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Funcionam para mim como lembretes, inspiração, apoio, orientação. São como mantras. Dão-me força e serenam-me simultaneamente, recordam-me do essencial, ajudam-me a regressar ao centro, ao meu centro.
No entanto, os lemas podem mudar. Tanto porque a vida acontece, como porque nós próprios, mudamos. Tudo é impermanente e a única coisa que sempre permanece, é a própria mudança em si. É para mim importante de tempos a tempos, reflectir sobre os lemas que me vão orientando na vida. “Será que continuam a fazer sentido? Ajudam-me e impulsionam-me ou limitam-me e podem até gerar frustração? Constroem uma parede de “verdade absoluta” ou dão-me espaço para aprender e olhar o meu redor, conhecer outras possibilidades e outras verdades?” Compreender que tudo muda e evolui, é fundamental. Compreender que estamos sempre em constante evolução e que tal acarreta capacidade de adaptação, é fundamental. E compreender que nem sempre o que sonhamos é igual ao que sentimos no momento da realização, é também fundamental. Recordo-me da minha adolescência, aquele período de vida recheado de uma incessante sede de viver e descobrir e crescer. As palavras e a comunicação sempre foram pontos bem presentes e enraizados na minha vida desde cedo. Recordo de ter no meu quarto várias frases coladas pela escrivaninha fora. Uma dessas frases era: “Parar é morrer!”. Naquela altura, acreditava fielmente nesta frase – tanto que a tornei como um dos meus lemas de vida. Parar é morrer. E assim vivia a vida, seguindo sonhos, experimentando, criando, descobrindo, aprendendo, vivendo. E estava tudo certo. Só que, entretanto, a vida acontece… Com o tempo e já em adulta, conhecendo o ritmo avassalador das nossas vidas diárias em sociedade, do trabalho laboral e das responsabilidades diárias, aprendi que nem sempre parar é morrer… Às vezes – e tantas vezes – parar, é necessário. Parar, é urgente. Tão urgente. A loucura do ritmo de vida em que a maioria das pessoas vive é a causa de boa parte das doenças. Parar, é necessário. Parar, é urgente. E muitos de nós não sabemos sequer como isso se faz…não sabemos, parar. Eu não sabia. Aprendi. Outra frase, que alegrava o meu quarto de adolescente, retirada da célebre e intemporal música “Pedra Filosofal” de Manuel Freire era: “o sonho comanda a vida”. Cantarolava a toda a hora essa música. … “Eles não sabem nem sonham, que o sonho comanda a vida…E que quando um homem sonha… o mundo pula e avança…” Sim, é bom, necessário e fundamental sonhar, acreditar, arriscar. No entanto, muitas vezes realizar o sonho não é bem como o idealizamos. É interessante constatar que quando sonhamos, idealizamos, projectamos, não podemos nunca saber ao certo, o que vamos sentir, quando “lá” chegarmos. Podemos idealizar e concretizar muitos ou todos os detalhes, excepto, o sentir. A emoção. O que nos faz sentir “aquele feito”. Um dos meus sonhos de criança era cantar. Sempre cantei. Alguns amigos na adolescência chamavam-me de “rouxinol” por isso mesmo. Era algo natural em mim que me dava um prazer e um gozo tremendo! Mas naquela época, nunca fiz nada por cantar “a sério”. Nunca tive aulas ou uma banda. Cantava, com e para os amigos, ou mesmo sozinha, cantava na rua, em casa, em todo o lado e a toda a hora. E simplesmente, cantava. E sim, no meu íntimo, também sonhava em cantar “à séria”. Sonhava em dar concertos. Sonhava em estar em cima de um palco. Sonhava em ter uma banda. E lá perto dos 30 anos resolvi fazer algo quanto a esse sonho. E fui ter aulas. E tive mais do que uma banda. E dei concertos. E pisei palcos. Realizei o sonho. Só que desconhecia totalmente que realizar este sonho não iria aumentar o prazer que eu sentia ao cantar, pelo contrário. O facto de se tornar algo mais sério, levou-me a ficar tão focada em detalhes como o ritmo, o tom, a respiração, afinação, postura…etc…que me esquecia de simplesmente usufruir, libertar, sentir, cantar! Eu antes cantava, sem pensar. E ao levar a sério o sonho, precisei de pensar. Então, quase que perdi o prazer de cantar e os vários detalhes envolvidos na realização desse sonho passaram a ser motivo de stress e ansiedade. E assim, novamente encontrei um novo lema: os sonhos, mudam! Sim, mudam! Se nós mudamos, como não mudam os sonhos? O sonho comanda a vida, mas quem disse que tem de ser sempre o mesmo e único sonho? Se vivermos agarrados ao mesmo sonho, que entretanto já não faz sentido, ou nos leva a outro sentir que não positivo, então, mudemos o lema e o sonho. O que eu ainda desconhecia naquele momento, é que a minha voz tinha um propósito maior do que só cantar. Agarrei-me ao sonho de criança e pensei, durante muitos anos, que o meu dom da voz e da comunicação seriam para serem colocados cá fora através da música. Desconhecia ainda o que a vida me iria trazer, o que eu iria descobrir, sobre mim própria. Hoje ainda vou cantando, por enquanto apenas para meu belo prazer. Quem sabe regresse um dia aos palcos. E que outros lemas que vão e vêm com a vida a acontecer…? Tantos. Quando mudei de carreira em 2012, vi-me confrontada com inúmeros desafios mesmo do foro pessoal. Sou uma pessoa muito organizada e planificada. Antecipo cenários para buscar soluções prévias. Vivi até esse momento, uma certa estabilidade sempre com o mesmo ritmo de vida, horários, trabalho, rendimentos, férias, etc. Mergulhar nesta nova profissão criou uma necessidade de “jogo de cintura” perante a vida e perante os planos desta para mim. Compreendi que quando seguimos o nosso coração, isso não significa deixar de ter desafios, pelo contrário. Compreendi que nem sempre as coisas são como queremos e idealizamos, mas não deixam de ser as experiências certas para nós, levando-nos até onde precisamos de ir e chegar. Compreendi que “confiar” é ceder ao ritmo da vida, é permitir acontecer, é acreditar e dar um salto de fé, é “crer para ver” e não “ver para crer”. Compreendi que o futuro não existe e o passado já foi. Que o único momento que temos é o momento presente. E aqui novo lema entrou na minha vida: Um dia de cada vez. E até Março do ano passado este foi um dos vários lemas que me acompanhou durante vários anos: Um dia de cada vez. No entanto e com tudo o que vivemos, novamente o lema sofreu alterações e passou a: Um momento de cada vez. Considero fundamental seguir esta orientação no actual turbilhão emocional em que vivemos: Um momento de cada vez. E vou mais longe, “esmiuçando” o que pretendo dizer: Um momento de cada vez; Uma coisa de cada vez; Um assunto de cada vez; Uma tarefa de cada vez; Uma emoção de cada vez. Acrescento ainda outra frase para este momento que me tem ajudado muito: Nenhuma Tempestade dura para sempre. Têm sido estes os meus mantras essenciais actuais para ajudar a superar os momentos mais delicados e desafiantes: Um momento de cada vez & Nenhuma Tempestade dura para sempre – Nenhuma. Também esta irá passar… E até lá, que possamos cuidar de nós e dos nossos, contribuir para o bem, com amor, respeito, compaixão. Por último, partilho ainda outro mantra que me ecoou na mente e no coração esta semana, enquanto contribuía e fazia doações para famílias carenciadas e afectadas por tudo o que estamos a viver: Faz o bem que o resto vem. E dei por mim quase como que cantarolando este mantra. Faz o bem que o resto vem. Faz o bem que o resto vem. Muitas vezes – e tantas vezes – o nosso discurso interno é negativo e tóxico. O nosso cérebro está formatado para o negativo. O que a maioria das pessoas desconhece é que esse discurso interno, esses pensamentos, transformam-se em emoções, as quais se transformam em sensações e manifestações físicas, tantas vezes originando sintomas e doenças. E mais fácil é tal acontecer nestes momentos em que parece que tudo está mal e tão errado. Estes mantras ajudam a centrar, a acreditar, a seguir em frente, a emanar no amor, no positivo, na esperança e em tudo o que precisamos vibrar neste mundo. Agora mais do que nunca. Desejo que cada um encontre os seus lemas, os seus mantras, para que consiga serenar e tudo isto superar. Ana Sofia Rodrigues® ©Todos os direitos reservados
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Novembro 2024
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