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"...Nem tanto ao mar, nem tanto à terra..." Inicio este artigo com esta frase tão conhecida por todos nós e que me leva a um dos meus principais lemas e orientação na vida: é tudo uma questão de equilíbrio. E sim, bem sei… equilíbrio?! Nesta fase, falar de equilíbrio, de gratidão e outras tantas “coisinhas” semelhantes, pode ser o suficiente para desencadear um ataque de fúria em alguém. E porquê? Porque não estamos todos a viver e a sentir este desafio, da mesma forma, com a mesma proporção, com a mesma interpretação, com a mesma vivência, com a mesma emoção. Pensemos por instantes em todos aqueles que estão na linha da frente, provavelmente longe das suas próprias famílias, esgotados e exaustos, dando tudo o que podem para sobreviver…e fazer sobreviver… Pensemos por instantes, em todos os que estão a partir deste mundo e todos os que estão a ver alguém partir… Como falar de gratidão e equilíbrio com estas pessoas, neste momento? Não falamos. Estas pessoas estão em dor. Estas pessoas estão em modo de sobrevivência pura, no meio de um cenário devastador que ninguém poderia prever, imaginar, ou se preparar. Para estas pessoas, envio muito amor e luz. E permito-me por instantes sentir e chorar estas perdas, esta dor. Pensemos agora em todos os que têm família. Na logística de entrar e sair de um lar, com mulher ou marido, filhos pequenos. O medo constante de contaminar alguém no próprio seio familiar. A incerteza de um futuro profissional. Chegar com as compras e ter de correr para o banho, desinfectar todos os produtos... Tudo o que seria um acto tão comum e banal na nossa vida diária, até há umas semanas atrás, neste momento é um ponto gatilho para desencadear medo, ansiedade, stress, pânico e tanto mais. A todos os que não se encontram nas posições anteriores, e estão no seu lar, protegidos, com comida e bens essenciais, este artigo é principalmente para vocês. Porque vocês podem escolher. Porque vocês podem fazer a diferença. Ficando em casa, sim. Recolhendo, sim. Encontrando formas de estar em silêncio, sim. Procurando o vosso equilíbrio e sanidade mental, sim. Porquê? Porque o mundo também precisa de vocês. Precisamos, todos, desesperadamente de boas energias, boas vibrações, boas emoções. Precisamos de solidariedade, generosidade, compaixão, amor, união, cooperação! Precisamos de confiar, ter fé e ter, esperança! E quem está a trabalhar, a perder alguém próximo nas suas vidas, naturalmente e legitimamente, não o consegue – nem deve – fazer. Então, escolhe. Faz isso por ti e por todos aqueles que não o podem fazer. Compreende porém, que muitos já estão em dor. Que muitos não vão sentir da mesma forma. Nenhuma mensagem enviada, será por todos igualmente interpretada. Todas as calamidades e tragédias humanas, trazem ao de cima, o melhor e o pior do Ser Humano. Repito: o melhor e o pior do Ser Humano. Todos nós, minimamente informados, podemos ver notícias e vamos perceber que existe inúmeros tipos de informação: sobre a tragédia real que nos assombra, sobre as perdas e os esforços… sobre as falhas do sistema… sobre aqueles que tentam se aproveitar desta situação, sobre as várias teorias da conspiração de possíveis causas para o actual acontecimento, de novas guerras, ataques e politiquices que nascem deste vírus… No entanto, também podemos ver notícias de solidariedade e de esperança, de união e cooperação, de novas invenções e contribuições, de respeito, de esforço, de amor. E felizmente ou infelizmente, mantém-se o mesmo que já devia ser por todos nós compreendido: não podemos mudar o mundo, mas podemos fazer a diferença, no nosso próprio mundo, de dentro para fora. Compreender que o que emanamos dentro, vibramos para fora. Que o que pensamos e o que dizemos, acarreta impacto nos que nos rodeiam. E que tudo o que sentimos dentro, passa para fora. Então escolhe. Tu que podes neste momento escolher, escolhe. Fica alerta e informado, sim. Cumpre a tua parte seguindo as orientações, sim. É totalmente legítimo e natural que tenhas momentos de preocupação, de medo, de ansiedade… Mas por favor, não te deixes contaminar… De raiva, ódio, dor, sofrimento, angústia, medo… porque de tudo isto, está o mundo cheio. E chegará o dia em que muitos de nós, eventualmente, iremos sentir todas estas emoções e não vamos poder escolher. Porque nesse momento, elas são para sentir – como tantos há pelo mundo fora neste momento, que não podem escolher. Por todos eles, por ti, por favor, escolhe. Escolhe de que forma te expressas. Escolhe o que queres emanar. Escolhe o que queres sentir. Agradece! Sim, agradece, agradece por tudo o que te lembrares que possas agradecer, tudo o que tens, vives ou viveste, tudo o que és... E se tudo isto for demasiado difícil para fazeres sozinho, recorre a quem te puder ajudar, para te equilibrares. Escolhe, que impacto queres ter. Para todos os que não podem – ou não conseguem – escolher, eu envio amor, fé e esperança. Calma, compaixão e tolerância. Porque afinal, apesar de tantos de nós sentirmos de formas diferentes, estarmos a viver o mesmo desafio, numa dimensão e proporção tão diferente, não deixamos de estar, de facto, todos juntos nisto. Falar só de amor e gratidão neste actual momento, parece insanidade. Da mesma forma que falar só de medo, dor e sofrimento, atribuição de culpas e poder, tem – para mim e provavelmente para muitos outros – o mesmo grau de insanidade. Tudo depende do que vives no momento. Em cada momento. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Por um mundo melhor. Estamos juntos. ©Ana Sofia Rodrigues | Todos os direitos reservados
1 Comment
Ana cerqueira
30/3/2020 04:11:40 pm
Grata por receber aquilo que sozinha nao consigo alcançar : tranquilidade e sabedoria.
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Novembro 2024
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