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E porque a vida não é só sorrisos, hoje partilho algumas angústias do momento. Tenho tentado não partilhar a minha opinião, sobre o lado mais doloroso e revoltante desta história, apenas com a intenção de não contribuir para o caos que se tem instalado pelo mundo, pela internet, pelas redes sociais, desde há vários meses.
Sim, de certa forma, metade de mim, tem permanecido em silêncio. Em silêncio, apenas publicamente, pois quem me conhece de perto, sabe como me tenho sentido e mexido. Em silêncio, mas não parada. Em silêncio, mas informada. Não sou virologista, epidemiologista, cientista. Nem sou da política, nem Médica de Medicina Convencional. Não percebo de estatística nem de leis. Não sei e nem percebo de muitas coisas, é certo, mas felizmente, percebo de outras tantas. E não posso mais ficar indiferente e calada sobre tudo o que me tem chegado. Neste artigo e reflexão, falo-vos não só como Terapeuta e Profissional de Saúde, mas também, como cidadã e como Ser Humano. Vou falar-vos de saúde. Dos impactos reais do que se está a passar, na área da saúde. E por saúde, refiro-me ao conceito de saúde global, a qual inclui a saúde física, mental e emocional. Vou falar-vos de Humanidade. Respeito. Integridade. Dignidade. Coerência. Relações humanas. Comunicação. Afectividade. Basicamente, muito de tudo aquilo que não se comprova cientificamente. No entanto, absolutamente fundamental e essencial - na minha humilde opinião, claro. E vou falar-vos de Verdade! Ou pelo menos, da busca por ela. Tenho assistido a relatos na primeira pessoa de situações verdadeiramente desumanas, ignorando todo o respeito e dignidade que deveria sempre existir, por qualquer Ser Humano. Crianças que são impedidas brincar e viver a sua infância… crianças impedidas de serem acompanhadas nas consultas pelos seus pais e terem de entrar sozinhas… (?!) Pessoas de variadas faixas etárias, doentes, que não conseguem retomar as suas consultas e tratamentos… (!!!) Idosos que igualmente são impedidos de serem acompanhados nas suas consultas… e “entregues” aos lares, privados das suas famílias e vice versa… e pior (!!), que estão a falecer, sozinhos... (?!?!) … E não esquecer também, por consequência do anterior referido, pessoas que ficarão para sempre com um luto por aceitar e digerir… (!!) Sim, falo de relatos na primeira pessoa e não de publicações soltas numa qualquer rede social!! Ouço, diariamente nas minhas consultas, as suas histórias. Aprende-se tanto, tanto sobre a vida, sobre o mundo, sobre o que governa o mundo, ouvindo as pessoas, as suas histórias… ouvindo… o Povo! Ouvir alguém contar-me que perdeu um familiar e não pode se despedir dele, chegando ao ponto de nem sequer saber, ao certo, o motivo do seu falecimento porque não conseguiu falar com os médicos… (?!) Ouvir alguém dizer-me, que não vê a sua mãe há 5 meses, porque esta se encontra num lar e não pode ir vê-la… (?!) Ouvir e ver alguém contar-me, em lágrimas, como foi “à socapa” espreitar pelas grades do cemitério, ao longe, enquanto enterravam um familiar seu…(?!) … (nota: e embora com teste Covid negativo, o relatório médico final alegava a “onda de contágio” e perigos de saúde pública e ordens da DGS e…..bom, nem consegui ouvir mais!!) … Ouvir alguém relatar-me que viu o corpo nú e despido do seu familiar, envolvido em plástico (?!?!?...), de olhos abertos (?!?!!!), no caixão… (…e mais uma vez, com teste covid-19 negativo!!! E mais uma vez alegando que mesmo assim haveria perigos de contágio?!?!?...E nem sequer têm relatórios médicos ou certidão de óbito…e os médicos, estão de férias!?!...) …. Ouvir alguém dizer-me, como a sua mãe não está em si, não aceita, não compreende e não vive, por não aceitar a partida do seu irmão que nunca lhe foi explicada, nem permitida a despedida… Ouço tudo isto, e muito mais, diariamente. Na primeira pessoa!! Ouço e observo também, pessoas que há 6 meses atrás, viviam as suas vidas com relativa “normalidade”, minimamente saudáveis e lúcidas, hoje estão, doentes. Doentes ao nível mental, emocional e físico! Assombradas pelo medo e pelo pânico de algo que…já não se compreende. Ouço, observo, tudo isto, diariamente. E tudo isto é muito real. Tudo isto está efectivamente, há meses, a acontecer. E tudo isto, é muito grave. Se num estado inicial desta “pandemia” todas estas regras e medidas, que menciono nestes relatos reais, poderiam fazer algum eventual sentido, neste momento, não fazem!... Eu própria vivi recentemente um pequeno episódio (um “grande nada”, comparativamente a estes relatos). Algo que felizmente superei fazendo frente e “batendo o pé”. Consegui acompanhar a minha mãe no hospital quando me estavam a impedir de o fazer, alegando as regras impostas pela DGS nestes casos. Eu consegui. Mas não deixei de ficar revoltada e angustiada. Não consegui, deixar de pensar nas inúmeras pessoas que não conseguiram e continuam sem conseguir, o que eu consegui. No estado inicial desta pandemia, eu – e provavelmente a maioria de todos nós – segui “à risca” as informações fornecidas pela televisão. Assisti provavelmente a mais telejornais em Março e no início de Abril, do que em toda a minha vida. Sentava-me em frente à televisão, à hora certa de cada intervenção dos senhores governantes do nosso país. Chorei muitas vezes, incrédula, com as imagens que nos chegavam do mundo, mas sobretudo nessa altura, de Itália. Recordo-me claramente, nesta fase inicial, o que mais me marcou: precisamente as imagens de inúmeros caixões de pessoas que haviam nos deixado e partiam sozinhas, impedidas de terem as suas famílias junto e de honrarem a forma como queriam partir deste mundo. Chorei sim, com uma angústia tremenda no meu peito. (…e sobre essas imagens, deixo a sugestão para se informarem melhor sobre elas…e mais, aqui, não digo). No início, acreditei, como a maioria de todos nós, que de facto, um tal vírus covid-19 vinha para nos aniquilar a uma velocidade atroz. Cheguei mesmo a acreditar no contágio pelas superfícies. Cumpri o meu isolamento, saindo apenas para comprar bens e cuidar de familiares. Eu estava, no entanto, e dentro de todo o contexto, bem. Os meus, também. Consigo viver bem sozinha, ficar dias no meu lar. A vida ensinou-me, já há algum tempo, a abrandar e a saber parar. Aprendi há muito a lidar com as incertezas e a compreender o conceito de impermanência das “coisas”. Julgo e acredito, saber bem como gerir as minhas emoções e tratar da minha saúde. Mas muitos, não sabem. E eu não consigo pensar só em mim e ignorar os outros. Ou não seria assim, quem eu sou. Eu estava bem. Não conseguia, no entanto, ficar indiferente ao que via na “caixinha colorida”. Cheguei a voluntariar-me por diferentes meios, à DGS e hospitais, para contribuir, fosse como fosse, ainda que não aceitassem as minhas valências na área da saúde visto serem “tema” para boa parte da classe médica e científica. Faria qualquer coisa, desempenharia qualquer função, que pudesse ajudar a esta situação absolutamente inédita e inacreditável que vivíamos. Eu só queria estar activa, ajudar, contribuir. Ficar em casa, apesar de saber lidar bem com isso, de certa forma, agoniava-me, pois sabia que podia ajudar. Ainda assim, como a maioria, fiquei, em casa. (…E também porque nunca ninguém nunca me respondeu às minhas candidaturas e mensagens…!!) No início de Maio, comecei a questionar muitas coisas. Fruto da incoerência e desinformação que começava a chegar e a ser bastante perceptível pelos meios de comunicação, fosse por outras fontes e meios que me chegavam diferentes versões e narrativas da actual “pandemia”. Quando regressei ao trabalho e às minhas consultas em meados de Maio, fui constatando alguns episódios que me “ajudaram” a colocar, ainda mais, tudo em causa. Tive (e ainda vou tendo!) algumas desmarcações de consultas e tratamentos com explicações semelhantes a “a colega do meu marido foi fazer o teste e estamos todos em isolamento a aguardar resultado dela”, ou “o marido da chefe da minha mulher fez o teste e deu positivo e como tal, estamos todos em isolamento”. ?!?.... Quase parece uma brincadeira, mas não é. É real. E assim se pára a vida de dezenas e dezenas de pessoas, confinando-as, impedindo-as de viver, de trabalhar, de respirar ar puro, de tratarem da sua saúde e irem às suas consultas e tratamentos… (?!) Recordo-me claramente do primeiro “feelling” e “insigth” que tive e me levou a querer saber mais e olhar outras narrativas… “O pior está por vir e nada tem a ver com o vírus em si”. Estranhei e questionei muito esta minha intuição e este pensamento. Descartei-o inicialmente. Mas repetiu-se, por vários dias. Não era um mero pensamento. Era algo bem mais forte e muito sentido - algo que já aprendi, felizmente, a não ignorar. E assim, comecei a olhar para a “pandemia” com outros olhos… E como digo desde Maio, a quem perto de mim vive e me conhece: “o que me assusta, não é o vírus em si. São as consequências dele. São as consequências de todas estas medidas e de todo este pânico. E assusta-me sequer, imaginar, o que poderá estar por detrás dele (vírus).” Comecei então a dedicar-me a ouvir outros especialistas, que não aqueles que vão à televisão. A ler outros artigos, que não aqueles que são publicados nos principais jornais. A ouvir outras pessoas e especialistas, que não aqueles que vivem num pódio ou estão ligadas às grandes instituições, sejam da área da saúde, sejam em cargos políticos. A olhar para os números, com outros olhos. E acima de tudo, a ouvir os relatos, na primeira pessoa, dos impactos reais de tudo isto. Porque, tal como a maioria de nós já percebeu, comecei a sentir que algo nesta história toda, “não bate certo”. Comecei assim a desligar mais a TV e a abrir mais a minha mente. E sim. Claro que encontrei inúmeras supostas Teorias da Conspiração, que circulam à volta desta “pandemia”. E infelizmente, neste momento, é praticamente impossível, para a maioria de nós, saber o que de facto é “conspiração” ou é “verdade”. Os meios de comunicação social já deram provas de nos fornecer informações falsas e manipuladas, há muito tempo... E (…felizmente ou infelizmente…), vão-se encontrando várias verdades no meio dos supostos teóricos da conspiração…e tantas mentiras, no meio dos supostos órgãos fidedignos… O que é afinal verdade ou mentira? Eu assumo: não sei as respostas todas! E tenho muito mais perguntas que respostas. Mas o que já sei, é que se perdem mais vidas pelas medidas impostas, do que pelo vírus. E portanto, e afinal, a “suposta cura” mata mais do que “o suposto mal”? O que está a matar, não é o vírus… E como tal, não estou a conseguir compreender as medidas, as notícias, os números… Não digo que o vírus não exista. Mas até que ponto se justifica tudo o que está a acontecer? Será que um vírus com taxa de mortalidade em Portugal na ordem dos 0.1% a 0.4% justifica ausentarem-se os direitos humanos, aumentar drasticamente o impacto negativo psico-emocional nas pessoas? Parar uma economia, que obviamente, terá impactos negativos na vida das pessoas, muito além da própria economia? Impedir as pessoas de terem acesso aos seus médicos e realizarem as suas consultas e exames? Impedir as pessoas de se relacionarem? Será que se justifica esta anulação de dignidade, respeito, compaixão, humanidade? Ouvi recentemente um médico indignado e revoltado dizer algo semelhante a: “Nós como médicos fizemos um juramento. Como podemos virar as costas e deixar as pessoas sem acompanhamento, sem consultas, sem tratamentos, sem apoio, na altura mais crítica e mais necessária?!”… E ouvi outro médico dizer: “deviam deixar o que é de política para os políticos, e o que é de saúde, para os que percebem de saúde”… E mais outro que contava “quando nos mandaram encerrar os hospitais e centros de saúde, nós contestámos dizendo que existem muitas mais doenças e as pessoas precisam de nós, então perguntamos: porquê fechar? Como assim fechar?”…. e nunca tiveram resposta… Ouvi um médico (este, dos poucos que conseguiu chegar à TV!!!), indignado e revoltado a chamar este assunto pelos nomes, dizer “as enfermarias do meu hospital estão vazias! Não temos serviços de cardiologia, ortopedia…etc…Párem de dizer às pessoas que os hospitais estão lotados porque é mentira!” Ouvi ainda outra médica, referindo-se às imposições de máscaras nas escolas, para as quais não existe fundamento científico que comprove, efectivamente, o benefício do uso das respectivas máscaras, dizer “as nossas crianças não são tubos de ensaio!” Morrem muito mais pessoas de avc’s, cancros, diabetes e tantas outras doenças no nosso País (e no mundo!) e nunca presenciámos nem vivenciamos este cenário, que muitas vezes ainda me parece mesmo, inacreditável. São vários os médicos, em Portugal e no mundo, que já afirmaram e equipararam este vírus a uma gripe e que nunca, naturalmente e como tão bem sabemos, se parou um País (e muito menos o Mundo!!) e se vedou os acessos de cuidados de saúde à população, por uma gripe… Estou a desvalorizar o vírus covid-19? Não. Existe. Continuemos com os cuidados, coerentes. Cuidemos dos mais fragilizados e de risco. Continuemos a estudá-lo, a investigá-lo, a procurar soluções. Mas devolva-se por favor, a dignidade, humanidade, respeito e direitos de acesso à saúde. Acabemos com a histeria, com o pânico, com a desinformação, com a manipulação. E enquanto pessoas continuam sem cuidados de saúde, outras morrem sozinhas e outras pessoas ficam, para sempre, com um luto por digerir, são permitidos outros eventos com milhares de pessoas? Estaremos a ser alvo de medidas políticas, em vez de saúde? Qual o critério disto? Tudo isto, numa fase inicial, poderia até fazer sentido. Nessa fase inicial, acreditei que, mesmo os principais órgãos de poder, quer na área da saúde quer na política, estariam a fazer o melhor que podiam e sabiam, com toda a informação que tinham. Tudo era novo e desconhecido. Mas, entretanto, passaram quase 6 meses desde o primeiro caso em Portugal… e os números falam por si… Para não falar na falta de informação sobre o sistema imunitário…e para não falar das máscaras…dos testes…dos casos assintomáticos…das escolas…dos lares…do desemprego… das constantes “actualizações” dos números ridículos que já só não vê quem não quer… e de mil outras coisas que envolvem tudo isto… As pessoas estão cada vez mais doentes, baralhadas, assustadas, perdidas! E as consequências de tudo isto, ao nível da saúde, na maioria das pessoas, virá bem mais tarde… A reflexão já vai longa… deixo outros assuntos para quem mais sabe deles e tem provas, referências, estudos, que eu não tenho (mas garanto, que existem! E quem quiser, pode saber…) Eu estou bem. Eu continuo bem. Tenho conseguido – até ver! – lidar com estas incoerências, revoltas, angústias que me assombram a mim, e o mundo… E tudo o que souber e conseguir farei, para permanecer, bem. Para conseguir cuidar de mim, do “meu mundo”, dos “meus” e de todos aqueles que me procuram para continuar a tratar da sua saúde, dos “seus mundos”. Mas nada disso invalida não me revoltar, não chorar, não ficar indignada, não desabafar, não lutar pelo que acredito. Porque afinal, sou, também eu, Humana. E como já aqui tenho dito, sou pela verdade, pela dignidade, pelo respeito e pela coerência! E sobre os riscos, repito: Prefiro viver com riscos, do que não viver, para os evitar! Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Notas: - Sim, a palavra “pandemia” está em itálico e parênteses… porque não sei bem como me referir a ela, como chamar ao que vivemos, umas vez que, curiosamente, o que era a definição clássica oficial de pandemia pela OMS, naturalmente antes deste pandemónio se instalar, subitamente, segundo alguns médicos, desapareceu. Questionemos se este surto e esta doença, efectivamente, ser chamada de pandemia, com as taxas de mortalidade já referidas.... Que possamos pensar e questionar um pouco, sobre tudo isto, além de aceitarmos como verdade absoluta o que “nos vendem” pela “caixinha colorida.” - Naturalmente é omitido a identificação dos meus clientes cujos relatos aqui menciono - Os referidos relatos não são de Março ou Abril, mas sim, das últimas semanas! - Os discursos médicos referenciados existem. Apenas escolhi deixar um artigo de opinião, mas para quem desejar, podem entrar comigo que forneço nomes de médicos, advogados, pessoas que se movem incessantemente para descobrir a verdade, forneço os artigos e vídeos que tiver. - Os números reais, também existem. E novamente, muitos são os que têm trazido a “público” estes dados, embora, com alta censura e obviamente, nunca chegam aos mídia.
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Tantas vezes vivemos tão focados no objectivo final, que tudo o resto nos passa ao lado. Tantas vezes ansiamos chegar ao destino, à meta final, que não contemplamos, o caminho.
É bom ter sonhos, planos, objectivos. No entanto, depositar a nossa total felicidade, no alcance destes, pode gerar frustração, ansiedade, e acima de tudo, impedir-nos de viver, o momento presente. Quando fiz o Caminho de Santiago, pude contemplar paisagens e locais lindos, incríveis e maravilhosos. Andei por montes e vales, vagueei por ruas e ruelas de aldeias perdidas no tempo, vi igrejas, capelas, mosteiros e santuários, lagos e mar. No entanto, pelo caminho também passei por quilómetros em estrada de asfalto sem deslumbrante paisagem, apanhei chuva e muito frio, tive momentos difíceis, com longos caminhos íngremes debaixo de chuva. Contei algumas vezes todos os minutos e os últimos quilómetros da cada jornada, que pareciam por vezes não ter fim… Ansiei pela chegada ao albergue, ou encontrar por fim o café ou supermercado mais próximo… Consegui, no entanto, algumas vezes deixar-me simplesmente ficar para trás, caminhando lenta e tranquilamente sozinha, sem pressas, sem pensar onde ia, apenas, contemplando. Para quem viu o filme “The Way of the Peacefoul Warrior” (também traduzido como “O caminho do guerreiro pacífico” ou “O poder além da vida”), talvez possa recordar a cena em que Sócrates leva Dan a uma caminhada. Dan era um jovem atleta olímpico, movido pelo desejo de atingir o sucesso, neste caso, ganhar as olimpíadas e respectivas medalhas. Durante a caminhada, Dan estava entusiasmado e alegre, seguindo o seu Mentor, rumo ao cimo da montanha. Horas depois, chegando ao pico, Sócrates mostra a Dan uma simples e pequena pedra, referindo que tinham chegado ao destino. O jovem Dan ficou furioso e indignado, de ter chegado ao tão desejado e esperado destino e não ter lá, nada de grandioso para contemplar. A lição é simples: O caminho. A jornada. É aí que está a felicidade, a aprendizagem, a evolução – não na meta ou destino. Assim é o caminho da vida. A vida é cheia de diferentes paisagens, diferentes percursos, diferentes climas, diferentes desafios, diferentes experiências, diferentes aprendizagens, diferentes fases, diferentes emoções. Viver apenas e somente focado no “destino” final, é perder toda a vida que até lá, se vive. Vivemos tempos extraordinários que nos trazem muita incerteza quanto ao futuro. Ninguém sabe ao certo, qual o nosso destino, o que as mudanças que vivemos (e estão por vir) nos vão trazer e para onde nos vão, ao certo, levar. Talvez possamos aproveitar o incerto como uma lição de vida. Pois a incerteza, na verdade, sempre existiu. Nada é permanente e certo. Apenas o Ser Humano assim preferiu acreditar, numa ilusão sobre o controlo e a permanência das coisas. Aproveitemos o momento para reflectir na impermanência das coisas, na mudança constante, de tudo o que vive e existe. Aproveitemos para contemplar, tudo o que conseguirmos, aqui e agora, neste exacto preciso (e precioso) momento, além do nosso possível destino. Ainda que o momento seja turbulento. Ainda que possamos estar a lidar com desafios nunca antes vividos. Ainda que não consigamos, ainda, avistar a meta. Haverá sempre algo a agradecer, a aprender, a contemplar. A felicidade não está na meta, está no caminho. E o caminho, faz-se, caminhando. Ana Sofia Rodrigues® | ©Todos os direitos reservados Posso ainda não ter ou ser, tudo o que um dia sonhei... Mas quero acreditar que já tenho e sou, o suficiente... para tudo o que agora, possa precisar… Que tudo o que escolhi guardar na minha “mochila”, seja o suficiente, para esta viagem da vida.
Que toda a minha força seja suficiente, para enfrentar e superar, todas as batalhas com as quais me possa confrontar. Que todo o meu conhecimento seja suficiente, para reflectir com sabedoria e discernimento, sobre todas as dúvidas do momento. Que a saúde do meu corpo físico seja suficiente, para enfrentar e superar, qualquer sintoma ou doença, desarmonia ou patologia. Que a minha mente esteja lúcida o suficiente para discernir, sempre que possível, a verdade da mentira e a mentira da verdade. Que todo o amor que carrego no peito e que na vida me orienta, seja suficiente, para que toda a crueldade do mundo eu consiga enfrentar. Que toda a minha ingenuidade e alegria de criança sejam suficientes, e portanto, sempre prevaleçam. Que o meu coração esteja forte o suficiente para enfrentar todas as dores e tristezas, perdas e angústias, sejam só minhas…ou também as do mundo. Que a serenidade que tenho cultivado no meu interior, seja suficiente, para enfrentar tanta turbulência exterior. Que o caminho da verdade, do bem e da consciência que tenho vindo a percorrer, seja o suficiente, para não me perder. E que todas as vezes em que me perdi, tenham sido suficientes, para agora, mesmo no meio do caos, continuar a conseguir encontrar-me. Que tudo o que sou, tenho e alcancei, sejam neste extraordinário momento, o suficiente. E do tudo de bom que tenho e que possa sobrar, que seja distribuído, dividido e multiplicado, por todos os outros que possam necessitar. Para acreditar, para discernir, para serenar, para superar. Ana Sofia Rodrigues® | Todos os direitos reservados© Precisamos viver, não basta existir. Precisamos aprender a viver, com este ou qualquer outro cenário que a vida nos apresentar. Precisamos voltar a acreditar, a conviver, a sair, a sorrir, a contemplar, a viver! - Mas temos de manter a distância e evitar o contacto com as pessoas… A distância que nos é imposta e a ausência de contacto presencial, assim como o isolamento, o medo, e todas as consequências socio-económicas e psico-emocionais deste cenário que vivemos, geram mais problemas na saúde das pessoas neste momento, do que o risco de saírem à rua e conviverem. - E como fazemos com o risco de contágio? Como fazemos com qualquer outro risco. Avaliamos, ponderamos, encontramos solução e agimos. Não podemos é ficar parados, presos, imóveis, sempre que surgem riscos. - Mas não tens medo? Sim. E Não. Tenho alguns receios, mais por outras pessoas. Na verdade, ninguém sabe os reais riscos… E medos sempre tive e sempre existiram: o que fazemos com eles é que nos limita ou nos impulsiona. Tenho mais medo, desta pandemia de medo, do que do vírus em si. Eu prefiro arriscar, a não viver. É melhor viver com riscos, do que não viver para os evitar. - Mas neste caso há riscos de morte em causa! A taxa de mortalidade deste vírus está mais do que comprovada ser bastante mais reduzida do que o que nos “venderam” inicialmente. São muitos os médicos e especialistas, por todo o mundo, a defenderem diferentes pontos de vista, além daqueles que os nossos canais televisivos optam por nos passar. - Agora a TV está a manipular-nos e controlar-nos, é? De certa forma, os meios de comunicação já nos manipulam e controlam há muito tempo. Simplesmente agora é mais grave e alarmante, pelos motivos óbvios, seja pela suposta causa, como as consequências. Diz-me: quanto tempo a nossa televisão se dedica a passar informação sobre educação, prevenção, saúde? Sobre o lado bom das “coisas”? Sobre as possíveis soluções, os avanços? E quanto tempo se dedica a falar-nos das doenças, calamidades, desgraças? Sobre os problemas e tudo o que está em falta e de mal? E já agora, uma curiosidade: já pesquisaste alguma coisa sobre este tema actual, fora dos nossos canais de televisão? - Não... Mas então vamos ignorar tudo o que vem nas notícias, é isso? Não. Eu gosto de estar informada. Q.B. Gosto de saber as várias narrativas possíveis, da mesma história. Depois filtro, avalio e decido, em consciência e com a informação toda que tenho. - Não me digas que és daquelas que acreditas nas teorias da conspiração? O que são as teorias da conspiração para ti? - Uma data de histórias inventadas e mentiras… E o que tem vindo a sair na TV, é tudo verdade e seguro de acreditar e seguir, certo? - Bom, realmente têm vindo a surgir muitas dúvidas e até mentiras e desinformação… Ok. Então será que o que nos “vendem” como verdade, pode ser mentira? E assim sendo, será que as ditas teorias da conspiração podem conter algumas verdades? - Duvido muito. Óptimo. Duvida sempre. A dúvida é o princípio do conhecimento e da sabedoria. Mas duvida de ambas as possibilidades. - Mas acreditas nisso tudo? Nessas teorias todas que andam por aí a circular? Todas? Não. Mas prefiro saber da sua existência, a ignorá-las. Prefiro abrir a mente e considerar que, talvez, o que me “vendem” pode não ser bem assim. Alguma vez sentiste que te estavam a querer vender muito bem um produto, muito bem defendido e elogiado, com mil argumentos aparentemente válidos, e ainda assim, depois de o comprares e utilizares, constatares que foste alvo de um brilhante esquema de vendas e o produto não é bem como te disseram? - Já… Infelizmente, isso não acontece só com os “produtos”. Se posso confirmar e comprovar algumas dessas mil teorias da conspiração? Não. Não posso. Não tenho os conhecimentos ou meios para tal. Mas também não tenho como comprovar o que me dizem na TV. Tu tens? - Não… Então porque acreditas? - Porque eles dizem… ® Ana Sofia Rodrigues ©Todos os direitos reservados |
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Maio 2023
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