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A Saúde é muito mais do que somente um estado de ausência da doença. A própria OMS (Organização Mundial de Saúde) define a saúde como: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.
Para tal é necessário ter consciência do nosso estado geral. “Como está o meu corpo? Tenho energia? Durmo bem? Tenho dores? Gosto do que faço diariamente? Quais são as minhas emoções predominantes?” São algumas das perguntas que podemos fazer para compreender melhor se, embora mesmo sem nenhuma doença física diagnosticada, o nosso estado de saúde geral se encontra bem e equilibrado. Vamos assim pensar em saúde e bem-estar geral, contemplando o aspecto físico, mental e emocional. Actualmente, muitos são os que vivem “em piloto automático” face à correria do dia-a-dia, às responsabilidades e deveres, que nos impedem de parar, respirar, reflectir, sentir. É fundamental a tomada de consciência de que, sem esse tempo para nós mesmos, não vamos estar atentos às nossas próprias necessidades e sintomas. A minha abordagem terapêutica contempla uma visão holística, compreendendo, porém, que este conceito do Holismo, engloba dois aspectos: - Por um lado, o todo que o próprio Ser Humano é, Corpo-Mente-Espírito; - Por outro, a integração do Ser Humano no Todo a que pertence. Neste último aspecto, inclui-se a geografia, a cultura, as questões sociais, a natureza, o clima e tudo o que pode influenciar o nosso bem-estar, de forma benéfica ou prejudicial. Note-se que não é por acaso que determinadas doenças são mais comuns em determinados países do que noutros – a influência externa do clima, geografia, hábitos alimentares, a própria cultura do país, tem impacto no nosso organismo. O primeiro aspecto mencionado é o mais comum de ser abordado nos dias de hoje: Corpo-Mente-Espírito. Além da visão milenar da Medicina Chinesa sobre este tema, as várias vertentes de terapias naturais e desenvolvimento pessoal actuais, tendem, na sua maioria, a ter em consideração este aspecto - Não somos só um corpo físico. O que pensamos influencia. O que comemos influencia. O nosso ambiente familiar ou profissional, influencia. E sem sombra de dúvidas, que as nossas emoções, influenciam a nossa saúde. Está mais do que comprovado que boa parte das doenças têm origem no sistema nervoso e na incapacidade de boa gestão emocional. Os dias de hoje são demasiado desafiantes para a maioria de nós e a inteligência e gestão emocional é essencial para que a doença ou os sintomas não se instalem no nosso corpo. Muitos são os que não têm consciência deste facto, mas o que é certo, é que boa parte das manifestações físicas são a "somatização" de eventos emocionais “traumáticos”, não “digeridos”. Assim, alcançar um estado de saúde e bem-estar geral, requer atenção ao corpo, à mente, ao coração (ou alma / espírito) e a todo o meio envolvente onde nos inserimos. Muitas vezes basta mudar alguns comportamentos e “rituais” do nosso estilo de vida diário, para melhorarmos a nossa condição de saúde geral. Outras vezes, são necessárias alterações e melhorias na alimentação, no equilíbrio entre o trabalho, o descanso e o laser, entre outros. Cuidar do corpo é muito mais do que fazer exercício ou comer bem. É respeitá-lo, ouvi-lo, compreender as suas necessidades. É cuidar e nutrir. É fazer a manutenção e prevenir. É amá-lo. É recordar que podemos mudar de casa, de roupa, de carro, de tudo e de qualquer coisa… menos de corpo….esse, é e será, sempre o mesmo, até morrermos. Da mesma forma é necessário cuidar da mente. Saber ouvir e compreender o que se ouve, internamente. A mente, muitas vezes, mente. A mente pode ser um instrumento maravilhoso e poderoso para nosso benefício e para a nossa saúde, como um perigo para nosso prejuízo, trazendo a doença. Acalmar a mente, nos dias que correm, é fundamental. Das melhores formas para fazê-lo, é “mexer o corpo” – para sair da mente, vai para o corpo! Existem muitas formas saudáveis, terapêuticas e maravilhosas de o fazer. Estimular a mente com outras actividades que não as responsabilidades diárias regulares, é essencial. Trabalhar o foco, a concentração, o pensamento positivo, é essencial. Observar e reformular a nossa comunicação interna, é essencial. Tudo isto leva tempo e treino, e tudo isto é possível de alcançar por qualquer pessoa que assim o deseje e pratique. E o coração? A alma? Ou o Espírito? É tão importante ouvir, respeitar, nutrir e cuidar, como o corpo e a mente. Compreende que nada se separa e somos este Todo. O que te faz sorrir? Estás a dar ao mundo o que de melhor tens dentro de ti? Contribuis para algo maior? Ajudas o próximo? Estás a viver o teu propósito? Caminhas por onde te guia o teu coração? Observa: Poderás até te alimentar e descansar bem, mas se a tua cabeça nunca desliga, se tens pensamento negativos a toda a hora, se odeias o que fazes diariamente e/ou não consegues ser gentil para quem te rodeia…? Estarás a cuidar de ti, a respeitar-te, feliz e com saúde? Por outro lado, até és uma pessoa gentil, bondosa, adoras o teu trabalho e sentes-te realizado…meditas sempre que podes…lês e estimulas correctamente a tua mente… mas não fazes exercício, não te alimentas bem e consomes todos os alimentos nocivos para o teu corpo... Estarás a cuidar de ti, a respeitar-te, feliz e com saúde? E mesmo que te alimentes bem, descanses, medites, estimules correctamente a tua mente e nutras correctamente o teu corpo, mas permaneces infeliz diariamente, numa relação tóxica ou num emprego que não toleras… Estarás a cuidar de ti, a respeitar-te, feliz e com saúde? Dificilmente estaremos a 100% felizes e com saúde 24h por dia, é certo. Os desafios e estímulos externos da vida irão sempre surgir e desalinhar-nos momentaneamente, algures, no tempo e no espaço. Nada disso desaparece completamente. No entanto, podemos fazer as melhores escolhas conscientes para nós próprios, considerando este Todo que somos. Nem sempre é fácil, mas também não é impossível... É tudo uma questão de equilíbrio… Proponho por último neste artigo, a mudança de perspectiva face à nossa saúde: focar na prevenção e não no tratamento. Foco na saúde e não na doença. “Aquele que não tem tempo para tratar da sua saúde, terá de encontrar tempo para tratar da sua doença.” ©Ana Sofia Rodrigues
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Sabias que a Inteligência Emocional pode ser aprendida e desenvolvida por qualquer pessoa? E sabias que a auto-consciência e o auto-conhecimento, são bases fundamentais para essa aprendizagem e desenvolvimento emocional?
Recordo uma frase já aqui escrita e dita antes: Conhece-te a ti mesmo e saberás como viver bem e feliz…! Sabes identificar e reconhecer as tuas emoções predominantes? Sabes como geri-las e digeri-las? Consegues lhes dar um nome e expressá-las em palavras? Consegues expressar no teu corpo físico? Conhece-te a ti mesmo, o que sentes, como sentes, quando o sentes… aprende a reconhecer, a gerir e a digerir as emoções… aprende a discernir as emoções dos sentimentos… a dor, do sofrimento… Este auto-conhecimento e auto-regulação emocional é fundamental para o teu bem-estar físico, mental ou emocional. A tua vida equilibrada “depende” disto, as tuas relações saudáveis e conscientes, “dependem” disto. E isto não quer dizer que nunca mais sentirás aquelas emoções que consideras menos boas como a tristeza, raiva, ou o que for...! De todo! Costumo dizer em tom de brincadeira, no início do meu Workshop Emoções “Se aqui estão a pensar que após este dia não voltam a sentir tristeza, esqueçam! Ando há anos a tentar!!” 😊 Continuarás a sentir tudo, até porque as emoções são processos naturais ao Ser Humano, e supostamente, todas, mas mesmo todas, têm uma função específica e positiva inerente. Por exemplo, como ultrapassas uma perda de um ente querido, se não te permitires sentir tristeza? Fazer o luto é essencial para ultrapassar esse trauma emocional. Todas as emoções são necessárias. E fazem parte. Com o desenvolvimento pessoal e treino da inteligência emocional, não deixas de sentir, mas passas sim a identificar o que sentes, a "digerir" o que sentes, a expressar o que sentes e a ultrapassar as sensações menos boas, a libertar o que houver a libertar. Passas a ser menos reactivo. Passas a gerir melhor, tudo o que te vai aí dentro. E até porque se quisesses deixar de sentir aquela parte que consideras menos boa, dolorosa até, estarias também a condicionar o sentir de todas as outras boas. Se te fechas para uma emoção, fechas para outras. Elas estão todas na "mesma caixinha" . O que muda, não são os acontecimentos externos e os desafios que podem surgir - esses continuam, pois a vida encarrega-se em nos presentear de tempos a tempos, ou não fossem os desafios que nos fizessem crescer. Os desafios e as surpresas não mudam, és tu que mudas. O que muda é a forma como reages a eles. Como lidas com eles. Conhece-te a ti mesmo. E saberás identificar melhor aquilo que sentes e como digerir e libertar o que fica tóxico. Muitas pessoas expressam determinado sentir, quando na base, muitas vezes até inconsciente, está uma outra emoção. A raiva muitas vezes esconde tristeza, por exemplo. Também as tuas necessidades são motor de comportamento e condicionam o teu estado emocional. Todos temos necessidades. Todos. Maslow falou deste tema há muito tempo atrás, e hoje é um tema muito comum nas actuais e várias vertentes da linha do desenvolvimento pessoal. Saber o que eu necessito, pode esclarecer totalmente aquilo que sinto e como tal, da forma como me comporto e ajo. Esta consciência fará toda a diferença, se pretendes evoluir, melhorar as tuas relações interpessoais, alcançar paz e simultaneamente, sucesso. Muitas vezes temos reacções que expressam um determinado estado emocional, quando na base, estão outras necessidades, que ignoramos. Quantas pessoas conheces que muitas vezes são rudes, agressivas, arrogantes….e no fundo no fundo, são carentes, necessitam apenas de atenção, de reconhecimento? Quantas outras conheces, que se apresentam com altivez e postura firme, e no fundo no fundo, são tão ou mais inseguras que tu mesmo? Quantas vês e ouves rir e brincar constantemente, quando escondem tamanha tristeza e angústia no seu ser? Talvez tu próprio possas ter, aqui e agora, enquanto lês este artigo, essa mesma reflexão e consciência. Será que te revês? Conhece-te. O que sentes? Como sentes? Quando o sentes? Porque o sentes? E como expressas e libertas essa emoção? Ignorar as emoções é acumular algo que um dia “explode”. As emoções contidas são a causa de inúmeras doenças. Sabias que a palavra Emoção deriva do latim “emovere” que significa “mover” ou “pôr em movimento”? Isto quer dizer que uma emoção gera uma acção, automática, no teu corpo. Imagina que vês um leão ao longe a andar na tua direcção: o que fazes? Como te sentes? Talvez a pulsação acelere, sintas suores, pões-te a correr! Uma emoção gera carga, tensão e acção. Imagina agora o que será que fazes ao teu corpo, quando impedes algo natural de se manifestar e acumulas, aprisionas… Vejo em clínica, diariamente, casos de sintomas e doenças físicas, que na sua base e origem, são de causa emocional. Inúmeros casos de doenças que surgem ou se manifestam, após determinado evento traumático de carácter emocional. Estamos sujeitos a vários estímulos que podem provocar trauma emocional, que diferem, de pessoa para pessoa. Sejam as surpresas menos boas da vida, como a perda de alguém, um divórcio, um acidente, um despedimento inesperado; sejam acontecimentos que, aparentemente são supérfluos, e causam, no entanto, marcas profundas no nosso corpo emocional. E já aqui falei da relação das Emoções com os vários órgãos do nosso corpo, como tão bem explica a Medicina Tradicional Chinesa. Emoções não reconhecidas, não digeridas, exacerbadas, podem gerar doença. Ouve o teu corpo. Reconhece e respeita o que sentes. Saber reconhecer o que sentimos, saber expressar sobre o que sentimos, saber gerir as nossas emoções… tudo isto é fundamental para a nossa vida diária, sobretudo em sociedade. As várias relações humanas, dependem de uma boa gestão emocional. E o auto-conhecimento está na base para se alcançar essa boa gestão emocional. ©Ana Sofia Rodrigues Não leves a vida demasiado a sério...
Os dias que vivemos são intensamente desafiantes, aos mais variados níveis... São muito poucas as pessoas que, neste preciso momento, podem dizer que estão totalmente bem, sem dificuldades pessoais, relacionais, de saúde, profissionais ou monetários… Os tempos que vivemos são mesmo desafiantes, algo necessário para alcançar um Bem Maior, acredito. Vivermos desafios e dificuldades, não invalida deixar de valorizar todo o bem que somos e temos. Algo que pode ser muito difícil em certos momentos. Costumo dizer que “é tudo uma questão de equilíbrio” Não sou muito a favor de radicalismos nem mesmo demasiadas regras. A vida actual em sociedade já é tão rígida, que radicalismos ou demasiadas regras podem agravar o nosso estado interno com tanta rigidez. Às vezes, é preciso ter “jogo de cintura”. Remar contra a maré pode ser esgotante e frustrante. Como já alguém diria “se a vida te der limões, faz limonada!”. Acontece que muitos de nós teimamos em querer o sumo natural de laranja quando a vida só nos vai dando limões! Não quer dizer que nunca mais vamos saborear o nosso maravilhoso sumo de laranja… mas até lá, porque não aproveitar os limões? Tantas e tantas vezes ficamos presos no acontecimento que nos magoou, frustrou, ou de certa forma, falhou…ficamos presos a reclamar tal acontecimento, permitindo que este fique igualmente preso no nosso corpo físico e emocional. É aqui que reside o tal “jogo de cintura”... Quantas vezes ficaste parado(a) a reclamar da porta que se fechou, sem veres as tantas janelas que se abriam à tua frente? Quantas vezes ficas no sofá, sem nada te apetecer fazer, e ao invés de saboreares essa “deliciosa preguicite aguda”, passas esse tempo criticando-te e agredindo-te, a ti mesmo(a) por estares, apenas, no sofá? Quantas vezes algum engano na tua vida te levou a um outro inesperado rumo “certo”? Tantas e tantas outras semelhantes perguntas poderiam ser feitas… Foca-te no teu centro, sem ignorares o que se passa fora... Medita e reflecte sobre o que podes, ou não, modificar... Assume a tua responsabilidade, sem que leves o mundo inteiro às costas... Diverte-te também...por favor!! Por vezes, esquece as regras...mas lembra-te que precisas de disciplina para alcançares os teus objectivos... Alimenta bem o teu corpo, com alimentos naturais, ricos e saudáveis...mas de vez em quando e sem culpas, lambuza-te num grande e delicioso gelado!! Ri, dança, corre... mas se for preciso, pára, sente e chora!! Liberta… E depois... Agradece tudo o que tens vivido, tudo o que és e tens... É tudo uma questão de equilíbrio… <3 ©Ana Sofia Rodrigues | Todos os direitos reservados No decorrer deste percurso que desenvolvo na área do auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal desde 2001, encontrei há mais de 10 anos, esta Medicina que tanto falo e exerço diariamente: a Medicina Tradicional Chinesa. Para mim, esta Medicina é, sem dúvida, muito mais do que uma Medicina, muito mais do que as suas técnicas clínicas e terapêuticas.
Esta Medicina, munida de filosofias e saberes milenares, ajuda-nos tão bem a compreender e escutar o nosso corpo: como o que sinto se pode relacionar com um órgão ou sistema do corpo; que alimentos estão a deixar-me doente; porque tenho tantos sintomas e manifestações de calor e secura no meu corpo (ou de frio e humidade!); porque me sinto mais triste no outono ou no inverno; como determinado sintoma ou doença pode querer dizer tanto sobre o meu estilo de vida ou mesmo, sobre o meu propósito de vida; a relação de um simples ponto no meu corpo, ser capaz de eliminar em minutos uma dor de cabeça… como tudo se relaciona… e como nada se separa… Foram precisos muitos anos deste caminho de auto-conhecimento, para me redescobrir, para me reencontrar. É muito fácil nos perdermos, ao longo da vida, de quem realmente somos, do que realmente gostamos, do que realmente precisamos. Sem dúvida que a Medicina Chinesa e o estudo exaustivo sobre a mesma, foram determinantes para este reencontro. E foram precisos ainda mais anos, de conhecimento, experiência, de terapia, prática, interiorização, integração e tantos desafios... para passar à fase de ajudar profissionalmente o outro. Numa Era em que vivemos este boom de Terapias, Espiritualidade e Desenvolvimento Pessoal, é crucial respeitar e entender que cada um tem o seu caminho, e é crucial cada um ter consciência do seu próprio caminho. A responsabilidade de tratar e ajudar o outro, não é nem menor nem maior do que a responsabilidade de nos tratarmos e ajudarmos-nos a nós mesmos. O ser Terapeuta não deve ser uma moda e é fundamental cada um ter consciência do caminho que tem percorrido e ainda mais, do impacto que pode ter na vida das pessoas que por si passam. Se por um lado é maravilhoso ver este despertar e crescimento nestas áreas, por outro é no mínimo caricato e assustador, quando de repente, todos passam a ser influencers e terapeutas, sem o background essencial. Ainda que a maioria realmente acredite que está a fazer o bem pelo outro e pelo mundo, é muito importante reflectir se apenas aderiu a uma moda, se realmente caminha, no caminho que sugere ao outro caminhar. Aliás, o melhor que podes fazer pelo outro, pelo mundo, é seres feliz e honesto contigo mesmo. Encontrares o teu próprio equilíbrio, saúde e bem-estar e não somente querer mudar a vida do outro - até porque não a mudas :) Realizares o teu propósito, fazeres brilhar as tuas capacidades e dons, teres sucesso em todas as áreas da tua vida, seres feliz e saudável, seja lá o que isto signifique para ti! E tudo isto, inclui na mesma os altos e baixos da vida, os desafios e as surpresas, pois nada disso desaparece - apenas o que muda, é a nossa forma de reagir, gerir, lidar e libertar. O melhor que podes fazer, é mostrares, é viveres na primeira pessoa, é dares o exemplo. Respeita-te. Sê honesto. Sê feliz. E acredita, que apenas e somente por te melhorares a ti mesmo, melhoras sempre algo e alguém ao teu redor...! Não adianta saber de cor, o que é o chocolate, se nunca o saboreaste. Não adianta leres todos os livros da grande sabedoria do mundo, se nunca nada do que leste, colocares em prática. Não adianta adquirires imenso conhecimento, se nada com ele fizeres. Não adianta dizeres frases maravilhosas, apelares à consciência e à mudança, se ainda vives inconsciente e mergulhado em negatividade interior. Não adianta meditares, se continuares a mal-tratar o outro e/ou a ti mesmo. Não adianta encheres as redes sociais de fotografias luminosas, radiantes e cheias de sorrisos e cor, se a tua vida está cinzenta... Não procures, no entanto, ser perfeito. Não negligencies uma parte de ti, porque poderá não ser bem vista ou aceite. Não esqueças quem és, em prol de agradar os outros mostrando algo que não és. Não sigas modas e ondas, apenas para te sentires integrado, se isso não corresponde à tua essência. Não desrespeites o outro por ser quem é, porque todos somos únicos, diferentes e especiais. Cada um tem a sua história, como tu tens a tua. E não tentes mudar a história de ninguém, se vives embrulhado no teu próprio enredo. Antes de julgares o outro, olha para dentro e pergunta: o que posso eu, fazer de melhor por mim mesmo, que beneficie igualmente todo o meu ambiente em redor? Se todos, todos nós, fizéssemos este trabalho de casa, este trabalho interior, o mundo seria bem melhor…! ©Ana Sofia Rodrigues | Todos os direitos reservados
Por estilo de vida incluo o ambiente em que se inserem, quer ao nível pessoal, social ou profissional, a sua alimentação (incluindo não só o que comem, mas como cozinham, quando e como se alimentam, etc), o equilíbrio entre trabalho e descanso, as actividades que desenvolvem por gosto, os níveis de stress a que estão diariamente sujeitos e claro, a sua gestão emocional. Até o clima influencia o Ser Humano e as nossas emoções. Muitas vezes, a mudança necessária para alcançar o bem-estar físico e emocional, está muito para além de um simples comprimido ou complemento. É preciso pensar no Todo: No corpo, na mente e no coração. O que está a deixar o teu corpo doente? O nosso corpo fala connosco. Constantemente. Costumo dizer: as pessoas procuram-me para lhes receitar um comprimido, mas eu devolvo-lhes um caminho. Um caminho que é delas, e eu apenas ajudo, oriento, guio… “Posso até vos dar a mão, mas o caminho, esse, é sempre vosso.” É neste caminho que oriento, de certa forma, a pessoa. Naturalmente utilizo também todas técnicas terapêuticas que disponho e que considero ser importante e necessário utilizar naquele caso em particular. No entanto, mesmo dispondo de vários métodos eficazes, como a Acupuntura e Fitoterapia, para “resolver” determinados sintomas, algumas vezes posso escolher não as utilizar, devolvendo o tal caminho para que a pessoa encontre o bem-estar por si própria e não por resultado de uma determinada intervenção terapêutica. É aqui que reside uma das enormes diferenças entre a abordagem e intervenção da Medicina Convencional e da Medicina Chinesa, sobretudo se orientada para a união desta última com o Auto-Conhecimento e Desenvolvimento Pessoal. A título de exemplo: Recordo uma senhora que recebi há largos anos e se queixava de insónia, ansiedade e náuseas acompanhadas de tonturas e dores de cabeça. Após o interrogatório clínico inicial para desvendar o seu estilo de vida e hábitos diários, pude constatar que, devido ao stress do trabalho, a pessoa frequentemente ficava largos períodos sem comer nem beber. Realizei o tratamento clínico apenas para a ansiedade e insónia e expliquei a importância da alimentação, dos horários e das pausas no seu dia-a-dia e como tal estava a afectar negativamente a sua saúde. Convidei-a a fazer uma experiência: durante uma semana e até à próxima consulta, cumprir todas as refeições e não passar mais de 3h a 4h sem comer, bebendo água ao longo do dia, entre as refeições. Na semana seguinte, a cliente regressou radiante e a agradecer-me muito pelo tratamento, pois não tinha tido mais náuseas ou tonturas, estava mais tranquila e dormia melhor. Sorri e expliquei que nada fiz para as náuseas, apenas para sono e sistema nervoso. Questionei se tinha cumprido a sua parte de fazer as refeições correctamente e beber água e a resposta foi positiva, naturalmente que sim, tinha cumprido a sua parte. E aqui, pergunto: deveria eu ter feito tratamento para as náuseas e tonturas? Prescrito algo para tal sintoma? Aliviar apenas um sintoma, sem ir à sua causa…? Poderia ter resolvido todos os sintomas com os meus métodos terapêuticos sim, mas na verdade não iria resolver a origem do problema. Não pretendo que as pessoas dependam de mim, mas sim que as pessoas melhorem as suas vidas, quando passam por mim. ©Ana Sofia Rodrigues Se me perguntarem qual a chave de sucesso e da felicidade? Eu respondo: o Auto-conhecimento, sem sombra de dúvida! Conhece-te a ti mesmo e saberás como viver bem e feliz!
O que sentes? Como sentes? Quando o sentes? E como expressas e libertas as tuas emoções? O que te faz feliz? Como perdes a noção do tempo? O que te move? O que te inspira? Que necessidades tens a satisfazer, na tua vida? Quais são os teus valores? Como nutres o teu corpo e a tua mente? Que alimentos são para ti benéficos e que alimentos te prejudicam? O quê e quem te rodeia? Tens o que gostas e queres ter? Ou tens o que não gostas nem queres ter? O que te limita e bloqueia? Conhece-te, no teu todo que és… Numa época em que tanto se fala de Auto-Conhecimento e Desenvolvimento Pessoal, gostaria de te chamar a atenção para estes termos: Auto-Conhecimento – ou seja, conhece-te a ti mesmo…! Desenvolvimento Pessoal – ou seja, algo que está em desenvolvimento e é de carácter pessoal…! É uma descoberta tua e só tua. E é um caminho. Não é algo que fazes já e descobres tudo de repente e ultrapassas tudo, já. Não basta ler um livro, não basta fazer aquele workshop de fim-de-semana… E até nem basta ganhares consciência porque a seguir a essa fase, há a integração e experiência… Repara nas palavras…em desenvolvimento… num caminho pessoal… Só tu poderás saber o que gostas ou não gostas, o que te faz sentir bem ou mal. Só tu poderás descobrir a tua essência…os teus valores… Só tu podes fazer aquele processo “mágico” que leva ao despertar…de olhar para dentro… para dentro, de ti. O que é bom para mim, pode não ser para ti e vice-versa! É um caminho pessoal, de cada um. Podemos ler todos os livros que quisermos, ouvirmos palestras, mestres e os ditos gurus… mas se seguirmos apenas o que o outro nos diz e não o que sentimos…estaremos no caminho certo? Escuta-te. O que faz o teu corpo se sentir bem? O que faz o teu coração pulsar e ser feliz? O que te move? Onde vais buscar inspiração? Descobre-te. Que alimentos te prejudicam e que alimentos te beneficiam? O tema da alimentação é algo tão complexo, quanto profundo e curioso. Mais uma vez, recorro à sabedoria milenar da Medicina Chinesa que nos leva a olhar o alimento de uma outra forma, não estudada na cultura ocidental. Um alimento, ainda que bem nutritivo e saudável, pode ser bom para uma pessoa e prejudicial para outra. Escuta, observa e sente o teu corpo. Quando tens mais energia? Tens problemas digestivos…? Pioram e melhoram, com quais alimentos? Tens problemas dermatológicos? Intestinais? Respiratórios? Observa o que comeste nos momentos em que agravam os sintomas. A alimentação pode não ser apenas a causa, mas pode certamente agravar ou melhorar a nossa condição física e emocional. Já alguém um dia disse: “Somos o que comemos!” Escuta o teu corpo. Ela fala contigo. A toda a hora! Tens dores frequentes? Em que área do teu corpo? Sabias que todo o nosso corpo está ligado a emoções? Que os próprios órgãos vitais têm conexão com uma determinada emoção? Após um evento traumático, por exemplo um que gere tristeza e dor, caso estas emoções fiquem reprimidas e não sejam bem identificadas, digeridas e libertadas, poderás desenvolver problemas respiratórios ou dermatológicos posteriormente. Como e porquê? Porque, como tão bem explica a Medicina Chinesa, a tristeza está associada à energia do Pulmão, o qual cumpre funções respiratórias como sabemos, mas também tem relação e manifestação ao nível dermatológico. Também os Intestinos podem ser afectados, pela estreita ligação energética que existe entre os Pulmões e o Intestino Grosso. E podemos também observar o simbolismo: qual a função dos Intestinos? Excretar o que já não nos serve… E quantos de nós temos tamanha dificuldade em libertar assuntos, memórias, pessoas, emoções…? O que não queres deixar ir…? Voltando à relação da Tristeza com Pulmão e consequentemente, com a pele, novamente recorro a exemplos da área clínica e terapêutica que acompanho, referindo a psoríase. Esta doença que se manifesta ao nível da pele, surge, numa boa parte dos casos, e na minha experiência profissional clínica, após um evento de trauma emocional. De referir que na maioria dos casos, o aparecimento de sintomas e doenças não é imediato. É natural que o corpo registe e aprisione vários traumas, emoções, memórias, situações…durante algum tempo… e que só bem mais tarde se manifeste em doença – o Ser Humano tem a capacidade inata de encontrar forças para lidar com as situações críticas e dolorosas nos momentos em causa; é quando ultrapassa, relaxa, descomprime, que baixando assim as forças e a “armadura”, o sintoma e a doença aparece… Num dos meus Workshops sobre este tema das Emoções e relação com o corpo, uma participante referiu que teve uma Bronquite e Pneumonia após a morte do seu pai. Outra referiu que durante um determinado período da sua vida, tinha inúmeras infecções urinárias, inexplicáveis e recorrentes, sem resposta à típica medicação química. E ali naquele momento no Workshop, identificou a causa, tratando-se de uma época muito complicada ao nível profissional e pessoal, e que vivia a sua vida diária, constantemente com medo. O medo exacerbado, associado aos Rins à luz da Medicina Chinesa, pode originar vários sintomas físicos, entre eles, as infecções urinárias. Vários exemplos poderiam ser dados, sobre as várias emoções, corpo físico e patologias associadas. O stress, que constitui actualmente a resposta e motivo para a maioria das doenças, encontra-se hoje em dia, maioritariamente associado ao mundo profissional. Sintomas e doenças como a ansiedade, depressão, esgotamento, entre outras, são cada vez mais frequentes. O Burnout já é reconhecido pela OMS como doença associada à dificuldade da gestão de stress no âmbito profissional. Aqui, neste campo profissional, também se encontra infelizmente, das maiores dificuldades de satisfação e realização pessoal para cada um. Num mundo organizacional com um ritmo tão veloz e com exigência de resultados para ontem, o indivíduo facilmente se esquece de si mesmo, entra em ruptura com a inteligente e viva energia boa que, dentro de todos nós, existe. Não se alimenta bem, não cumpre horários de refeições ou pausas, “leva” o trabalho para casa, vive com dores e tensão muscular constantemente, não se distrai e não se diverte, não se respeita a si próprio nem satisfaz as suas necessidades, muitas delas básicas e fisiológicas… esquece de quem é e do que o faz feliz… Como te sentes no teu trabalho? Sentes-te realizado? Reconhecido? Valorizado? Queres mudar de vida, mas não sabes como e o que fazer? Onde e como perdes a noção do tempo? Como brilhas e fazes brilhar? Quais são as tuas fortes características e como podem elas te ajudar a ser feliz? No outro dia, falava com uma pessoa que, farta do seu trabalho de há anos, e com várias queixas físicas consequentes do stress e “zanga” com a sua profissão, me dizia: “Mas eu não sei fazer mais nada!”. Respondi: “Não acredito…!”… e fui fazendo várias perguntas sobre a actividade que exercia há tantos anos… que características e gostos ela encontrava nessa actividade… e ao longo das respostas que ia dando, a sua própria descoberta e mudança de perspectiva foi imensa! Entre as suas várias valências e gostos estava a comunicação, a relação com o outro, a gestão e organização, o gosto pela vertente comercia, o servir as pessoas e ajudar o outro … e por aí adiante! Quantas coisas, quantas outras Profissões, se conseguirá fazer com tais valências? Tantas!!!!! Ficamos “embrulhados” nos problemas e dificuldades e perdemos a capacidade de ver a solução e tudo o que de bom - embora às vezes possa não estar à primeira vista - sempre existe. Onde está o teu foco? No problema, ou na solução? 😊 Reconhece tudo o que és e alcançaste e poderás ser e alcançar. No entanto, procura ter paciência contigo mesmo, se estás neste caminho do Auto-conhecimento. Tudo tem o seu tempo. E tantas vezes, aquilo que julgamos mais querer, nem é o melhor para nós. E tantos caminhos aparentemente errados, vão dar ao lugar certo. Lembra-te…é um caminho, pessoal…que está…em desenvolvimento... 😊😉 ©Ana Sofia Rodrigues “Destralhar” a casa é também “destralhar” a cabeça! Pelo menos duas vezes por ano, dedico-me a “destralhar”, à séria! 😊 É curioso que comecei a fazê-lo há largos anos, por necessidade ou tomada de consciência, e agora sinto mesmo um apelo…algo do género: “está na hora de destralhar mais um pouco!” 😊 Quem me conhece e acompanha o meu trabalho, sabe que o tema de “libertar” não é novo e frequentemente recorro a ele. Por vários motivos, mas sobretudo porque hoje em dia, vivemos “cheios” de “tralha” – nas nossas casas… mas também fisica, mental e emocionalmente… Aproveitei os dias de verão livres, mas cinzentos e frescos, para novamente me dedicar a esta tarefa, por vezes dura, quer física, quer emocionalmente, mas essencial! Às vezes não é fácil libertar, dependendo das “coisas” que queremos (ou não!) deixar ir. Desta vez, além da “destralha” habitual de roupa que não uso há muito, de caixas guardadas de electromésticos já sem garantia, ou outras coisas semelhantes, a limpeza foi no escritório e numas caixas gigantes preciosas, que guardavam todo o meu passado de infância, adolescência e idade adulta jovem, em fotografias! Foram três dias intensos…profundos… de recordações, memórias, emoções… Nostalgia e simultaneamente gratidão, pelo tanto que já vivi! O passado é passado, está vivido, faz parte e não se pode mudar. O tempo é agora! Só existe o agora! E se queremos coisas novas para o nosso amanhã, é importante libertar, limpar, largar. Reconhecer o que passou, agradecer por ter vivido o bom, por ter superado o menos bom, e criar um espaço para o novo. Fazer “limpeza” a algo com tanta “vida” pode ser complicado, mas na minha opinião, tão terapêutico e libertador. Já fiz muita terapia, retiros, e outros trabalhos terapêuticos profundos ao nível pessoal – como aqueles que hoje em dia eu própria facilito – e posso afirmar que estes três dias, em minha casa, nas limpezas e arrumações, foram altamente terapêuticos, transformadores e libertadores. A nossa casa é um pouco do nosso espelho, de quem somos. “Destralhar” a casa é também “destralhar” a cabeça! Limpar e organizar a casa, é limpar e organizar a cabeça! Não falo naturalmente das limpezas diárias ou semanais comuns, mas limpezas e organizações mais profundas, indo visitar aquelas gavetas, aqueles armários, aqueles detalhes, que frequentemente passam despercebidos, embora estejam sempre lá. Nos meus Workshops e Retiros, dou com frequência este exemplo para ilustrar como o nosso corpo guarda memórias emocionais e como é importante libertar e reciclar. Falo de “coisas”, mas simbolicamente refiro-me ao nosso Ser. Dou o exemplo daquela gaveta com roupa interior – que todos temos! – e que frequentemente podemos adquirir mais peças. (Este exemplo pode ser mais facilmente encontrado nas mulheres, é certo, mas ilustra de forma geral o que quero expressar). Quando compramos mais peças, guardamos na mesma gaveta. E no outro ano, voltamos a ir aos saldos, e voltamos a guardar na mesma gaveta. Ano após ano, a gaveta enche… e há um dia, em que a gaveta não fecha. Está demasiado cheia. E nem nos apercebemos porquê. Utilizamos e recorremos apenas o que está à vista, esquecendo o que está no fundo da gaveta, tão bem aconchegado, arrumado, escondido. Assim é com as coisas, assim é com a nossa mente e com as nossas emoções. O nosso corpo guarda as memórias, vivências, emoções…mesmo aquelas que não queremos sentir, observar, reconhecer, expressar… libertar. Voltando às “coisas”, ao lar e ao tema “destralhar”, há inúmeras tarefas que podem fazer neste sentido. Inúmeros “cantinhos” da vossa casa onde, certamente, encontrarão, uns mais outros menos, coisas a deitar fora ou reciclar, ou doar. Esta é outra parte fundamental: não deite tudo fora – doe, dê, recicle. Não serve para si, pode servir para outro. Quem vive há muito tempo na mesma casa, terá provavelmente mais coisas acumuladas, do que aqueles que mudaram recentemente de casa. Deixo agora exemplos práticos de como “destralhar” a sua casa. Recorde-se que estas tarefas poderão levar alguns dias, por isso escolha um período em que tenha disponibilidade temporal, mental e emocional, para o efeito. Caso não tenha dias seguidos para fazer a limpeza na casa toda, pode sempre fazê-lo por divisão, em diferentes dias. 1. Comece por escolher uma divisão; 2. Coloque caixas vazias onde irá colocar, separadamente, o que vai deitar fora, reciclar ou doar; 3. Por divisão: Quartos e Roupeiros: Dê uma volta a toda a sua roupa, calçado, acessórios. O que não utiliza há mais de 2 anos, doe - será tão útil e importante, para outra pessoa. Também a roupa de cama faz parte desta “volta”. Se tem jogos de cama antigos que não usa há anos, doe. Há quem não tenha um só lençol. Reorganize a roupa, o armário e as gavetas. Se possível e se necessário, adquira caixas, cestos, organizadores de armários e gavetas e dê um refresh à forma como arruma toda esta parte; Escritórios: Por vezes, a divisão mais difícil. Embora nos dias de hoje já não se acumule tanto papel e a maioria das pessoas recorra ao armazenamento da documentação em computador, muitos de nós ainda têm várias papeladas arquivadas e muitas vezes esquecidas. Reveja o que de facto, ainda faz falta. “Visite” a pasta de documentos de garantias de produtos e electrodomésticos e provavelmente encontrará vários que já passaram a garantia. Reveja todos os documentos e papeis, que guarda no escritório e veja o que pode ou não, deitar fora e reciclar; WC: Verifique se não terá algumas embalagens a terminar - muitas vezes terminadas - guardadas no fundo do armário, e termine-as e/ou recicle. Também no WC, recordo aqui a “roupa” de banho: muitas vezes, temos naquele baú algures pela casa, toalhas tão antigas, que nem nos lembramos mais que existem. Novamente, doe. Há quem não tenha uma; Cozinhas: Tachos, panelas, caixas de plástico com tampa, tampas sem caixas (quem nunca se deparou com estas últimas…), produtos fora da validade, e tanto mais… Sala de estar: Se faz uso da sua sala de estar também como parte de escritório, volte a reler a parte de “Escritório”. Verifique se acumula as mais variadas coisas na sua sala, que ocupam espaço e não têm qualquer utilidade. Claro que temos objectos decorativos e podemos manter, mas podemos avaliar se todos ainda fazem sentido, estão em bom estado, ou estão por ali esquecidos a ocupar espaço... Despensa: Outra divisão que pode ser muito desafiante. Especialmente para quem não dispõe de arrecadação, muitas vezes sa despensa é aquele local que mais acumula coisas desnecessária. Retire qualquer objecto, produto, “coisa” sem qualquer utilidade e que ocupe espaço na sua despensa. São exemplos caixas de pequenos electrodomésticos que guardamos devido à fase inicial de garantia, e que muitas vezes passam uma vida inteira nas nossas arrecadações ou despensas. Verifique se todos os consumíveis e produtos alimentares ainda se encontram dentro da validade. Reorganize em compartimentos e divisórias toda a arrumação, para mais facilmente identificar e chegar ao que precisa; Arrecadações: Semelhante à despensa, avalie o que tem de “lixo” e para libertar na sua arrecadação. Hoje em dia existem inúmeras opções de divisórias, organizadores, caixas e outras ideias, para arrumar e reorganizar tudo no seu lar. Inspire-se. Energeticamente, é fundamental fazer esta limpeza e arrumação no nosso lar. Inúmeras coisas que temos acumuladas, estagnam a energia da casa. Simbolicamente, prendem-nos ao passado e representam a nossa vida, e também parte de quem somos. Escolha o que quer manter, deixe ir o que é para libertar. Destralhe. ©Ana Sofia Rodrigues Vivemos uma época de despertar… de ganhar consciência e transformar… Muitos de nós já iniciámos esse caminho há largos anos…outros mais recentemente…outros numa espécie de fase de chamamento…outros, longe de tudo isto…mas mais perto do que imaginam… O que é certo, é que estamos todos a caminhar para essa mudança, essa nova consciência, essa nova forma de estar e Ser, ganhando e assumindo a responsabilidade de quem somos e da forma como vivemos… Não basta mudar de trabalho… não basta mudar a alimentação… não basta meditar… não basta ler aquele livro ou frequentar aquele Workshop… Tudo isso é bem-vindo, benéfico e saudável, claro…especialmente se realizado em conjunto. Mas a verdadeira mudança, essa, é de dentro para fora. Este caminho pode por vezes ser duro e escuro… e para os mais ousados e corajosos, o mergulho nessa escuridão será a própria salvação. Não é fácil olhar para dentro. Não é fácil reconhecer, aceitar quem somos, na totalidade. Na verdade, somos muito mais do que julgamos Ser! E neste momento, falo do Tanto que somos! Da enormidade do nosso Ser! Das nossas capacidades, dos nossos dons, da nossa criatividade, da nossa capacidade empática, da nossa luz, do nosso Amor….que todos temos e todos somos! No entanto, quem inicia estes processos de auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal, muitas vezes é deparado com emoções e constatações, que não estavam previstas no itinerário... Ignorar essas dificuldades, é fugir do caminho e da verdade. Olhar para dentro, significa observar, reconhecer, aceitar e então só depois transformar, aquela parte de nós que nos bloqueia, nos limita, nos assusta, não gostamos… É um assumir a responsabilidade do Todo que Somos e como até então temos vivido a nossa vida, as nossas relações, o nosso dia-a-dia… Que escolhas fizemos? Que caminhos escolhemos? Em que parte do caminho, nos perdemos? O nosso lado sombra… aquele que escondemos…aquele que nos envergonha…aquele que mascaramos…aquele que julgamos escondido e fechado a sete chaves acaba sempre por se manifestar….quer apenas dentro, quer fora. O nosso lado sombra… que julgamos ser doentio ou frágil ou mau… seja lá qual for o adjectivo… é puro julgamento nosso… O nosso lado sombra, apenas existe, porque existe luz! A escuridão só existe, porque existe luz! Então, se não aceitamos a nossa sombra, não aceitamos a nossa luz! E não há nada de iluminado nisto… O processo de desenvolvimento pessoal é, como as próprias palavras assim o indicam, um caminho, um processo em desenvolvimento e de carácter, pessoal. Vai-se crescendo mais um pouco a cada dia, embora por vezes pareça que estamos a andar para trás. É preciso dar tempo e integrar essa aprendizagem. Comecemos por nos aceitar, no todo que somos, ainda que não compreendamos na totalidade do momento, quem realmente somos. E não nos iludamos: ninguém vira Guru por fazer este trabalho. Nem mesmo quem vos ensina. Todos ensinamos e aprendemos. Todos somos Mestres e Discípulos. Quando não aceitamos uma parte de nós, estamos a bloquear o nosso próprio processo de evolução no auto-conhecimento. Esta evolução convida a expressões e sentires que a maioria não está habituado…não nos ensinaram a sentir…não nos ensinaram a olhar para dentro… não nos ensinaram a cair… só a levantar…. Mas como nos levantamos, se não cairmos primeiro…? Esta evolução convida e abraça a vulnerabilidade…expressando aquilo que um dia julgámos ser frágil…que na verdade, é de tamanha força e coragem. Abracemos a nossa sombra. Pois a luz está e sempre esteve lá…nós somos luz! ©Ana Sofia Rodrigues Quantos de nós não nos queixamos da inconstância da vida, dos altos e baixos, da falta de estabilidade, das surpresas que a vida nos traz, tantas vezes tão duras de lidar…? Pergunto: o que há de totalmente estável nesta vida…? Ao invés de nos queixarmos, deixo o convite para irmos ao “som” da maré. Podemos sempre escolher o que fazer com os diferentes “estados” em que nos encontramos. Podemos sempre escolher o que fazer, com a nova “onda” que vem. Como no mar… não podemos impedir a onda que venha… mas podemos sempre escolher o que fazer com ela! “Deixas-te enrolar…? Saltas bem alto com ela…? Mergulhas por baixo…?” 😊 A vida é mesmo feita de altos e baixos! De alegrias e tristezas! De sucessos e insucessos! De ganhos e de perdas! Faz tudo parte! Não podemos negar uma parte da vida, de quem somos, do que sentimos. Quando fechas a porta a um sentimento que não queres sentir, corres o risco de fechar outros “sentires”, que tanto desejas sentir! Está tudo na mesma “divisão”! Imagina um pequeno armazém dentro de ti, um pequenino compartimento, no teu peito e junto ao teu coração, cheio dessas coisinhas a que chamam de sentimentos e emoções 😊… nesse armazém tens a alegria, o amor, a gratidão… mas também tens a tristeza, a raiva, o medo… Não há dois armazéns. Não podes simplesmente fechar a porta a determinadas emoções, pois outras estão junto, no mesmo local. É humano reagir com tristeza a uma perda, com raiva a uma injustiça, com medo a um grande desafio. Importante é o que fazes depois com essas emoções. Como as libertas? Como as digeres? Como as transformas? O “problema” não está no evento, na situação… está na forma como reages, depois. É humano poder em alguns momentos, chorar, sofrer… É humano ter medo… É humano duvidar… É humano questionar… Não fosse a base de todo o conhecimento, a própria dúvida! E quem nunca viveu a bonança a seguir à tempestade? Tudo isto não significa, porém, que é obrigatório o crescimento e evolução passar pela dor e pelo sofrimento. Até porque como já disse antes, “não podes evitar a dor, mas o sofrimento prolongado, é uma escolha”. A questão está no que fazes, depois, com a emoção e com a "situação". Depois, requer acção. Mas não podes nem deves evitar a emoção. Todas são válidas, naturais e fazem parte. Quem já viu o filme "Divertidamente?" Das várias mensagens que este maravilhoso filme nos deixa, uma é fundamental: todas as emoções são importantes. :) Sendo algo natural, é felizmente ou infelizmente, a lei da vida, sentirmos em algum momento aquelas emoções que não gostamos. Apresentem-me um adulto que nunca tenha sofrido – e não falo daquela pessoa que está sempre estável, com um sorriso na cara, sempre postivo(a)… mesmo essa pessoa, terá lá dentro do tal pequeno armazém, algum evento, alguma dor, alguma emoção menos simpática de sentir…a questão é, o que fez com ela? Assusta-me alguém que tem sempre, sempre a mesma postura, estabilidade, expressão… Pois lamento, mas não acredito que o seu interior seja exactamente igual ao que exterioriza. Se sentimos dor, se nos apetece chorar, se nos magoaram, se fomos injustiçados… porque carga de água devemos manter o sorriso e dizer que está tudo bem, se não está? Refiro-me aquele momento concreto, em que não está. E se não está, deixa não estar. Chora hoje, podes sorrir amanhã. A vida é muito curta para chorar e sentir dor? Sim, é. Mas será melhor ignorar, guardar, fechar tais emoções dentro, quando não podes evitar que as sintas? O que será que acontece a tais sentimentos, menos positivos e nada saudáveis, ficarem trancados, esquecidos e ignorados, dentro do teu próprio corpo? Os altos e baixos da vida… Tantas vezes digo em tom de brincadeira que os altos e baixos significam apenas que estamos vivos! Dou a imagem mental de um eletrocardiograma, que todos nós já fizemos e vimos essa imagem. Recordem a imagem do vosso eletrocardiograma… é ou não, sempre, com altos e baixos? E agora pensem… querem estabilidade, tudo sempre igual, na mesma linha…? Se a linha de tal exame estivesse sempre igual, uma linha direitinha e estável, na horizontal… o que significaria…? 😊 Nada disto invalida que os baixos, doem… custam… às vezes parece que não vamos sair dali… Quando estamos em dor, estamos em dor. Dificilmente vemos o “big picture” e recebemos as respostas às nossas questões… só quando acalma o ruído interno podemos escutar melhor a mensagem… Recorda-te porém, que tanto quando estás em dor, esqueces que já estiveste em alegria e amor e certamente voltarás a estar… e tanto quando estás em alegria e amor, não pensas por um segundo o que já sofreste nem tão pouco imaginas que irás voltar a esse doloroso sentir… Assim é a vida. Assim é o Ser Humano. Então vive cada momento, com o que ele te traz. Não fiques depois agarrada ao que passou, nem projectes o que ainda não foi. Os baixos dão-te capacidade de reflexão, de aprendizagem, de superação. Os altos dão-te capacidade de celebração, de valorização, de concretização. Faz tudo parte. Sem um não existiria o outro. Como darias valor aos altos se não conhecesses os baixos? Como te custaria tanto viver os baixos se desconhecesses por completo que existiam os altos? 😊 Mais uma vez retorno à sabedoria milenar oriental e base fundamental da Medicina que me apaixona e exerço. Explica a Medicina Chinesa através da teoria do Yin e Yang, que tudo são opostos, mas que dão lugar um ao outro, têm a mesma raiz, e um sem o outro não existiriam. Assim é. ©Ana Sofia Rodrigues Sou uma apaixonada pelo estudo e conhecimento do Ser Humano. A forma como o nosso corpo fala connosco, a forma como se manifestam em nós as mudanças e ciclos da própria natureza, o simbolismo dos sintomas, a energia das estações…
Sou uma apaixonada por esta Medicina que tanto me inspirou e me permite conhecer melhor a vida, as doenças, o corpo, as emoções, o outro, e sobretudo, a mim mesma. Passados anos a exercer esta actividade - a qual “levei” um pouco mais longe do que a própria clínica - continuo fascinada pelos seus constantes ensinamentos. A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) baseia as suas teorias na observação da natureza e leis universais, sendo desta forma elaborada a “leitura” dos ciclos da vida, dos sintomas do Ser Humano, da direção e tendência do Qi (energia) e também da doença. Assim, tal como podemos observar o que acontece na natureza, podemos também compreender melhor o Ser Humano. Considero de facto esta Medicina milenar, absolutamente fascinante! Tão complexa e profunda, e simultaneamente tão simples e verdadeira! É para mim, sem dúvida, muito mais do que uma Medicina. Muito mais do que as suas técnicas clínicas terapêuticas. O conhecimento e sabedoria presente nas suas teorias, permitem ao Ser Humano, conhecer-se melhor, viver melhor, ser mais saudável, equilibrado e consciente. Quem diria que poderia existir alguma “outra” explicação para as nossas alterações de humor, de energia, de emoções…? Quem diria que afinal, as estações nos influenciam…?😊 Voltando ao tema e à estação que se inicia… Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, cada órgão encontra-se relacionado com uma estação. O órgão do Outono é o Pulmão, pertencente ao Elemento Metal e a emoção associada a este período é a tristeza. Iniciamos assim a época Yin, que terá o seu auge no Inverno. A passagem do Verão (calor) para o Outono, é a passagem do movimento e energia Yang para o Yin… O Yin é o interno, o frio, a passividade, emotividade, a lua, a noite, a água…e muito mais… (…Parece estranho neste momento falar de frio, do inverno e até mesmo do Outono, com este calor, certo? 😊 Assim constatamos como a natureza se encontra…e mesmo aos mais cépticos, dou o recado: não se iludam! Estas estranhas alterações climáticas influenciam o corpo físico e emocional, de todos nós… influenciariam mesmo o seu “estado normal”, quanto mais com estas alterações… ) Observando a natureza no Outono… As folhas caiem, as árvores “despem-se”…os animais preparam-se para o Inverno, para hibernar. É tempo de recolha, conservação. Também o mesmo sucede no Ser Humano, que facilmente nesta época fica mais sensível, mais introspetivo, mais recolhido e conservador. Quem nunca se sentiu a recolher e a baixar a sua energia e ânimo nesta estação…? O próprio clima a isso nos convida. Há que compreender a natureza da estação. Este simbolismo ajuda nessa compreensão. Não há nada de mal em sentirmo-nos mais conservadores e introspetivos, faz parte. Saímos de uma energia de acção, alegria e crescimento (Yang - Verão) para um movimento de recolha, reflexão e interiorização (Yin - Outono). Devemos assim recolher e reforçar a nossa energia para as outras estações. É importante uma boa alimentação e descanso com sono reparador. Fisicamente, é também comum algumas doenças e sintomas poderem se manifestar mais nestas épocas, principalmente para quem já tem essa predisposição. Alguns sintomas associados à energia do Pulmão são a tosse, dispneia e outras desordens do sistema respiratório. Podendo ainda existir alergias ou manifestações cutâneas, já que a pele está relacionada com a expressão do Pulmão. A nível emocional, a emoção predominante e associada a este órgão, é a tristeza. Não é por acaso que as maiores crises de Ansiedade e Depressão se manifestem, maioritariamente, no Outono - e também na Primavera (de diferentes e semelhantes formas, mas opostas; a explicação da Primavera fica para outro artigo 😊). Tal é muito bem explicado por esta sabedoria milenar da Medicina Chinesa, cuja observação das leis do Universo, do clima e do Ser Humano, nos permite adquirir esta compreensão e como tal, melhor lidar com estas emoções e alterações físicas e energéticas às quais estamos sujeitos. Muitas vezes, o fundamental é ganhar consciência e aceitar o nosso estado físico e emocional. Não quero com isto dizer que se deve mantê-lo, alimentá-lo, se não for "saudável"... Mas se não o aceitarmos, como vamos transformá-lo? 😊 “Se luto contra algo, dou-lhe dimensão…se aceito, apaziguo, liberto, transformo…” Fica para reflexão 😊 ©Ana Sofia Rodrigues | Todos os direitos reservados |
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Maio 2023
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