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É aqui que reside o equilíbrio, a saúde, o bem-estar, a felicidade. Encontra o teu caminho do meio. Quando dás demais aos outros, quando só pensas nos outros, quando não estabeleces limites, quando só queres agradar, quando não sabes dizer que não, quando permites que te desrespeitem, deixas de cumprir o dever de te cuidares, respeitares, nutrires, em prol do outro, não te respeitas, a ti. E adoptas assim um comportamento passivo, sem manifestares a tua vontade, sem respeitares o teu sentir, as tuas necessidades.
Por outro lado, quando só pensas em ti, só fazes o que queres, quando queres e como queres, só dizes o que pensas sem ouvires a opinião do outro, sem te importares minimamente se tal acção ou comportamento, irá prejudicar alguém, desrespeitas então o outro, o próximo. E adoptas assim um comportamento agressivo, apenas e somente manifestando a tua vontade e interesses, satisfazendo as tuas necessidades, sem respeitares o outro, sem o ouvires, sem sequer o equacionares. Este cenário é muito comum na nossa sociedade actual e é a origem de imensos conflitos relacionais e de graves problemas de comunicação. No tipo de comportamento passivo, a pessoa tende a não responder, a concordar com tudo – muitas vezes apenas para não “arranjar mais problemas” – a não dizer o que não gosta, a não expressar as suas emoções e necessidades, anulando-se, a si próprio, ao que pensa, ao que sente e consequentemente, ao que é. No comportamento agressivo, a pessoa tende a criticar o outro constantemente, sem o ouvir, impondo a sua vontade e opinião, “comandando” a relação e a comunicação, anulando assim o outro, o seu sentir, as suas emoções e necessidades. É também muito comum no acompanhamento terapêutico e clínico, encontrar pessoas que desenvolvem sintomas e doenças por estes desequilíbrios. A título de exemplo, problemas de garganta quando não expressam a sua necessidade, vontade ou sentir. Desordens gástricas e intestinais por inúmeros acontecimentos que se permitiram viver e nunca digeriram. Problemas articulares e ósseos pela rigidez de temperamento e de comportamento. E por aí fora. De referir que a grande maioria das pessoas, não tem consciência de tudo isto. Todos temos diferentes personalidades, diferentes características e comportamentos, várias emoções e sentires, diferentes histórias na nossa bagagem da vida. No entanto, nem tudo o que somos mostramos ao mundo exterior e nem tudo o que somos temos consciência. Uma parte do que somos e conhecemos em nós, mostramos aos outros e ao exterior. Outra parte que somos e conhecemos em nós, escondemos dos outros e do exterior. E temos ainda outra parte “interessante”: uma parte que desconhecemos que somos, algo que fazemos e não temos consciência disso, no entanto, é perceptível para os outros e para o exterior. Daí a importância de um acompanhamento terapêutico para que possa ser identificado qual o seu “padrão”, para que o mesmo possa passar a ser consciente e como tal, comece a ser “trabalhado”, beneficiando a própria pessoa e consequentemente, os outros, o mundo. É portanto, necessário encontrar este caminho do meio. Aprender a respeitar-se a si mesmo, enquanto não esquece nem prejudica os outros. E aprender a respeitar o outro, enquanto não esquece nem se prejudica a si mesmo. Uma ressalva para o momento actual… Há excepções. Neste momento que vivemos este inesperado desafio da pandemia covid-19, muitas são as pessoas que estão, de facto, a deixar de pensar em si mesmos e a pensar só nos outros - e estes, excepcionalmente, não se enquadram aqui no cenário que falo neste artigo. Refiro-me agora a todas as pessoas que continuam a trabalhar, sobretudo da classe médica, segurança, transportadoras e tantos outros, que neste momento dão tudo o que têm e não têm para nos servir, cuidar, prestar estes serviços e apoio, numa altura tão imprevisível quanto a deste momento. A todos eles, agradeço pelo incansável esforço e dedicação que, em tantos casos, é quase desumano… que de uma forma absolutamente extraordinária, cuidam de nós e são assim "obrigados" a esquecer-se de si próprios muitas vezes, em prol de um bem maior. Bem-hajam! © Ana Sofia Rodrigues | Todos os direitos reservados
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Julho 2024
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