. E como tal, na minha opinião, são ambas necessárias e ambas se complementam. ® Ana Sofia Rodrigues | Todos os direitos reservados
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