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Disseram-nos...
A raiva é feia. A tristeza é para fracos. A impulsividade é má. A generosidade é boa. No entanto... A raiva serve para te defenderes, reconheceres e aplicar os teus limites. A tristeza serve para superares situações bem difíceis como por exemplo um luto (e não necessariamente a morte física, mas também um luto de uma relação, de uma situação). A impulsividade serve para agires rapidamente em situações críticas e de urgência (por exemplo, vais na rua e vês um acidente...quem vai de imediato ajudar, ligar para o 112, ver o que pode fazer? Exato: é o impulsivo. O passivo está de mãos na cabeça a observar)... A generosidade, juntamente com passividade e ausência de limites, serve para te perderes de ti mesmo, anulando-te, em prol de apenas agradar, servir o outro. Então... A raiva pode ser boa. A tristeza pode ser fundamental. Ser impulsivo pode ser a solução. Ser generoso em demasia pode ser prejudicial. Até porque... A raiva contida vai provocar dor de cabeça, enxaquecas, problemas visuais e menstruais... A tristeza não expressa pode adoecer os teus pulmões e esgotar a tua energia vital... A impulsividade que recusas pode estar a ferver contida no teu corpo e na verdade e na volta, até pode ser utilizada se forma benéfica... E a generosidade...se for só para os outros e não te contemplar, não vai ser generosa com o teu corpo e vai adoecê-lo, provavelmente inflamando-o ou originando doenças auto imunes.... Agora… Então vamos todos andar aos gritos, ou a chorar constantemente, agir sem pensar, ou deixar de oferecer (ajuda, coisas, o que for)…? Claro que não! Tudo passa por nos conhecermos, reconhecermos as nossas emoções e necessidades, procurando formas de lidar mais conscientes, saudáveis e sobretudo, equilibradas. No momento certo, na proporção certa e da forma correcta, todas as emoções ou características podem ser boas - tal como todas as que consideras supostamente boas, na volta, até podem ser más... Tenho vindo a observar que a maioria das pessoas recusa uma parte de si. E eu já estive aí. A minha força escondia as minhas inseguranças, a mulher firme escondia a sua criança, o bom humor camuflava as inseguranças, por detrás da raiva impedia de aceder a uma tamanha tristeza… Precisei de me confrontar com o meu lado menos bonito – diziam, - para me apaziguar, me equilibrar, ressignificar e sobretudo, aceitar-me no todo que sou. Pois se recusava parte de mim, não me aceitava, respeitava e amava na verdade. Portanto… Quando recusas uma parte de ti - porque não é bonita, ou porque dói, ou porque a sociedade não gosta - estás a recusar quem és - no todo que realmente és. E na verdade, nada disso te define: Tu não és a raiva, nem a tristeza, tal como não és a impulsividade. Tu sentes raiva e tristeza. Tu ages com impulsividade. Não é quem tu és. Não te define. E se não é a tua essência, é só uma forma de sentir e agir, que, com caminho de consciência, com vontade e honestidade, poderás aprender a gerir melhor e até a dançar com tais emoções e características. A dança da vida não é isenta do que dói ou do que alguém te disse um dia que não era bonito... A dança da vida tem melodias maravilhosas e estrondos avassaladores, é feita de slows apaixonantes e de fados pesados e saudosistas. Por vezes é um sambinha, outra vezes um valente rock. Passa pelos clássicos e tem dias que acaba num transe... E embora possas não gostar de todos estes ritmos é certo, podes reconhecer e aceitar que existem tantas outras formas, outros ritmos e melodias….e quem sabe, possas mesmo um dia aprender a dançar cada uma delas… #oteucorpofala #anasofiarodrigues Ana Sofia Rodrigues© Todos os direitos reservados©
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Quando não pedes e não aceitas ajuda, poderás estar a fazer alguma destas coisas:
1) a esgotar-te fazendo tudo sozinha quando poderias ter algum apoio e divisão de tarefas 2) a assumir que tudo só depende e só pode ser feito unicamente por ti 3) a impedir o outro de te ajudar 4) a diminuir o outro ao dizer "deixa que eu faço" 5) a mentir a ti e ao outro quando respondes "não é preciso" 6) a adoecer o teu corpo... Observo tudo isto nos meus acompanhamentos. É tão interessante... Certa vez, com uma cliente com muitos problemas de saúde como um quadro oncológico e obesidade grave, ela relatava-me enraivecida, uma situação que tinha ocorrido em casa, antes mesmo dela sair para a nossa consulta e como estava não só zangada, mas exausta. Contava que ninguém a ajudou a fazer várias coisas em casa, desde o almoço, à arrumação ou limpeza. Existiam neste cenário mais duas pessoas, além dela. Perguntei a determinada altura se lhes tinha pedido ajuda, ao que me respondeu furiosa "Eles veem! Eles sabem que preciso de ajuda!"... Devolvi a possibilidade do cenário de eles não saberem, de precisarem que lhes fosse pedido, que há pessoas que são proactivas e outras, não. Que podiam estar distraídos, cansados... Coloquei vários cenários, apenas para tentar perceber, até que ponto esta mulher não pedia mesmo ajuda. Mais à frente, continuando no seu relato, diz-me mais baixinho e entre dentes: "bom, na verdade eles às vezes até oferecem ajuda...". Surpresa por esta revelação, questionei: "então e quando assim é, o que responde?". Preparados para o grande final? Ela responde: "deixem estar que eu faço"!... Não…! Esperem! Afinal este ainda não era o grande final...ainda há um final maior. Claro que, com esta resposta da minha cliente, espontaneamente me saiu uma ligeira gargalhada misturada com um ralhete! Devolvi-lhe o cenário que me acabava de contar: "Portanto, está exausta e zangada porque não tem ajuda, que nunca pede e quando lhe oferecem, você recusa. É isso?"... Agora sim, o final maior: "É que se eles fizerem, eu vou lá a seguir e refaço tudo de novo porque não sabem fazer bem." Ora bem.... e resumindo: "Então afinal está exausta e zangada porque não tem ajuda - que nunca pede - e quando lhe oferecem, você recusa e não deixa mais ninguém fazer porque só você é que sabe fazer bem. É isso?"... Riu-se. E de seguida ainda perguntei: "E afinal, com quem está mesmo zangada?" Passou do riso para as lágrimas e respondeu: " Comigo". ... Quantas vezes reclamamos de tudo e de todos sem avaliar a nossa própria responsabilidade na situação? Não é porque sabemos e conseguimos fazer sozinhos que o temos de fazer. Os perigos do controle excessivo e da perfeição são inúmeros. Quando queremos tudo perfeito à nossa medida, precisamos lembrar que o que é supostamente perfeito é só aos nossos olhos e não aos olhos dos outros. Quando queremos tudo única e exclusivamente à nossa maneira, estamos a desrespeitar, a negligenciar, a ignorar e anular o outro. Quando recusamos a ajuda porque não gostamos como o outro faz, estamos de certa forma a dizer que nós fazemos melhor. E dependendo da pessoa que está do outro lado, isto pode ser bem complicado de integrar. Podemos activar e reforçar inseguranças em alguém que já dúvida se é suficiente, se é bom, se faz algo bem... Tive por perto várias pessoas com estas características, sobretudo, da perfeição. E devi dizer também que é realmente irritante, quando têm sempre algo a acrescentar, a dizer, a melhorar - porque a verdade, é que nem sempre têm. E claro, o excesso de tarefas e actividades, de preocupações e responsabilidades, negligenciando as nossas necessidades e emoções, em estados constantes de stress crónico e irritabilidade, adoece o nosso corpo físico - e disto eu não tenho dúvida absolutamente nenhuma. E já agora: receber, é receber. Ou seja, se recusas receber ajuda, observa também o que te queixas na vida que não tens, não recebes. Se estás fechada ao receber ajuda, poderás estar fechada a receber outras coisas. Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Sabem aquela bela frase que não me canso de repetir "cada caso, é um caso"? Hoje trago-vos dois, completamente distintos, sobretudo no seu resultado. Ontem, terminei o acompanhamento com uma cliente, por não estarmos a alcançar os resultados que gostaríamos.
A verdade é que não, nem todas as pessoas respondem da mesma forma à minha abordagem, claro. E não, nem todas as pessoas têm resultados incríveis com a Acupuntura. E não, não é só a Acupuntura que faz ou não efeito - existem inúmeros factores que influenciam os sintomas das pessoas e como tal, inúmeros factores melhoram ou agravam determinada sintomatologia. A cliente de ontem não teve os resultados esperados. Realizámos 5 tratamentos e a melhoria foi muito residual. De referir que o estilo de vida actual desta cliente é de elevado stress e responsabilidade, má alimentação, falta de estabilidade estrutural com inúmeras mudanças de casa. Optámos assim por terminar o acompanhamento, com total consciência daquilo que já aprendi há muito tempo: eu não vou conseguir ajudar a 100%, 100% dos meus pacientes. E está tudo bem. De referir ainda que, os resultados que não foram alcançados, diziam respeito aos sintomas físicos. Ao nível de consciência, um importante trabalho aconteceu durante as sessões e hoje, esta cliente tem uma consciência sobre o seu corpo, o seu estilo de vida e a sua saúde, que não tinha. A própria cliente reconheceu este feito. Para compensar... Hoje, vi pela segunda vez uma cliente antiga, que regressou apenas o mês passado às consultas, após ausência de vários anos. Com um vasto historial preocupante, esta cliente tem elevado excesso de peso, inúmeras queixas, sintomas, patologias, do foro nervoso, gástrico, intestinal, hormonal e respiratório. É já com diagnósticos de doenças crónicas. Apenas com uma consulta e tratamento, teve melhorias significativas em 80% das suas queixas. E isto é um caminho, porque um longo trabalho ainda existe por fazer, face ao agravamento da saúde desta pessoa que, infelizmente, levou muitos anos sem se cuidar e sem pedir ajuda. No entanto, está, finalmente empenhada e tem procurado implementar as minhas sugestões na sua rotina diária, nomeadamente sobre a alimentação. Além disso, só com um tratamento viu melhoras nas queixas digestivas, intestinais, no seu metabolismo e no seu sono. É por estas e por outras, que eu simplesmente adoro o que faço e considero-me uma abençoada por ser munida deste conhecimento e experiência, por puder ajudar os outros desta forma. Sempre com a consciência de que ninguém consegue resultados a 100% para 100% das pessoas. É só impossível. Se vos disserem isso, bom, poderá tratar-se de um vendedor e não de um terapeuta 😎 Ana Sofia Rodrigues Todos os direitos reservados© Provavelmente já ouvimos isto por aí algumas vezes...Talvez até penses assim...
Eu remendo tanto, mas tanto a terapia. Eu para além de ser Terapeuta e facilitar terapia, já fiz Terapia várias vezes ao longo da minha vida. A primeira vez, tinha pouco mais do que 20 anos. Tinha perdido o meu pai recentemente e encontrava-me no início da minha então carreira profissional na Banca. Cheguei à terapia e só reclamava da profissão, dos clientes, dos colegas, do chefe, da pressão, da instituição... Pouco tempo depois, algumas sessões depois, provavelmente alguns meses depois, certo dia chego à consulta com um ar intrigada e olho assim meio de lado a minha Psicóloga e pergunto-lhe: - "Doutora...isto tudo não tem nada a ver com o Banco, pois não?" Ela sorriu e disse: - "Boa, estamos prontas para trabalhar!" Frequentemente culpamos tudo e todos pelo nosso estado. Se vivermos no inconsciente, comandados pelas feridas e traumas internos, com imensa probabilidade assim vivemos a vida: a projectar em tudo e todos as nossas vivências, infelicidades, dores - de corpo e de alma. Muito defendo e incentivo o "aguçar" da nossa consciência, de trazer à luz o que está no fundo, na sombra. De descobrir o porquê do que nos acontece, o porquê das nossas dores - internas ou externas-, o porquê do nosso estado de alma, o porquê da saúde ou da doença. Só assim, fará sentido "lá" conseguirmos chegar. "Lá", onde? Onde quer que queiras chegar: À saúde e ao corpo físico cheio de vitalidade, à alegria genuína de estar vivo e viver, às relações saudáveis , à paz de espírito. O que for para ti, esse "lá". Embora tudo o que nos acontece não seja inteiramente da nossa responsabilidade, haverá sempre uma parte, que é. Podemos até não ter responsabilidade no acontecimento ou no que gerou o "trauma", mas no mínimo, será que não temos a responsabilidade de escolher o caminho de nos curarmos sobre esse acontecimento e trauma? Olharmos para o que aconteceu, não fora, mas dentro de nós e o que isso nos quer dizer? No outro dia, numa daquelas conversas de “café” e desabafos da vida, depois de eu perguntar a uma amiga que desabafava sobre o seu difícil divórcio recente, se já tinha feito ou pensado em fazer terapia, ela exclamou: “Como assim? Eu? Fazer terapia? Então ele é que me magoou, traiu-me…ele é que está completamente descompensado e fez tudo o que te acabei de contar e muito mais… e perguntas-me a mim pela terapia? Achas que eu é que tenho de fazer terapia?!” Respondi: “Bom, “ter” não “tens” de nada. Mas podes escolher fazer terapia. Se queres ser feliz e livre dessa mágoa. Se queres processar as emoções e deixar ir essa dor. Se queres, um dia, ressignificar o que aconteceu agora.” Não faz terapia quem é descompensado, ou mau, ou maluco ou quem está doente. Até pode ser tudo isto, mas na verdade, não é por isso que escolhe fazer terapia, até porque muitos nem sequer reconhecem o seu estado e tal necessidade. Faz terapia quem escolhe que quer ser feliz e viver em paz, mesmo com todos as mágoas e desilusões e outros tantos acontecimentos da vida. Faz terapia quem quer aprender a superar e a libertar-se da dor, a reeguer-se das cinzas, a conhecer-se melhor, a fortalecer-se, a perdoar. A descobrir a alegria depois de muita tristeza. A descobrir quem é, o que gosta, para onde quer ir. Faz terapia quem quer melhorar a sua saúde mental e também física porque ambas estão intrinsicamente ligadas. Faz terapia quem quer melhorar as suas relações e afinar o rumo e a direcção da sua vida. Faz terapia quem quer aprender a Ser e a Viver mais e melhor. Ana Sofia Rodrigues | Todos os direitos reservados© Sim, a nossa sociedade é uma sociedade profundamente doente. O ritmo actual é avassalador, esgotando facilmente toda a nossa energia. A maioria das opções alimentares acessíveis, não são saudáveis. O consumismo afastou-nos da nossa essência. O foco nas aparência, levou à desconexão com o nosso interior. Estamos afastados das nossas próprias emoções e necessidades. O conceito de saúde, na verdade, não existe, apenas o da doença. Camuflam-se os sintomas, sem olhar às causas. Ninguém nos ensinou a escutar o nosso próprio sentir, a honrar o nosso corpo, a estabelecermos limites, a parar, a nutrir o coração e a alma, a sermos a nossa prioridade... Mas será que nada podemos fazer? Assim é e assim para sempre terá de ser? Coisas que sempre ouvi ao longo da vida e sempre me tiraram do sério "pois, mas é assim!", "o que podemos fazer? Sempre foi assim.", "não podemos fazer nada"..."...é assim que funciona. Nunca vai mudar..." Será? Eu não acredito nisso. Há sempre alguma coisa a fazer. Em nós. Não no outro. Escolhas. Diárias. Conscientes. Numa sociedade profundamente doente que anseia por mais pessoas saudáveis. Não é porque sempre assim foi, que sempre será igual. E tudo começa em ti. Nas tuas escolhas diárias. Autorresponsabilidade. Autocompaixão. Autocuidado. Reconectar com o corpo, com o coração, com as tuas emoções. Talvez consigas cozinhar no fim de semana para teres alimentação saudável na semana. Talvez consigas cumprir os teus horários no trabalho, e as horas extras e não pagas que tens "dado" à empresa, que agora a ti regressam em formato de descanso. Talvez consigas negociar com a família, 2h a 3h por semana para o teu exercício físico. Talvez consigas parar uns minutos, ao longo do teu dia, apenas para te observares, te sentires. Talvez consigas dormir mais 1h a 2h do que as 5h ou 6h que são a norma dos últimos anos. Talvez consigas começar a dizer que não, todas as vezes que o sim esteja quase a sair contrariado. Talvez consigas prescindir de algo, em prol da terapia. Talvez consigas trocar os medicamentos químicos que te adormecem, por terapias naturais que te despertam. Talvez consigas descobrir que a saúde é tão mais do que a ausência da doença. E que a tua doença, é a linguagem do corpo a chamar a tua atenção para o que realmente importa, para as tuas necessidades e emoções reprimidas. Talvez consigas ir a cantar de manhã para o trabalho e dançares com os teus filhos antes do jantar. Talvez consigas respirar mais conscientemente. Talvez consigas agradecer, diariamente. Talvez consigas incluir no teu dia-a-dia, ou na tua semana, um passeio na natureza, respirar ar puro, pôr os teus pés na terra. Quem sabe tomar um banho de mar ou uma caminhada naquele jardim que afinal até está ali próximo de casa. Talvez consigas trocar o telemóvel por um livro. O noticiário por uma música. Um podcast por um abraço. A Netflix por uma conversa. Talvez. O teu talvez eu não sei qual é, qual será. E sei bem que ninguém sozinho muda uma sociedade ou o mundo. Podes não mudar a sociedade. Mas podes certamente melhorar e mudar a tua vida, a tua saúde. E se todos o fizermos, a sociedade melhora, o mundo melhora. Concordas? -- Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Sim, há vários antidepressivos naturais.
Claro que para uma depressão prolongada ou de nível superior, é necessário outras abordagens, o devido acompanhamento e tratamento profissional! No entanto, para estados depressivos momentâneos e/ou ligeiros, estes são bons antidepressivos :
Pronto, aqui ficam as dicas. E não incluí aqui, mas é claro que as "minhas" agulhinhas estão na lista de antidepressivos naturais! A Acupuntura é TOP para equilibrar emoções e sistema nervoso!... Mas... não acreditem em mim, experimentem!! Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© "Meu querido stress,
Foi bom enquanto durou. Mas chegou a hora. Agradeço-te por tudo o que me ensinaste. Demorei, mas contigo aprendi a dar valor ao que realmente importa. Contigo aprendi a escutar o meu corpo, ainda que para tal, talvez fosse escusado gritares tanto. Mas eu percebo. Eu andava surda! Agradeço por todas as noites mal dormidas, por todas as enxaquecas, por todas as vezes que reagi e explodi. Agradeço pela falta de concentração e por tantas quebras de memória. Agradeço todas as dores físicas que me trouxeste e todas as idas ao médico. Agradeço por cada comprimido que tomei na tentativa, de em vão, te silenciar. Agradeço por todas as sandes que comi em 5 minutos, da suposta hora de um almoço que deveria ter... e até hoje não sei bem porque não tive. E agradeço-te também por todo o jejum que fiz, não por escolha consciente, mas por culpa da falta de memória. Obrigada meu querido! Mas já chega. Vamos ter de terminar. E não, não é por ti, não és tu! É por mim. Sou eu! Eu é que já não quero mais, já não te amo mais, já não preciso mais de ti. Eu é que me permito de agora em diante, desligar-me de ti. Permito-me, por momentos, nem sequer pensar em ti. E como sei que estas separações são difíceis e que nós, seres humanos, somos bichos de hábitos, sei que iremos voltar a cruzar-nos. E se bem que te conheço, irás perseguir-me por algum tempo. Irás tentar novamente. E quando tal acontecer, talvez eu permita, por apenas alguns momentos que te aproximes novamente. Mas apenas e somente por momentos. Até porque em pequenas doses podes até ser estimulante e não tóxico. Mas não te vou permitir ficares. Não te vou permitir controlares-me. Não vou permitir que sejas o substituto do meu real alimento. Foi bom enquanto durou. Aprendi tanto. Mas tudo tem um fim. Agora reclamo a minha saúde, o meu equilíbrio, a minha lucidez...e a minha paz interior. Preciso dela. Muito mais do que de ti. E para que não me odeies, prefiro que saibas por mim e não pelos outros. Portanto, queria ainda dizer-te... Que vou voltar para o meu ex...! Sim. Vou. Lembras-te dele? Esse mesmo, o Tempo. Aquele que vive junto da saúde, na esquina da alegria paralela à rua do amor. Sim, é verdade. Esse mesmo! Nem sei como me aceita de volta pois nunca compreendeu como o troquei, por ti. Mas aceita-me e eu vou voltar. E sim, também é verdade. Ele não tem um grande cargo, nem uma casa na praia. Não veste roupas caras, tem o mesmo carro há tantos anos...e tu acreditas que nem sequer um Iphone ele tem??...Parece mentira não é? Mas é verdade... Sabes...ele é tão alegre e tão leve. E tem saúde. E alegria. E imagina só que até cozinha bem. E acima de tudo, faz-me sorrir. Perdoa-me. Mas tenho de ir. Espero que um dia, me compreendas." Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Acabei de fazer a minha lista de bênçãos e gratidão de 2021.
E tenho tanto, mas tanto para agradecer. Conheci pessoas incríveis, maravilhosas, inspiradoras. Criei novos laços e reuni com novas famílias. Entraram na minha vida, novas pessoas que sei que nela continuarão, com uma relação de tamanha profundidade e conexão. Alimentei e mantive as antigas e verdadeiras amizades, independentemente de toda e qualquer diferença. Trago tantas pessoas maravilhosas no meu coração – vocês sabem quem são. Abracei novos projectos. E abracei ainda, muito mais, pessoas. Viajei cá dentro e tive umas férias absolutamente fantásticas, de alegria, de conexão, de cura, de amor e gratidão. Com a grande mãe, Natureza. Conheci novos lugares, tão especiais e simultaneamente tão familiares. Dormi num tubo, em casas de pedra e em casas de madeira. Perdi-me em florestas, deslumbrei gigantescas praias selvagens, mergulhei em tantos rios, andei de baloiço, chorei de gratidão em serras, montanhas e vales… e perdi a conta a tantos pôr-do-sol que contemplei. Respeitei-me. Mantive a minha integridade e coerência. Ousei dizer as minhas verdades. Assumi as respectivas consequências e responsabilidades. Disse "não’s" que há muito adiava dizer e disse "sim’s" que há muito evitava dizer. Mantive-me lúcida e centrada, na maior parte do tempo. Abri-me ainda mais à vida, às oportunidades, às pessoas, ao amor, a Deus. Li muitos livros. Dancei muito, cantei e celebrei tantas vezes. Tantas novas músicas que descobri! Aprofundei, ainda mais, o meu próprio mergulho interior. Conheci, aceitei e abracei, ainda mais, as minhas sombras. Conheci novos mestres, sem túnicas vestidas e sem serem gurus, mas que tanto me ensinaram. Aprendi novas e tão importantes lições nesta escola da vida. Apaziguei o meu coração relativamente às minhas dores e traumas do passado. Enfrentei as minhas feridas e olhei de frente para as minhas crenças. Cuidei de mim, pedi ajuda quando precisei. Repensei a forma como comunico. Analisei as minhas responsabilidades. Geri melhor as minhas prioridades. Dei entrevistas e gravei podcasts. Dei workshops e palestras. Criei um novo curso. Escrevi tantos artigos e reflexões. Ajudei tantas, tantas pessoas em clínica. Estudei novos temas. Remodelei uma parte do meu lar. Explorei as minhas capacidades e com elas dei asas à criatividade. E criei tantas coisas. Renovei e forrei puffs e cadeiras, montei móveis e estantes, pintei carrinhos, fiz painéis de cortinas, aprendi macramé, fiz quadros de exposição para bijuteria. Escrevi orações e recebi outras. Remodelei o meu altar. Doei imensas coisas, incluindo roupas e dinheiro, a várias causas, várias vezes, a várias pessoas, várias situações. Repensei todo o meu olhar em relação ao dinheiro e ao doar. Brinquei e activei ainda mais o meu lado louco, tonto, parvo e cómico. Dei valentes gargalhadas pelo caminho. Permiti que o sarcasmo e o humor falassem, permiti-me ter graça, mesmo no meio de tanta desgraça. Abracei a montanha-russa das emoções e com ela fui saboreando as descidas, subidas e loopings da vida. Consegui felizmente, por vários momentos, observar os pensamentos sem neles me perder, separar-me das emoções sem por elas me deixar levar, identificar as necessidades subjacentes e seguir conectada com o caminho da alma. Amei. Confiei. Perdoei. Tudo isto num ano tão desafiante, atípico e cruel, como este. E sim, também chorei muito, revoltei-me inúmeras vezes, senti raiva, frustração, injustiça, tristeza, desilusão, impotência... Mas isso agora não interessa nada, pois esta lista é de bênçãos e gratidão. E sou grata. Muito. Independentemente de tudo o que vivemos, podemos escolher como nos queremos sentir, como queremos viver e o que daqui queremos levar no coração. Porque deixar de viver, estando viva, não é para mim opção. Haja o que houver. Ana Sofia Rodrigues® (Fotografia num dos tantos maravilhosos momentos de gratidão e bênçãos que tive, durante as minhas férias este ano, cá dentro) - "Espelho meu, Espelho meu! O que não consigo eu ainda ver sobre mim... neste reflexo meu?"
Espelho - "Bom... Algumas coisas..." - "Mas... Espelho! Vejo o meu reflexo todos os dias. Faço reflexões sobre o que vejo e sinto. Analiso-me a mim e aos outros, constantemente..." Espelho - "Sabes... Apesar de eu ser um espelho, eu não revelo tudo. Há muitos outros espelhos por aí. E porque analisas os outros? Não estás a falar de reflexo? Do que é teu?" - "Como assim?" Espelho - "Se é um reflexo, é teu. Então porquê analisar o outro? Repara... Todos temos um campo (aspectos do nosso Ser) desconhecido para nós, mas que inconscientemente revelamos aos outros. Além disso, mesmo que assim não fosse, tens sempre a oportunidade de avaliar o que o outro mostra sobre ti." - "O que outro mostra sobre mim!?? O outro mostra-se, como ele é. Não me mostra a mim. Não percebo." Espelho - "Mostra sim, sobre ti - mas apenas se o quiseres ver." - "Eu quero ver sim. Mas não sei como se faz isso..." Espelho - "Tens a certeza que queres ver? Pois não estamos a falar das coisas bonitas, dos teus dons, qualidades, propósito... Estamos a falar da tua sombra, dos teus medos, dos teus bloqueios, das tuas feridas..." - "Bom... Então... Se calhar..." Espelho - "Pois... A maioria das pessoas foge disso. É duro. Não é bonito. Preferem se aprontar todas, mostrarem-se sempre bonitas e certinhas... e assim verem sempre o seu reflexo luminoso... Apenas se esquecem de que nem tudo o que brilha é verdadeiramente luz. E que a escuridão existe, por mais que a tentemos esconder. No entanto, recordo-te que só há sombra porque há luz. E enquanto não trouxerem à consciência a sua sombra, não poderão emanar mais luz. Ou seja, se não reconheceres os teus medos, crenças, bloqueios, feridas, não poderás superá-los, transmutá-los, iluminá-los... " - "Ok.. Então... Quero... Se isso significa ultrapassar esses medos e bloqueios, quero ver sim!" Espelho - "Ok. Então não te preocupes. Tudo o que precisas saber sobre ti nesse campo, e que ainda não sabes, te será mostrado e revelado por outro alguém. Só precisas de, em vez de criticares, acusares, culpares o outro pela situação, emoções, problemas que causou, te perguntares: "O que esta pessoa me mostra e revela, sobre mim mesma, que eu ainda não consegui ver?"... Se fizeres um bom trabalho de casa, descobrirás a resposta. Depois, só precisas ganhar coragem para admitir o que acabaste de descobrir, superar, transmutar e iluminar essa sombra para que mais luz em ti brilhe e a possas partilhar com o mundo." Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© Nem sempre sorrimos. Às vezes, o que (ou quem) nos faz sorrir, um dia pode nos fazer chorar. E até o que (ou quem) tanto nos fez chorar, possa um dia nos fazer sorrir. Assim é a vida. Assim é o Ser Humano. E tudo isto faz parte. Querer evitar a tristeza e as lágrimas, pode significar evitar também a alegria, a felicidade, a contemplação, o amor. Querer ignorar as várias etapas da vida, é deixar a vida passar por nós... A maioria das pessoas quer chegar ao cume da montanha sem passar pelo processo da longa e desafiante escalada até lá. Como já dizia o outro: "a felicidade não está na meta, está no caminho." Então, porque queremos a todo o custo evitar o que é difícil, o esforço, o que dói...? Já viram algum atleta chegar à meta e ser campeão (seja lá do que for), sem qualquer suor, esforço, lágrimas e/ou dedicação? Queremos evitar a todo o custo sentir dor. Mas não há crescimento sem dor. Muitos vivem em modo "anestesiado". Outros querem estar sempre e somente a vibrar em alegria, amor e gratidão. Estar tudo sempre bem, tudo na boa! Seria perfeito. Embora todos saibamos a condição humana para atingir a perfeição... E isso quer dizer que então temos de estar sempre a sofrer? Claro que não. Até porque a dor é inevitável, mas o sofrimento é uma escolha. Acontece que... O tamanho esforço que fazemos tantas vezes para evitar a dor, é precisamente o que traz o sofrimento... E o que frequentemente adoece o nosso corpo... Sejamos felizes, sim! E também corajosos! Em momentos de mudança de consciência (tão necessária!!), que convidam ao mergulho interior, à introspecção, à morte e ao renascimento, é importante recordar que tudo faz parte: Luz & Sombra. E como nos ensinou Carl Jung: "Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando ao limite do absurdo, para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz mas sim por tornar consciente a escuridão." Ana Sofia Rodrigues® Todos os direitos reservados© |
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Dezembro 2024
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